Muito se fala em superação, em dar o máximo da capacidade e ir além. É um desafio que as lideranças enfrentam continuamente. O motivo é muito simples: líderes estão sempre sendo vistos e imitados.

Sempre tem alguém olhando e comentando, de modo que um líder sempre servirá como exemplo e irá moldar o comportamento e atitudes de suas equipes. Se o líder for um exemplo de eficiência, fatalmente isso irá contagiar sua equipe. É desta forma que o líder pode tirar as empresas da eficiência, “mais ou menos”, para levá-las à era do desempenho e da entrega superiores. 

Quando alcançar esse nível, o líder poderá ter a certeza de que foi além e levou sua equipe com ele. O líder se superou e fez com que a sua equipe também se superasse. Só que esse negócio de superação, de fazer cada vez mais e melhor, pode ser ingrato com o líder e com a equipe.

Romper com esse paradigma não é fácil, pois as empresas ainda estão fortemente baseadas no paradigma da eficiência e produtividade. E não há como ser diferente, afinal, empresas precisam ser eficientes e produtivas para sobreviverem.

A questão é que isto não é mais suficiente para que as empresas façam frente à concorrência, pois cada vez mais a concorrência também será eficiente e produtiva. Então, cabe às lideranças encontrar um diferencial competitivo que, segundo a ex-CEO da IBM, Ginni Rometty, é mudar o paradigma da eficiência para o paradigma da inteligência.

O paradigma da inteligência consiste em abrir espaço para que as pessoas usem seus talentos.

É criar um ambiente em que as boas ideias fluam e não sejam bloqueadas. É certificar-se de que todas as pessoas terão esta condição, abrindo espaço e atraindo pessoas com este perfil.

Para as lideranças, cercar-se das pessoas certas representa uma tremenda vantagem, pois ao trabalhar de forma inteligente a equipe estará garantindo a eficiência e produtividade tão necessárias à competitividade organizacional.

Em termos mais simples, o paradigma da inteligência representa a valorização da criatividade, inovação e, sobretudo, do pensar antes de fazer.

Isso pode parecer estranho, mas é comum esquecermos de que a execução deve ser precedida do plano, como já dizia Henri Fayol. Devemos pensar e compartilhar as ideias e planos antes da execução, sob pena de gastarmos mais tempo e dinheiro do que o necessário para realizarmos o que desejamos.

O desafio é grande, porque na nossa cultura organizacional, ainda preferimos a execução em relação ao planejamento. Em alguns casos, parece não importar o que você está fazendo, desde que esteja fazendo algo.

Em minha modesta opinião, nada mais contrário à eficiência e à inteligência do que fazer algo sem pensar ou, pior ainda, não saber o que está sendo feito ou porque aquilo está sendo feito.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *