Há algumas perguntas que intrigam a humanidade e que, provavelmente, já devem ter povoado a sua mente também:

  • De onde viemos?
  • Para onde vamos?
  • Quem somos nós?
  • O que estamos fazendo aqui?

Perguntas simples e diretas, mas com respostas complexas, ao menos para o nosso nível de entendimento. Os filósofos têm se debruçado sobre essas questões há séculos e também já faz muito tempo que a ciência tem se dedicado a encontrar respostas que sejam comprovadas. Mas, parece que cada vez que nos aproximamos da “verdade absoluta”, mais coisas descobrimos e mais nos afastamos das respostas definitivas para as questões existenciais da humanidade.

O livro “A Matriz Divina”, do escritor americano Gregg Braden, é uma dessas obras que se propõe a nos entregar respostas para as perguntas que não querem calar. Em seu início de carreira, Braden atuou por muito tempo como geólogo e cientista e, segundo ele, suas descobertas o levaram a crer que as respostas para essas questões existenciais podem ser respondidas de forma conjunta pela ciência e pela espiritualidade.

Essa afirmação do autor já bastaria para tornar a discussão muito polêmica. Pois, estamos tão acostumados a ver ciência e espiritualidade trabalhando em lados opostos, que até nos parece loucura alguém afirmar que a ciência e a espiritualidade estão, na realidade, falando as mesmas coisas com palavras diferentes.

Em seu livro, Braden afirma que o Universo físico em que vivemos é uma criação mental de cada indivíduo, ou seja, tudo o que há ao nosso redor é fruto da nossa imaginação, da nossa mente. Ele afirma que:

“tanto a teoria quântica como os textos antigos nos levam a concluir que nos mundos invisíveis criamos o projeto dos relacionamentos, carreiras, êxitos e fracassos do mundo visível.”

O autor tem razão quando afirma que essa forma de ver a vida e o Universo não é nova. De fato, algumas religiões, a filosofia, o espiritismo e até a ciência concordam que as experiências pelas quais passamos e as coisas que criamos são frutos da nossa mente.

Seria correto dizer, então, que não somos apenas passageiros ou observadores da vida que vivemos, mas sim que somos os arquitetos de tudo o que nos ocorre. Tanto as coisas boas, como as que não são tão boas assim.

Esse é o eixo central de “A Matriz Divina” e devo confessar que a leitura é muito provocativa, pois mexe na nossa zona de conforto.

Digo isso, porque muita gente está acostumada a não chamar para si a responsabilidade pelas coisas que lhes acontecem. Ignorando assim que as coisas boas são frutos de nossos esforços e, que as coisas desagradáveis podem ser fruto da nossa falta de esforço, decisões equivocadas ou até más intenções.

Se o Universo físico ao nosso redor é uma construção da nossa mente, penso que o mais importante é despertarmos para a consciência de que somos responsáveis por nós e pelo outro, até porque, como diz o autor, “as escolhas individuais de cada pessoa se combinam e se tornam uma realidade coletiva”.

FICHA CATALOGRÁFICA:

BRADEN, Gregg. A matriz divina: uma jornada através do tempo, do espaço, dos milagres e da fé. São Paulo: Cultrix, 2007.

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