• 4ª Temporada
  • Grandes Lições de Grandes Personagens

  • A quarta temporada teve inspiração em grandes personagens das séries, da TV e cinema. Ao assistir ao seriado La Casa de Papel, eu aprendi com o Professor algumas lições sobre planejamento, formação de equipe e liderança. Foi o ponto de partida para fazermos uma temporada completa sobre as grandes lições de grandes personagens.

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95 – A História de Um Lutador

A saga de Rocky Balboa começou em 1975, quando foi lançado o primeiro filme da série. E é justamente por conta da história por trás do surgimento do primeiro filme que eu digo que Sylvester Stallone é um grande lutador. Ao tentar vender a ideia do filme para os produtores de Hollywood, muitos gostaram e toparam fazer o filme, mas não queriam que Stallone fosse o ator principal. Até ofereceram dinheiro para comprar o roteiro dele. Mas Stallone persistiu até o fim e acabou provando que era ele a pessoa que deveria dar vida a Rocky Balboa no cinema. Difícil imaginar outra pessoa neste papel, não é mesmo?

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Transcrição do episódio "95 – A História de Um Lutador"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

A HISTÓRIA DE UM LUTADOR

O Coachitório Online de hoje traz a história de um lutador, no sentido figurativo e literal da palavra. Não é um dos melhores atores de Hollywood até porque a maioria dos seus filmes sempre foi de guerra e ação, e, vamos confessar, nesses filmes não é a atuação dos atores o que mais conta e o que a gente mais presta atenção.

Mas a pessoa que desempenhou todos esses papeis merece todo o respeito. Confesso a você que é um dos atores, ou melhor, uma das pessoas que eu mais admiro no meio artístico, justamente por conta da sua trajetória, da sua luta, dos seus valores e de tudo o que construiu ao longo da sua vida. O ator a que eu me refiro é Sylvester Stallone e o personagem de hoje do Coachitório Online é Rocky Balboa, um lutador.

Como já é de costume aqui na 4ª. temporada do nosso podcast, vamos começar falando um pouco da história do filme que deu origem ao personagem. A saga de Rocky Balboa é contada em oito filmes e essa história começou lá em 1975, quando estreou o primeiro filme. E é justamente por conta da história por trás do surgimento do primeiro filme que eu digo que Sylvester Stallone é um grande lutador.

Stallone sempre foi um fã de boxe. Ele se inspirou em grandes lendas do boxe dos anos 50 e 60 para compor a sua história. Joe Frazier era uma dessas inspirações, mas sem dúvida nenhuma a principal inspiração de Stallone para compor o personagem Rocky Balboa foi um lutador chamado Rocky Marciano. Stallone se inspirou no nome, na ascendência italiana, na humildade e na trajetória desse lendário lutador americano. Rocky Marciano era tão bom que até hoje é o único campeão mundial dos peso-pesados a ter se aposentado invicto. Isso mesmo, ele jamais perdeu uma luta sequer.

Parte da trajetória vitoriosa de Rocky Marciano é atribuída a sua humildade. Marciano jamais subestimou seus adversários e nunca debochava deles. Respeitava todos contra quem lutava, assim como respeitava todas as pessoas com quem convivia. Esse jeito de ser do lutador inspirou Stallone a compor as principais características de Rocky Balboa.

Stallone ficou muito impressionado com a história de Rocky Marciano. Ele era um fã declarado de boxe, tanto é que foi assistir à luta que valia o título mundial de pesos-pesados, disputada em março de 1975 entre o lendário Muhammad Ali e um desconhecido chamado Chuck Wepner. Todos pensavam que Ali ganharia a luta facilmente, só que o desconhecido adversário foi valente e muito resistente. Chegou, inclusive, a derrubar Muhammad Ali. No final de 15 assaltos, Ali venceu a luta, mas a coragem e resistência de Chuck Wepner foram suficientes para inspirar Sylvester Stallone a escrever o roteiro para o que viria a se tornar o filme Rocky, um Lutador. Ele levou apenas três dias para escrever o roteiro de um filme que foi indicado a dez Oscars e que ganhou em três categorias (melhor filme, melhor direção e melhor edição).

No filme, Balboa trabalha como uma espécie de cobrador de dívidas para um agiota local. Mas sua verdadeira paixão é o boxe, tanto é que ele participa do circuito amador de lutas de boxe na Filadélfia, cidade toda a história se desenrola. Balboa tem poucas pretensões de se tornar profissional. Na realidade, ele tem poucas pretensões para com a sua vida, a não ser a de casar com Adrian, que é a irmã do seu melhor amigo Paulie.

Mas a vida de Rocky Balboa está prestes a mudar. Às vésperas do aniversário de 200 anos da independência americana, Apollo Creed o super-campeão dos pesos-pesados decide fazer uma espécie de luta de exibição. O lutador que inicialmente seria o adversário de Apollo fica impedido de lutar e eis que surge o convite para Rocky ser o lutador substituto. É a oportunidade da vida de Rocky. Oferecem US$ 150 mil para que ele aceite disputar a luta e, independente do resultado, esse dinheiro seria o suficiente para mudar a sua vida para sempre.

Rocky, que é humilde e avesso aos holofotes, inicialmente resiste ao convite, mas logo é persuadido por seus amigos e por Mickey, seu mentor e treinador. Longe de estar na melhor condição para uma luta desta importância, Rocky se dedica de forma impressionante ao treinamento para a histórica luta e, quando chega a hora, ele está na sua melhor forma.

Além da humildade e do respeito, que são características de Rocky Balboa, o lutador nos ensina o quanto foco, disciplina e preparo são importantes para tudo o que a gente quer conquistar na vida. Rocky tem a oportunidade de uma vida, o tipo de oportunidade que milhares de boxeadores desejavam ter. É a metáfora do coelho branco que passa diante dos seus olhos, conforme eu contei no episódio #92 do Coachitório Online, quando falamos da Alice no País das Maravilhas.

Oportunidades de ouro aparecem e temos que percebê-las. Mas não basta notar a oportunidade e ir atrás dela. Temos que nos preparar para estarmos à altura daquilo que desejamos e que, repentinamente, surge diante dos nossos olhos. Temos que estar à altura daquilo que desejamos porque precisamos estar em condições de aproveitar e até de merecer aquilo que conquistamos.

Rocky Balboa nos ensinou isso no filme. Ou melhor, Sylvester Stallone nos ensinou isso ao tentar vender a ideia do filme para os produtores de Hollywood. Ao apresentar o roteiro, muitos produtores adoraram a ideia e toparam fazer o filme. Só que havia uma ressalva: Stallone fazia questão de que ele fosse o ator principal, de que ele fosse Rocky Balboa. Os produtores não concordavam com a ideia e ofereceram US$ 150 mil para que Stallone vendesse o roteiro e ficasse fora do caminho. Só que ele bateu o pé, até convencer um produtor a rodar o filme com Stallone no papel principal. Rocky, ou melhor, Stallone apanhou bastante dos produtores de Hollywood, mas ele sabia que precisava continuar de pé porque tinha certeza de que sua ideia daria muito certo.

Essa é outra lição importantíssima do personagem: o quanto a gente pode apanhar, mas consegue continuar de pé. Quem assistiu ao filme, lembra que Rocky surpreende a todos e leva a luta contra Apollo Creed até o último assalto. Assim como acontecera na luta entre Muhammad Ali e Chuck Wepner, o campeão venceu a luta, mas teve muito trabalho para derrotar um adversário bem preparado, concentrado e confiante. Rocky apanhou muito, mas chegou ao fim da luta. Ele foi resistente e resiliente. Apesar de muita gente apostar o contrário e tentar dissuadi-lo de fazer a luta contra Apollo, Rocky persistiu e se preparou. Ele não deixou que os outros o fizessem acreditar que não havia valor naquilo que ele desejava e no que ele era. Rocky não deu aos outros o poder de minar a sua confiança.

A atitude de Rocky Balboa tem muito a ver com valores e integridade. Como eu comentei há pouco, o lutador Rocky Marciano foi um grande exemplo de conduta para Sylvester Stallone, tanto é que ele acabou incorporando os valores e integridade de Rocky Marciano no personagem que estava criando. Quem acompanha o Coachitório Online já deve ter me ouvido falar sobre propósito e eu sempre dito que o propósito é algo bem simples: é ser para o ser. É ser uma pessoa boa para as outras pessoas. Independente da nossa profissão ou do nosso status social, ser para o ser é algo que está ao alcance de todos. Todo mundo tem algo a ensinar, algo que o mundo precisa e Rocky nos ensina que seus valores, caráter e integridade representam aquilo que ele pode dar para o mundo.

Eu tenho certeza que uma das decisões mais acertadas da história do cinema foi a de ter deixado Sylvester Stallone interpretar o papel de Rocky Balboa. Em primeiro lugar, porque ninguém melhor do que o próprio autor interpretar o personagem que criou. Em segundo lugar, porque ninguém conseguiria colocar tanta paixão e coração naquele filme como o próprio Stallone. E por último – mas não menos importante – porque a história de Rocky Balboa é a história de Stallone. Um verdadeiro lutador.

Fala, galera do Coachitório Online.

Uma das mais memoráveis sequências da história do cinema está neste filme. É uma passagem na qual Rocky sai para treinar em uma manhã muito fria da Filadélfia. Ele sai correndo pelas ruas e é aclamado pela população por onde passa. Seu objetivo final é subir as escadarias do Museu de Arte da Filadélfia, o que ele já havia tentado antes no filme, mas não havia conseguido. Só que nesta sequência, Rocky não só consegue subir as escadarias, com também chega ao topo comemorando, como se tivesse vencido uma luta. Ao som de uma das trilhas sonoras mais famosas da história do cinema, essa cena emblemática dizia para o mundo que Rocky estava pronto para a luta.

Essa cena é tão marcante que acabou virando uma estátua. É isso mesmo, existe uma estátua de bronze, de três metros de altura, localizada ao lado da escadaria do museu de arte da Filadélfia. Outro detalhe curioso é que a escadaria também ganhou um nome: ela é chamada de “Escadaria de Rocky” e se tornou um ponto turístico da cidade.

Outro detalhe curioso do filme está em uma informação que eu compartilhei aqui neste podcast. Tentando convencer Stallone a não atuar no seu filme, alguns produtores ofereceram US$ 150 mil para que Stallone vendesse o roteiro. Perceba que curiosamente foi esse o valor que Rocky Balboa receberia por lutar contra Apollo Creed. Não foi coincidência. Foi um tapa com luva de pelica, ou melhor, um soco com luva de boxe naqueles que não acreditaram no potencial de Sylvester Stallone e do filme.

O custo de produção do filme foi relativamente baixo. Foi cerca de US$ 1 milhão. Só que o filme arrecadou US$ 225 milhões ao redor do mundo, tornando-se o filme com a maior bilheteria de 1976. Pensa no arrependimento daqueles que não acreditaram em Stallone lá no comecinho…

Esse é o Coachitório Online. Obrigado a você que sempre acompanha os episódios semanais do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Estamos no final da quarta temporada, que fala sobre as lições importantes de grandes personagens da TV e do cinema.

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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!