• 6ª Temporada
  • Temas Relevantes para Carreiras Importantes

  • Nossa missão é compartilhar conteúdos que influenciam positivamente as pessoas. Para isso é fundamental estarmos atualizados e termos à disposição informações e conhecimento que ajudem você. Esse ponto foi determinante para elegermos o tema da 6ª Temporada do Coachitório Online.Nesta nova temporada, traremos notícias, informações e fatos atualizados sobre pessoas, carreira e liderança. E mais do que isso, comentaremos cada assunto com o objetivo de mostrar como as informações abordadas podem alavancar a sua vida pessoal e profissional!

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149 – Previsões para 2022 – Parte 1

Em 2019, vários especialistas se reuniram para fazer previsões para a década de 2020. As previsões – feitas antes da pandemia – foram divulgadas em um relatório chamado Big Ideas 2020. É interessante analisar o que os especialistas previam sem saber que a Covid-19 chegaria para mudar muita coisa na década que estava prestes a começar. Mais interessante ainda é notar que boa parte das previsões se confirmou ou está para se confirmar, apesar da pandemia. Nesse episódio vamos falar de algumas delas e mostrar que muita coisa aconteceu, mas pouca coisa mudou.

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Transcrição do episódio "149 – Previsões para 2022 – Parte 1"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

PREVISÕES PARA 2022 – PARTE 1

Pandemia! Está aí um assunto que ocupou todas as rodas de conversa e mesas de reunião do mundo nesses últimos dois anos. O assunto é importante, sem dúvida! Mas ficou chato e ninguém aguenta mais falar e ouvir sobre o assunto. Ainda que os efeitos estejam presentes e talvez sejam duradouros e ainda que novas variantes surjam, penso que a humanidade cansou da pandemia. De verdade! E quando a gente cansa de algo, provavelmente deixamos para trás o que nos desagrada e olhamos para frente com a finalidade de continuar vivendo, trabalhando, crescendo e evoluindo.

E eu confesso que acho isso fantástico, pois tudo o que focalizamos tende a se expandir. Em outras palavras, quanto mais falarmos sobre esse maldito vírus, mais presente nas nossas vidas ele estará e maior será a força que a pandemia vai fazer para que a gente deixe de seguir em frente. Não, eu não sou o cara que vai decretar o fim da pandemia! Mas para a minha vida eu digo: a pandemia acabou! Os cuidados com a saúde e higiene permanecem: continuo com a máscara, o álcool gel e o saudável hábito lavar as mãos com frequência. Mas decretei para mim mesmo que é hora de virar a página, fazer planos e colocar em prática tudo aquilo que ficou represado nesses últimos dois anos.

Coincidência ou não, recentemente eu encontrei um relatório bem legal, que foi publicado no final de 2019, no qual vários especialistas falavam sobre as grandes novidades que surgiriam em 2020 e na década que começava. O relatório se chama Big Ideias 2020. Traduzindo para o português, é algo como Grandes Ideias para 2020 e eu vou deixar o link para esse relatório na descrição deste episódio. 

Só que para nos situarmos um pouco melhor no tempo, reforço que o mencionado relatório foi publicado apenas dois meses antes do estouro da boiada da pandemia. Então é seguro dizer que tudo o que estava lá naquele relatório foi feito sem ter a noção dos impactos que a pandemia geraria nas nossas vidas e para aquelas previsões. Mas apesar do relatório ter sido elaborado e publicado antes da chegada do Covid-19, tem muita coisa lá que permanece sendo verdadeira e que ainda faz muito sentido. E eu vou tomar a liberdade de comentar algumas delas aqui com vocês.

A primeira das grandes previsões é devastadora. Ela diz o seguinte: há a necessidade de uma política governamental para a recapacitação profissional das pessoas. Em outras palavras, estamos falando de ensinar as pessoas a trabalharem, estamos falando de competências técnicas. Estamos falando de melhorarmos o nosso raciocínio lógico, analítico e a nossa capacidade de ler, escrever e interpretar textos.

Isso te surpreende? Pois então, infelizmente, não é uma surpresa para mim. Talvez a única surpresa seja saber que a capacitação profissional está deixando a desejar não só no Brasil, mas no mundo todo. Em termos nacionais, há também um relatório chamado de Visão Brasil 2030, elaborado pela consultoria McKinsey Company e divulgado em agosto de 2018. Naquela época já se falava que um dos principais gargalos para o crescimento do nosso país seria a falta de pessoas capacitadas para lidar com a tecnologia que aumenta cada vez mais. Além disso, o gargalo também estaria na capacidade cada vez menor das pessoas de entender e executar tarefas simples do trabalho.

É uma espécie de “desemprego ocupacional”, no qual a força de trabalho existe, está disposta para trabalhar, mas não está apta a preencher os postos de trabalho pelo simples fato de que não sabem fazer atividades básicas. E a baixa escolaridade dificulta ainda mais o aprendizado.

Para tratar deste assunto, eu convidei a minha colega Giovana Fischer Wilvert, especialista em desenvolvimento de lideranças, que vai falar mais sobre esse apagão de talentos e o impacto que isso pode causar para as empresas e para a carreira das pessoas. Vamos ouvir o áudio da Giovana.

Áudio da Giovana Wilvert

Tal qual a Pandemia, esse desemprego ocupacional ou apagão de talentos é um fenômeno mundial e o alerta já foi dado há alguns anos. A tecnologia tem aumentado a distância entre o que pode e precisa ser feito e o que a força de trabalho consegue fazer. Está sendo construído um abismo, a passos lentos, mas que vai fazer com que seja cada vez maior o número de pessoas que irão ficar à margem do mercado de trabalho, tendo que se dedicar à informalidade ou a atividades extremamente comoditizadas e substituíveis. E quando isso acontece, todo mundo sofre. As empresas travam, a Economia não cresce e assim ficamos amarrados também.

O relatório Big Ideas 2020 também alertava para a desaceleração do crescimento asiático. Até aí, tudo bem. Isso é previsto há algum tempo e, mesmo que não houvesse previsão nesse sentido, basta olharmos para a História para lembrarmos que grandes impérios vêm e vão. A diferença é que nos dias de hoje esse protagonismo na Economia mundial vai mudar de mãos cada vez mais rapidamente.

Não, o relatório não aponta quem será a bola da vez como grande potência mundial. Há quem fale do Brasil, veja só. Mas não é sobre a próxima grande Economia que eu quero falar, mas sim sobre algo que a Pandemia definitivamente acelerou. Estou falando do movimento antiglobalização que está em andamento há algum tempo. Mas, diferentemente dos terraplanistas ou dos grupos que se dedicam apenas a teorias conspiratórias, a antiglobalização tem sido discutida e sutilmente mencionada por vários figurões da política e Economia internacional.

Exemplo disso é Donald Trump. Deixando um pouco de lado o seu jeito característico de ser, é preciso mencionar que o ex-presidente americano cutucou em uma ferida quando disse que a extrema dependência que as indústrias americanas têm da Economia internacional (sobretudo dos produtos chineses) faz muito mais mal do que bem para as empresas locais. E ele estava certo! Veio a Pandemia, o navio trancado e atravessado no canal de Suez, a alta internacional do dólar e do preço dos combustíveis, o contínuo aumento do custo de vida e, pimba! Quem tem olhos de ver e ouvidos de escutar percebe que as indústrias ficaram na mão. Imaginem só! Faltou matéria-prima para tudo, pelo simples fato de que a produção mundial depende fortemente de um só país.

Mas a antiglobalização não diz respeito a parar com as relações comerciais internacionais, mas sim de começar a desenvolver as indústrias internas para que a dependência internacional seja cada vez menor. Não sou economista, mas acredito muito que o fortalecimento da indústria nacional para atender o mercado doméstico vai beneficiar a Economia e a Sociedade como um todo.

Outra previsão que se encaixa como uma luva em mim diz que a nossa capacidade de foco será a competência mais importante para a nossa carreira. E como faz sentido essa afirmação. Quem nunca deu uma espiadinha no Instagram ou em qualquer outra rede social durante o horário de trabalho? Quem nunca flagrou ou foi flagrado em uma situação dessas? E pode ser pior: quem nunca almoçou ou tomou café da manhã com um olho no gato e outro no peixe, como diz o ditado? Ou seja, quem nunca ingeriu comida ao mesmo tempo que olhava no celular?

E se você faz isso tudo de forma consciente ou mesmo sem se dar conta de que está fazendo, não está sozinho. Em um estudo da plataforma de aprendizado Udemy, dois terços dos trabalhadores admitiram olhar para seus telefones por pelo menos uma hora durante o dia de trabalho. O custo disso é alto para empresas e funcionários. O escrito Brian Solis, em seu livro chamado “Equilíbrio de vida: como ter uma vida mais criativa, produtiva e feliz”, afirma que a falta de foco está tendo um impacto incrível e pouco estudado na produtividade, criatividade e felicidade das pessoas. 

Surpreendentemente, existem poucas pesquisas sólidas sobre o assunto, mas alguns estudos estimam que o custo para a produtividade chegue a alguns bilhões de dólares somente nos EUA. Outro escritor, chamado Nir Eyal, autor do livro “Indistraível: como controlar sua atenção e escolher sua vida”, afirma que as distrações são inevitáveis, mas devem ser controladas e a responsabilidade por isso é de cada um de nós. 

Talvez seja possível fazer um link deste tema com aquilo que falamos sobre a importância do valor do tempo e da gestão de prioridades, que falamos no episódio anterior. Se você é uma dessas pessoas que se distraem e de vez em quando estão de olho nas redes sociais e que têm dificuldade de manter o foco, eu quero te convidar a olhar esse tema sob outro aspecto: faz sentido pensar que se estamos olhando demais para as redes sociais é porque o que estamos vivendo no momento presente não é suficientemente interessante e atraente? Se passamos tempo demais olhando para o nosso celular, faz sentido pensar que a vida ao seu redor está muito chata? O trabalho e as nossas relações pessoais estão tão ruins a ponto de preferirmos ficar no celular?

É importante, ou melhor, urgente conseguirmos focar mais no momento presente e nas relações face a face, pois só assim conseguiremos construir um ambiente social e profissional no qual conseguiremos atuar de forma focada e produtiva

Fala, galera do Coachitório Online. 

São apenas algumas previsões. Ou será que já são realidades? O que você acha? Quero ouvir você! Deixe a sua mensagem em nossas redes sociais ou escreva para fabiano@ponteaofuturo.com.br Ficarei muito feliz com a sua mensagem.

Esse é o Coachitório Online. Obrigado a você que sempre acompanha os episódios do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. E por isso eu tenho um pedido: escolha um episódio para compartilhar com seus amigos nas suas redes sociais e lembre-se também de apertar o botão para seguir o nosso podcast, pois assim a gente aumenta o número de pessoas que acompanha o Coachitório Online. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Temos vários episódios para você ouvir e curtir, feitos com muito carinho para você!

Também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo! Para ter mais informações sobre a Jornada, é só clicar no link deste post.

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!

Relatório: Big Ideas 2020. 

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/20-grandes-ideias-que-mudarão-omundo-em-2020-rafael-kato