Autoestima é a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau.

Entende-se por autoestima a avaliação que a pessoa faz de si mesma, expressando uma atitude de aprovação ou de repulsa; bem como a suas capacidades e valor, tanto para si como para o meio em que vive1.

Perceba que os conceitos acima, afirmam que a autoestima é uma avaliação subjetiva. Ou seja, não há uma régua de medição ou um padrão de comparação que permita afirmar que a autoestima de uma pessoa está abaixo ou acima de um determinado nível mínimo de aceitação.

Perceba também que os conceitos apresentados afirmam que a autoestima é uma avaliação que cada pessoa faz de si própria. Uma espécie de autocrítica ou julgamento de si, em relação a alguma situação pontual (o comportamento adotado diante de uma determinada situação, por exemplo) ou a algo que acompanha a pessoa ao longo da sua vida (os seus relacionamentos, a carreira e até o jeito de ser de uma pessoa).

A autoestima é o valor que uma pessoa confere a si mesma com base em suas experiências pessoais, suas emoções, comportamentos, crenças que considera importantes, podendo estes valores atribuídos a si mesmo própria negativos ou positivos2

Pelo fato da autoestima ser a imagem que cada um tem de si, esta imagem pode afetar o seu bem-estar e a sua convivência com as outras pessoas. É justamente por isso que optei em falar sobre este tema, pois tenho visto o quanto a autoestima das pessoas tem diminuído nos últimos anos.

Os motivos desta sensação de baixa autoestima podem ser diversos. Há que considerar que, em termos de autoestima, ainda estamos colhendo os frutos da pandemia, que nos fez adotar novos hábitos e comportamentos no meio social, familiar e profissional.

Conflitos surgiram com os outros e conosco mesmos. Surgiram também sensações de dúvida e impotência por não saber o que fazer. E, no fim das contas, a nossa forçada resignação diante do que estava ocorrendo acabou impactando a nossa autoestima.

Penso também que vivemos em uma época de carência emocional muito grande, o que nos faz aceitar situações que, anteriormente, não aceitaríamos. Assim, acabamos acatando trabalhar em empresas nas quais os colegas ou os líderes pouco se importam com você. Não há feedbacks e há a sensação de não ser valorizado no trabalho.

Da mesma forma, há a sensação de que os relacionamentos pessoais que antes eram fruto de grande alegria, acabaram se tornando algo que acabamos aturando. Amigos se distanciam e ficamos nos deparando com perguntas constante em nossas mentes:

  • O que eu fiz de errado?
  • O que está acontecendo?

E assim, pessoas com baixa autoestima, eventualmente, creditam a si próprias a responsabilidade pelo que está acontecendo e isso faz com que a avaliação de si mesmas seja baixa.

É algo que precisamos mudar e o melhor de tudo é que podemos mudar o tom da conversa. Para isso, o que precisamos fazer é estarmos atentos às pessoas que estão ao nosso redor:

Ouça-as!

Perceba seus comportamentos e atitudes!

Se as palavras forem autodepreciativas, elogie-as e mostre o quão positivas são as coisas que ela faz, o quão importante é a sua presença e como é bom ter a companhia da pessoa.

Como está escrito lá no começo do texto, não há uma régua que meça a autoestima de alguém. E somente a própria pessoa pode elevar a sua autoestima. Mas, podemos agir de forma pró-ativa e positiva, mostrando para a pessoa que está com sua autoestima baixa que a percepção dos outros sobre si própria é bem diferente do que o que ela afirma sobre si mesma.

1. Smith, E. R.; Mackie, D. M. (2007). Social Psychology. 3. ed. Hove: Psychology Press.

2. Disponível em https://beecorp.com.br/autoestima/

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