Você acredita em destino? Acredita que tudo o que já aconteceu e irá acontecer na sua vida já está definido? Que toda sua existência já foi planejada e escrita em um grande livro, que narra todos os acontecimentos que estão previstos para a sua vida?
Eu acredito que sim!
Você acredita em liberdade? Acredita que somos livres para pensar, falar e agir de acordo com o que desejamos? Acredita que nossa vida é uma sucessão de decisões e, principalmente, dos frutos que colhemos a partir de cada decisão e ação que realizamos de acordo com a nossa liberdade de pensar e agir?
Eu também acredito que sim!
Parece contraditório, você não acha? Eu acredito que há o destino e que a nossa vida está prescrita, que todos acontecimentos foram planejados antes mesmo de nascermos. Mas, também acredito que temos a liberdade para pensar, falar e agir e que iremos lidar com as consequências positivas ou negativas do nosso livre-arbítrio.
Há alguns dias eu estava trabalhando em uma empresa e fiquei surpreso ao ver que esse tema surgiu durante uma das reuniões da consultoria. Um dos participantes da reunião disse que discordava do destino, de que tudo estava escrito. Disse que nada o impedia de sair daquela sala e pedir demissão da empresa. Que nada o impedia de jogar tudo para o alto e começar uma vida completamente nova.
Ele estava certo, pois nada o impede de fazer isso.
Nesse momento, outra pessoa que estava presente na reunião fez uma provocação: “- Você chegou a pensar que mesmo essas atitudes inesperadas que você tem a liberdade de tomar podem ser frutos do destino? Que essas atitudes também estavam previstas, escritas?”
A conversa na reunião ficou bem-humorada e todo mundo começou a dar suas opiniões a respeito. O interessante é que tem muita gente se fazendo essa pergunta dentro das empresas. E eu fico feliz em ver que as pessoas estão começando a perguntar coisas que não têm a ver somente com questões materiais, mas sim com questões mais profundas e complexas da nossa existência e que fazem sentido para elas.
É por essas e outras que temas como o propósito ou o sentido do trabalho, liderança, engajamento, realização pessoal e profissional ganham cada vez mais força. As pessoas estão começando a se perguntar se vale a pena continuar vivendo de um modo mecânico.
Não tenho a resposta definitiva para isso e tudo o que sei (e que aqui escrevo) deriva das minhas reflexões. Acredito que destino e liberdade são os dois lados de uma mesma moeda e o fio que une esses dois lados é o aprendizado e a evolução.
Existe um destino e eu acho que a nossa vida está prescrita, mas o livre-arbítrio se faz presente no nosso cotidiano quando temos a liberdade de pensar, estudar e aprender com o que acontece.
Temos a missão de evoluir a partir das coisas boas e ruins que acontecem. Temos a liberdade de decidir se vamos aprender as lições e de questionarmos as “verdades” das coisas, ou se continuaremos vivendo no piloto automático.
Embora a história da nossa vida esteja escrita, temos a liberdade de decidir se vamos aprender e evoluir com ela.