A liberdade de expressão é garantida a nós por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em vigor desde 1948. Pelo menos assim deveria ser. Mas, a liberdade de expressão somente será exercida de forma sábia e eficiente se exercermos, antes disso, a liberdade de pensamento!

Quanto mais livre for nosso pensamento, mais ele evoluirá e melhor conseguiremos nos expressar!

No texto anterior, comentei que somos nós os principais responsáveis por aprisionar o nosso próprio pensamento. Quando isso acontece, nossa liberdade de expressão fica limitada, pois somente conseguiremos opinar, discutir e expor as ideias que foram construídas, por meio do nosso pensamento. É uma lógica, um tanto simples, mas que parece não fazer sentido para muita gente.

Só que além do fator humano, que inibe ou prejudica o pensamento de qualidade, e que fará com que a liberdade de expressão seja igualmente exercida com qualidade… Há fatores ambientais, que também limitam o desenvolvimento do nosso pensamento.

Por incrível que pareça, em muitos lugares, o livre-pensar ainda não é um exercício tão livre assim. E não me refiro aos locais dominados por regimes políticos totalitários, que fazem de tudo para inibir a liberdade de pensamento e expressão. Me refiro a muitas empresas ou lares em que o pensamento não é estimulado ou sequer bem-vindo!

É importante que se crie um ambiente – seja em casa, no trabalho ou na vida social – em que a pessoa possa sentir-se livre para ter sonhos e traçar objetivos.

Este é um ponto importante, pois ambientes que não estimulam a criatividade terão dificuldades para se desenvolverem. As pessoas não expressarão suas ideias, se não se sentirem seguras para tal.

É uma questão tão importante que, no idioma japonês, existe a expressão “ba”, que se refere ao ambiente propício para a criação e geração do conhecimento. Uma palavra simples, de duas letras, que designa algo tão importante para a cultura milenar japonesa.

Estes ambientes propícios são essenciais para a construção e manutenção de um bom clima organizacional. São primordiais para atração e retenção dos recursos humanos, e para o aumento da qualidade e produtividade da empresa.

Vale salientar que não se trata de uma abordagem motivacional ou de autoajuda, pois há uma lógica que faz com que essa regra se cumpra.

Quando o ambiente propício não existe, deixamos o campo livre para o surgimento de outro ambiente. Semelhante ao que assistimos no filme Matrix, no qual o nosso comportamento deriva da cultura em que estamos inseridos e do padrão encaixotado e restrito dos nossos pensamentos.

Os ambientes onde impera o livre-pensar existem, mas talvez nem todas as pessoas conseguiriam viver nela. Assim, muitas pessoas vão preferir manter-se na Matrix, protegendo o ambiente que não estimula o livre pensamento!

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