Quero convidar você a responder a algumas perguntas: onde é o seu local de trabalho hoje? Onde é o seu escritório? E, o mais importante: onde será seu escritório num futuro próximo?

Expressões como “trabalho remoto”, “home office”, “atendimento virtual”, entre outras, têm se popularizado cada vez mais para designar uma modalidade diferente de trabalho: o trabalho virtual e a distância.

A tecnologia tem evoluído tanto que hoje em dia não é mais necessário estarmos atrás da mesa do escritório de uma empresa para produzir.

A própria legislação trabalhista brasileira tem evoluído no sentido de reconhecer essa modalidade de trabalho por ser uma realidade cada vez mais presente nas nossas vidas.

Na esteira dessa evolução, muitas empresas têm surgido nos mais diversos segmentos, abolindo definitivamente o conceito tradicional de “escritório-mesa-cadeira”, pois para que seu negócio seja viável basta apenas ter acesso à Internet e um aparelho ou equipamento que permita que a gente trabalhe adequadamente.

Essa realidade não é de agora. Na medida que a tecnologia vai trazendo formas cada vez melhores e mais práticas para trabalharmos a distância, as pessoas também vão se habituando e aprendendo a usar a variedade cada vez maior de serviços que estão disponíveis e que podem ser comprados e acessados a distância.

Um dos primeiros segmentos a investir maciçamente nesta relação de venda e consumo a distância foi o Ensino. Atualmente, há vários cursos de graduação, pós-graduação, técnicos e de extensão oferecidos pela internet.

Há também uma quantidade cada vez maior de informações, materiais, vídeos e cursos sobre os mais variados temas que podem ser consumidos por meio da internet.

Essa realidade – que tende a se fazer cada vez mais presente em nossas vidas – já vinha sendo prevista há muito tempo! Nos anos 1970 algumas pessoas[1] já previam que o trabalho do futuro estaria amparado pela tecnologia e que alguns conceitos tradicionais (inclusive o de escritório e de trabalho presencial) passariam por mudanças profundas.

O fato é que estas mudanças têm tirado muita gente da zona de conforto, pois o ser humano ainda está habituado ao “porto seguro”, aquele lugar para o qual ele precisa se deslocar para trabalhar para gerar resultados.

E tenho visto alguns casos de pessoas que se desorganizam muito quando o seu lugar físico de trabalho deixa de existir e passa a ser um lugar virtual.

Posso, inclusive, falar por mim. Apesar de ter um escritório, uma sede fixa com mesas, cadeiras e tudo mais (que são necessários em alguns momentos do meu trabalho), estou me acostumando a uma nova realidade: meu escritório está na minha mochila.

Ali está meu computador, meu caderno de anotações, cartão de visita, materiais da empresa. Sem falar no celular, que está sempre a tiracolo. Meu escritório pode ir comigo para qualquer lugar.

Isso significa uma mudança de paradigma muito grande. Aliás, diga-se de passagem, esta mudança é muito benéfica, pois abre um leque enorme de novas possibilidades, de novas oportunidades, de novos contatos e novos trabalhos.

Tomando a liberdade de parafrasear o best-seller de Spencer Johnson, “Quem mexeu no meu queijo?”, digo que já estão mexendo no nosso escritório.

E essas mudanças são para o bem, pois permitem que a gente se conecte com profissionais de vários segmentos, de vários lugares diferentes, para que assim a gente consiga acessar muitas coisas boas que a tecnologia disponibiliza para nós.

[1] Para saber mais, veja o livro “O Choque do Futuro”, escrito pelo americano Alvin Toffler.

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