Comunicação, feedback, delegação, meritocracia, gestão do tempo. Várias são as palavras que usamos no meio organizacional que representam tendências, modismos e, mais importante do que isso, comportamentos e atitudes que precisamos adotar.
Todas essas palavras fazem parte de um conceito que é tão natural quanto respirar, mas que causa ansiedade em muitas pessoas: a mudança.
Digo que a mudança é algo tão natural quanto respirar porque cada um de nós – em termos biológicos mesmo – passa por diversas mudanças ao longo da vida: crescemos, mudamos de casa, de trabalho, conhecemos diversas pessoas e adotamos e abandonamos diversos projetos ao longo da vida.
Mas se a mudança é algo tão presente e necessário para as nossas vidas, por que para muitas pessoas a mudança é algo a ser evitado? Algo que iríamos preferir evitar caso tivéssemos essa escolha?
Há vários fatores que explicam esta questão. O primeiro deles – e talvez o mais importante – é a questão do perfil. Cada pessoa tem um perfil comportamental que determina a essência de seus comportamentos e atitudes e há um perfil específico que prefere as situações de estabilidade e tende a resistir mais às mudanças.
Este perfil tem as suas razões, pois eu acredito que nem toda mudança é positiva ou necessária. E tem mais: nem toda mudança ocorre na melhor hora.
Só que eu acredito que na maioria das vezes a mudança é benéfica e nos tira da zona de conforto, nos tornando melhores e levando nossos comportamentos e atitudes para um novo patamar.
Embora isso também seja verdadeiro, há muita gente que tende a resistir à mudança, procurando motivos para não fazer o que precisa ser feito. E é preciso uma energia enorme para resistir a determinadas mudanças.
É como remar contra a maré. Para que essa energia não seja gasta com a resistência à mudança, listo a seguir três dicas que têm como objetivo provocar uma reflexão sobre a mudança:
1. Identifique as ameaças que você enfrenta ao evitar a mudança
Há um exercício chamado de balança decisional, no qual a pessoa coloca os prós e contras relacionadas a uma determinada situação. Se fizer sentido, reflita a respeito do que você deixará de ganhar caso optar pela estagnação e também quais são as ameaças que lhe surgem caso você insistir em não mudar determinadas coisas.
2. O primeiro passo a ser dado
Temos o hábito de encarar o processo de mudança como algo complexo, olhando sempre para o futuro, para o estado desejado e vendo o quão longe estamos do que desejamos alcançar. Mas toda caminhada tem um primeiro passo e toda mudança começa em uma ação simples. Descubra qual é esse primeiro passo e o realize.
3. Descubra quem pode lhe ajudar
Embora a caminhada seja individual, ou melhor, a mudança seja algo pessoal, sempre haverá pessoas com as quais podemos contar. Reconheça essas pessoas e peça a ajuda necessária para começar, pois as pessoas sempre estão dispostas a ajudar quando a intenção da mudança for positiva.
Mudança não tem a ver com correria, mas sim com continuidade. Mudança é algo constante e constância não diz respeito a velocidade, mas sim a um ritmo. Defina esse ritmo e defina o prazo que você deseja para realizar as coisas necessárias e saiba que o mais importante é começar!