A pergunta que é feita no título desse texto já diz muita coisa por si só. Vamos falar de dinheiro? Claro que sim, é o que talvez muitos diriam. Mas a surpresa é que falar de dinheiro e gostar de dinheiro são duas coisas completamente distintas. A maioria das pessoas não fala sobre dinheiro e, por incrível que pareça, o dinheiro ainda é um tabu para muitas pessoas.
Mas o que justifica essa afirmação, já que o dinheiro é um item essencial para a sobrevivência das pessoas? Por que as pessoas não falam sobre dinheiro se é por meio dele que compramos os itens necessários ao sustento de uma pessoa e de sua família? A resposta é variada e, para ajudar a responder, uma matéria publicada na Internet[1] listou alguns indícios de que as pessoas não lidam bem com dinheiro. Não é surpresa ver que entre os fatores apontados, ao menos dois deles têm relação direta quando o assunto é não falar sobre dinheiro: (1) a maioria das pessoas se estressa quando fala sobre dinheiro e (2) por isso não fala sobre o assunto com seu cônjuge.
Vale observar que as pessoas somente se estressam ao falar sobre dinheiro e optam por não falar sobre o assunto com seu cônjuge quando o dinheiro falta. Nos momentos de abundância ou relativa tranquilidade e estabilidade financeira não há discussões, porque falar de notícias boas dificilmente deixará alguém estressado. Mas quando a situação financeira aperta e é preciso discutir alternativas para sair do vermelho (reduzir ou cortas despesas ou descobrir formas de aumentar as receitas, por exemplo) a maioria das pessoas prefere não abordar o assunto diretamente porque tem medo que a conversa resulte em discussão. Mas por que as pessoas acabam discutindo quando falam sobre dinheiro? Por conta de dois motivos bem claros:
- as pessoas não sabem como a situação chegou a esse ponto: as pessoas acabarão eventualmente falando sobre dinheiro, mas somente quando a situação chegar num ponto muito crítico. E por não ter o hábito de falar sobre o assunto quando há momentos de estabilidade é que deixamos a situação sair de controle. A novidade é: quando falamos sobre dinheiro – principalmente com o cônjuge – estamos exercitando uma forma de controle sobre as finanças pessoais que pode evitar sérios problemas financeiros futuros;
- as pessoas entendem pouco ou nada sobre o assunto: a falta de clareza sobre questões importantes que estão relacionadas com o dinheiro, tais como receitas e despesas, juros, aplicação, empréstimos, previdência privada, cheque especial, etc., acaba resultando em decisões equivocadas a respeito do dinheiro. E, por não entender do assunto, não sabem o que fazer para sair da situação e assim acabam contraindo empréstimos ou financiando suas dívidas das formas mais caras possíveis.
Embora esses motivos sejam bem claros, muitas pessoas ainda preferem ficar à margem do assunto. Segundo a matéria na Internet já comentada anteriormente, as pessoas preferem não ter que falar sobre isso por conta de dois motivos (ou desculpas…): não sabem quanto ganham ou gastam ou alegam que falar sobre dinheiro e fazer controle financeiro é chato e difícil para aprender.
[1] Disponível em http://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2015/09/17/11-sinais-de-que-voce-nao-lida-muito-bem-com-dinheiro.htm
Quando o dinheiro falta é muito dolorido pensar que não vai ser possível comprar algo para comer ou outras necessidades importantes, reduzir ou banir todos os tipos de gastos que não agregam será um grande passo e o mais importante, principalmente com cartão de crédito, mesmo assim como falado no texto, “dinheiro ainda é um tabu”, sempre será enquanto a população continuar achando que dinheiro é o vilão da história. Acredito também que a maior importância é tentar mostrar que dinheiro pode sim trazer muita felicidade, de maneira organizada, controlada e com transparência, somente assim!
Obrigado pelo comentário, Débora! De fato, o dinheiro é muito importante para a vida de todos. E é fundamental que nossa relação com o dinheiro seja saudável!