Há uma cobrança cada vez maior para que a gente encontre a felicidade no trabalho. Essa cobrança é feita por nós mesmos, na maioria das vezes de forma inconsciente, quando os primeiros pensamentos que vêm à nossa cabeça quando acordamos pela manhã são, na realidade, lamentações ou reclamações relacionadas ao fato de termos que ir para um lugar que não gostamos de estar.
Essa pressão pela busca da felicidade no trabalho – seja ela consciente ou não – reflete diretamente no nosso resultado, na qualidade e produtividade do que fazemos.
Ou melhor, penso que, quando não encontramos a felicidade no trabalho, acabamos prejudicando seriamente as nossas relações interpessoais e quando as relações com nossos colegas não são boas, fatalmente o ambiente de trabalho não será bom e o resultado de tudo que ali será produzido também não será suficientemente bom.
Em outras palavras, arrisco a dizer que, mais do que nunca, os resultados positivos que desejamos em nossas empresas e em nossas carreiras passam, inevitavelmente, pelas boas relações profissionais e por um bom clima organizacional – pela felicidade no trabalho.
Mas, como a gente descobre se está feliz no trabalho? Como podemos construir essa felicidade no trabalho? Depois de muito ler e pensar a respeito, acabei descobrindo que encontrar a felicidade no trabalho é algo relativamente simples.
Não tem, necessariamente, a ver com o cargo que você ocupa ou com a quantidade de dinheiro que você ganha; não tem a ver com a sua profissão, se você é empreendedor ou funcionário.
Tem a ver com as pessoas que nós encontramos onde nós trabalhamos; tem a ver com alguns passos que eu acabei colocando na pirâmide que segue abaixo:
Antes de mais nada, é fundamental conhecermos as pessoas. As pessoas que encontramos no nosso dia a dia serão grandes responsáveis por construir junto de cada um de nós um bom ambiente de trabalho.
E, ao conhecermos as pessoas, acabamos desenvolvendo uma capacidade maior de empatia, respeito e cooperação. Não é preciso estabelecer um forte vínculo de amizade com todos, mas sim de simplesmente sermos boas pessoas para com aqueles que encontramos diariamente.
Quando conhecemos as pessoas, podemos gostar delas. A convivência acaba se tornando agradável e o ambiente de trabalho pode ficar melhor por conta da leveza que há no clima organizacional.
O bom ambiente de trabalho não elimina o fato de que não haverá correria, cobrança por parte dos líderes para com os resultados, etc. Só que, quando conhecemos e gostamos das pessoas, tudo isso pode acontecer de uma forma mais natural.
Se conhecemos as pessoas e gostamos das pessoas que encontramos no nosso dia a dia, acabamos constatando que a gente gosta do que faz. Curiosamente, na maioria das vezes, não tem a ver com a atividade que realizamos, mas com o fato de que nosso trabalho é feito num bom ambiente e as pessoas que lá encontramos são legais.
E, quando tudo isso acontece, quando as horas de trabalho passam e a gente desempenha nossas atividades profissionais num bom ambiente, acabamos constatando que a gente faz o que gosta e que vale a pena trabalhar onde trabalhamos, fazer o que fazemos, porque lá encontramos boas pessoas e um bom ambiente para trabalhar.
Notem que isso é um fato: em todas as profissões há pessoas felizes e infelizes. E a verdade é que não tem a ver necessariamente com o que a gente faz, mas principalmente com as pessoas que encontramos onde a gente trabalha.
Mas o que eu posso fazer com essa informação? Começar, desde hoje, a contribuir para a construção de um ambiente de trabalho positivo.
Começar a construir a pirâmide desde a base, sem esperar que alguém de fora faça o que é necessário para que a gente encontre a felicidade no trabalho.