• 1ª Temporada
  • 19 Verbos que Devem Fazer Parte do seu Vocabulário

  • A inspiração para esta temporada veio de um eBook que lançamos em 2018, no qual pensamos em atitudes que fazem a diferença no dia a dia das pessoas. Apesar de ser um material de dois anos atrás, acredito que os episódios estão mais atuais do que nunca, pois vão nos ajudar a enfrentar com bastante coragem os desafios com os quais estamos lidando por conta de tudo o que tem acontecido no mundo.

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8 – Responsabilizar-se

Craque não é só aquele que joga bem. Craque é aquele que chama o jogo para si, porque sabe que a sua capacidade e potencial fazem com que ele se sinta muito responsável pelo resultado do jogo. Por isso que às vezes vale mais a pena estar com jogadores responsáveis do que com craques.

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Transcrição do episódio "8 – Responsabilizar-se"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

O sucesso vem antes do trabalho somente no dicionário. E a responsabilidade vem antes destas duas palavras no dicionário e na vida. O tema da vez é responsabilidade e é sobre responsabilizar-se que o Coachitório Online vai falar hoje.

O sucesso é consequência do trabalho, ao passo que trabalho e sucesso são consequências da nossa capacidade de assumir responsabilidades. Por mais lógico que possa parecer, o exercício da liderança traz consigo algumas obrigatoriedades, algumas coisas das quais não abrimos mão. É o que chamamos de ônus e bônus da liderança.

Há alguns anos, numa conversa informal com um grupo, uma pessoa comentou que desejava muito se tornar líder na empresa em que atuava. Dizia que estava estudando e trabalhando com bastante dedicação para chegar lá. Até aí, tudo bem! Eu sempre encorajo as pessoas que têm esses objetivos claros.

Mas daí eu fiz uma simples pergunta para ela: “Por que você quer ser líder?” E a resposta foi: “- Se eu me tornar líder, é sinal de que eu fui promovido. Se eu for promovido, eu vou ganhar mais e vou ter algumas regalias.”

Ônus e bônus. A pessoa está somente de olho no bônus, nas vantagens, ignorando completamente as responsabilidades que fazem parte da liderança.

Não gosto de fazer julgamentos a respeito de pensamentos e opiniões das pessoas, até porque nós todos temos pensamentos e opiniões que podem ser julgados pelos outros. Mas eu confesso que a resposta que eu comentei antes mostra o quanto algumas pessoas ainda estão distantes de entender do que se trata, efetivamente, exercer a liderança.

Me parece que o desejo pela liderança é inversamente proporcional ao desejo pela responsabilidade. Queremos o bônus da liderança, mas não queremos o ônus da responsabilidade.

Aliás, é importante dizer que não estou me referindo somente ao que acontece dentro das empresas, até porque esse tipo de comportamento acaba sendo replicado para a nossa vida pessoal e social. Desejamos o protagonismo, mas não as responsabilidades que acompanham o estrelato social.

Tem até uma expressão muito famosa que diz que “Pai é quem cria!”. Eu acho legal essa expressão porque, na minha leitura, essa frase diz que pai é quem tem responsabilidade.

Qualquer semelhança com a liderança não é mera coincidência.

Mas se engana quem pensar que falar sobre responsabilidade é algo novo. Mesmo no mundo das empresas e da carreira, a importância de assumirmos responsabilidades já vem sendo falada há anos. Um dos principais autores da Administração – o francês Henri Fayol, chamava a atenção sobre o quanto era importante lutar contra a irresponsabilidade dos líderes e empresários. Dizia ele que “não existe autoridade sem responsabilidade.”

Inclusive, ele falava abertamente que a disposição em aceitar responsabilidades é uma das maiores qualidades morais que o ser humano deveria ter e, por isso, as pessoas que tem essa qualidade deveriam ser mais valorizadas.

Ah, vale dizer que ele falou isso há mais de cem anos…

Veja só outra coisa interessante: uma pesquisa realizada pelo Psicólogo e Professor britânico Richard Wiseman constatou que 78% das pessoas não cumpre as promessas de final de ano. Aliás, as promessas de final de ano são um tema sobre o qual eu gosto muito de falar, pois a não realização daquelas promessas tem tudo a ver com o não exercício da autorresponsabilidade.

Então talvez aqui você esteja se perguntando como a gente desperta esse senso de responsabilidade nas pessoas. Bom, eu acredito que essa capacidade já está em nós. É algo que devemos, de fato, despertar. No mundo organizacional, acredito que uma das formas é fazer com que a pessoa participe mais ativamente do seu trabalho – ouvindo ele, pedindo sua opinião, dando feedback, etc. Quando uma pessoa participa mais ativamente do seu trabalho, tende a se sentir mais responsável por ele também.

Tem, inclusive, uma frase de um escritor e Psicólogo americano chamado Robert Cialdini que eu gosto muito. Ele diz que “a pessoa que se sente responsável pelas cláusulas de um contrato fica mais inclinada a cumpri-lo.”

Seja o ator principal da sua vida. Chame as responsabilidades da sua vida para si. Como a gente diz no futebol: chame o jogo para você!

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Lembro que você pode acompanhar esse tema no ebook dos 19 verbos, que está lá no site da Ponte ao Futuro.

Qualquer dúvida, fale comigo. Escreva para fabiano@ponteaofuturo.com.br