Transcrição do episódio "57 – A sensação de estar nu"
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Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.
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A SENSAÇÃO DE ESTAR NU NA FRENTE DOS OUTROS
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Você já teve aquele sonho, ou melhor, aquele pesadelo, no qual você está nu, sem roupa, pelado, exposto na frente de um monte de gente? Desagradável, né?
O mais desagradável dessa sensação talvez seja a de estar sendo observado e julgado. Estar sem as roupas na frente de várias pessoas por si só já é chato, mas a sensação de estar sendo o centro das atenções e de estar sendo julgado pelos demais é insuperável. Por mais que a gente tente fugir e se proteger de alguma forma das observações e julgamentos dos outros, parece que somos forçados a continuar sem roupa na frente dos outros e a enfrentar a situação.
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Eu acredito que esse exemplo de estarmos nus na frente de diversas pessoas serve como uma metáfora para um monte de situações. Podemos comparar com a sensação que temos quando surgem novos desafios. Aquele frio na barriga que aparece quando estamos prestes a fazer novas experiências, a andar rumo ao desconhecido.
Cada vez que iniciamos uma nova jornada a fim de sair da zona de conforto, olhamos para o resultado que desejamos alcançar e constatamos que muitas coisas nos faltam para chegarmos ao nosso objetivo. Estamos nus diante do desconhecido. Muitas vezes, tudo o que temos é a confiança inabalável e a certeza de que alcançaremos o que desejamos.
E você já reparou que tem muita gente que inicia a sua caminhada mesmo não tendo os recursos necessários para começar? Então ficam as perguntas: é fundamental que tenhamos sempre à disposição todos os recursos necessários antes de começarmos novos desafios? Será que o resultado obtido quando temos à mão todos os recursos necessários é igual aquele que conseguimos quando superamos desafios sem ter à mão todos esses recursos? A resposta é individual e subjetiva, mas acredito que a resposta para ambas perguntas é não.
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E eu explico porquê.
À medida que esperamos ter todos recursos ou condições necessárias (tipo o tempo, dinheiro, conhecimento, etc.) para começarmos novos projetos, estamos correndo um sério risco de perdermos grandes oportunidades.
É o caso em que a pessoa percebe a oportunidade mas julga não estar pronta para ela. E aí acaba pensando consigo mesma: “- Puxa, como eu queria estar preparado para essa chance.” Então depois a pessoa percebe que essa mesma oportunidade foi aproveitada por alguém que tinha muito menos recursos ou preparo quanto ela, mas que tinha dentro de si uma grande confiança e a certeza de que o que lhe faltava seria adquirido durante a jornada.
Esse é o momento em que a pessoa decide despir-se na frente dos outros, pois ao decidir encarar os desafios mesmo sem ter em suas mãos todos os recursos necessários, essa decisão por si só representa o seu primeiro grande aprendizado. É a hora em que ela encara o desafio de ser julgada e avaliada por estar entrando num terreno desconhecido. É nesse momento que a pessoa acaba constatando que o seu grande ganho não será somente o resultado final alcançado, mas sim todo o aprendizado conquistado durante a jornada.
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O aprendizado leva à resposta para a segunda pergunta, pois acredito também que o resultado obtido quando temos à mão todos os recursos necessários não será igual aquele que conseguimos quando superamos desafios sem ter à mão todos esses recursos. Em primeiro lugar, essa afirmação tem a ver com a valorização que a conquista recebe. Você já reparou que as pessoas tendem a valorizar mais o que foi conquistado quando grandes dificuldades foram superadas?
É verdade!
Os obstáculos encontrados no caminho dão um sabor especial para aquilo que alcançamos. A segunda evidência está na própria pessoa que topou os desafios, pois aquele que iniciou a jornada sem ter todos os recursos necessários em mãos foi, inevitavelmente, moldado pelas dificuldades que encontrou. Assim, ao final da jornada, além do objetivo conquistado a pessoa terá como grande prêmio o crescimento e a evolução pessoal.
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Bom, então nós vimos que essa sensação de ficar nu na frente das pessoas é uma etapa importante para quem quer superar seus desafios e dar um passo além na jornada da vida. Mas isso ajuda a explicar somente uma parte da situação, porque tem uma pergunta que não quer calar de jeito nenhum: por que muita gente opta em não seguir em frente? Por que tem tantas pessoas que preferem continuar na mesmice, sem crescimento e evolução?
Estive lendo a respeito disso. A internet está repleta de artigos e blogs que falam sobre o assunto e uma das coisas que eu percebi que está presente em quase todas as explicações é o medo. Isso mesmo, o medo!
Então, o medo é bom ou é ruim? O que o medo faz com as pessoas?
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Eis que surge novamente a internet para apresentar uma frase que eu acho maravilhosa: “a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. Corajoso não é aquele que não sente medo, mas sim aquele que domina esse sentimento.” Essa frase é do Nelson Mandela e eu acho que ela explica tudo…
O medo não pode nos frear. Não pode ser o motivo pelo qual a gente deixa de fazer certas coisas, principalmente os nossos sonhos e objetivos ou, simplesmente, aquilo que precisa ser feito. Só que esse é o grande problema, pois muitas pessoas se acostumam ou até gostam da ideia de ter medo porque entendem que o medo é um sentimento protetor. Em outras palavras, é graças ao medo que eu me livro de algumas encrencas. Talvez até faça sentido… Só que eu acho que os maiores “problemas” que vamos encarar na nossa vida não são aqueles que estão lá fora, no desconhecido, mas sim aqueles que já estão ao nosso lado, presentes na nossa vida, dentro de nós, e que a gente ignora por completo.
Essas coisas que estão com a gente, na nossa vida, e que a gente ignora é que realmente me dão medo.
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Fala, galera do Coachitório Online.
Encarar o desconhecido e estar disposto a ficar nu diante das pessoas, submetendo-se a ser observado e julgado é para poucas pessoas. Mas é essa atitude que diferencia as pessoas vencedoras das demais. Essas pessoas são aquelas que têm medo, mas seguem em frente mesmo assim.
Aliás, importante dizer aqui que eu não estou me referindo aqueles medos do tipo “fobia”, para os quais há outras explicações. Ah, inclusive eu já deixo aqui um spoiler para o próximo episódio, no qual nós vamos falar especificamente sobre os principais medos das pessoas.
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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!