Transcrição do episódio "49 – Dinheiro traz felicidade"
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Me diga uma coisa: DINHEIRO TRAZ FELICIDADE?
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Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.
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Bronnie Ware é uma mulher australiana que dedicou muito tempo da sua vida para um trabalho muito nobre: a prática de cuidados paliativos. O cuidado paliativo é uma atividade que une técnicas da medicina e da enfermagem para cuidar de pacientes com condições crônicas.
Esse atendimento tem como objetivo aliviar a dor, o stress físico e mental que os pacientes têm nos diferentes estágios de suas doenças. A finalidade principal do cuidador paliativo é melhorar a qualidade de vida do paciente e de sua família.
Acontece que no ano de 2009, Bronnie Ware decidiu compartilhar um texto muito interessante em seu blog. Esse texto tinha a ver com as experiências e observações que ela fez durante o seu trabalho com cuidados paliativos. O texto que essa simpática australiana compartilhou tem o seguinte título: “os arrependimentos daqueles que morrem”. O texto também provocava uma reflexão muitos simples, mas profunda: quais são os principais arrependimentos das pessoas que estão à beira da morte?
Você tem ideia de quais são esses arrependimentos?
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Antes de falar mais sobre os arrependimentos das pessoas quando estão à beira da morte, deixa eu voltar para a pergunta do início desse episódio: dinheiro traz felicidade?
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Confesso que eu penso nisso de vez em quando, principalmente naquelas horas em que eu sei que estou trabalhando demais e por isso não estou dando a atenção que eu gostaria para a minha família, para as pessoas que são importantes para mim e para as coisas que eu gosto de fazer. Surge um sentimento de culpa, mas aí surge também aquela lembrança de que estamos trabalhando por alguns motivos bem óbvios: pode ser por opção, ou porque gostamos de trabalhar ou porque, simplesmente, precisamos de dinheiro para pagar os boletos…
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Há pessoas que trabalham bastante para ganhar dinheiro para dar mais conforto para si e para a família. Há pessoas que trabalham bastante para conquistar coisas que deseja muito. Também há quem trabalha bastante porque não quer ter uma vida de privações. Essas pessoas provavelmente dirão que o dinheiro traz felicidade.
Aquela pessoa que está desempregada, aquela que não tem dinheiro para comprar comida para a sua família, para comprar o remédio ou pagar aquele exame que pode salvar a vida de quem você ama, provavelmente vai dizer que o dinheiro traz felicidade.
Não há como criticar quem pensa assim!
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Uns anos atrás eu estava falando com uma pessoa sobre esse assunto. Um empresário, uma pessoa bem-sucedida, que de repente me perguntou: “- Fabiano, você já passou fome?”
Eu disse que não… E ele me falou: “- Pois é, eu já passei fome. Quando adolescente, eu eu e meus irmãos costumávamos ficar vários dias sem comer. É horrível! Via os meus pais sofrerem com isso e decidi que iria trabalhar muito para nunca mais sentirmos isso. É por isso que eu dou muito valor às coisas que eu conquistei.”
De novo, eu digo: não há como criticar quem pensa dessa forma.
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Mas será que o dinheiro traz mesmo a felicidade, ou apenas tem o poder de comprar as coisas que vão nos tirar de certas privações ou preocupações?
Eu explico isso a partir de uma teoria publicada nos anos 1940 pelo psicólogo americano Abraham Maslow. A pirâmide da hierarquia das necessidades, criada por ele, mostra claramente que as coisas que o dinheiro compra são fundamentais para formar a base das nossas vidas. O dinheiro é essencial para garantir questões fisiológicas e de segurança.
Mas, com o tempo, o ser humano passa a desejar coisas que transcendem a questão financeira… Realização pessoal, reconhecimento, pertencimento, ser socialmente aceito são alguns fatores que as pessoas buscam e que não somente relacionadas ao dinheiro.
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Mas o que as pesquisas têm a dizer sobre esse assunto?
Segundo um estudo sobre os efeitos negativos da falta de dinheiro, realizado por pesquisadores das Universidades do Arizona e da Virginia, nos EUA, revelou que 82% dos entrevistados relataram ter sofrido algum problema de saúde ocasionado pela sua situação financeira.
Vou citar alguns dados dessa pesquisa: estresse profundo, ansiedade e depressão foram relatados por 65% dos pesquisados. Quase todos afirmaram que têm dores de cabeça e distúrbios do sono por conta de preocupações ligadas ao dinheiro.
É muita coisa! Certamente essas pessoas seriam mais felizes se não sofressem desses males. E, já que a causa desses problemas é a falta de dinheiro, podemos concluir que o dinheiro traria a felicidade para essas pessoas.
Essas respostas são o reflexo de diversos fatores. Sem dúvida, há elementos culturais que influenciam na forma como nos relacionamos com o dinheiro. Embora essa pesquisa tenha sido feita nos EUA, eu acredito que esses números servem para o nosso país, até porque ainda estamos lidando com os efeitos de uma crise econômica que nos incomoda há vários anos.
Isso porque nem falamos sobre um ponto muito importante, talvez o mais importante de todos: o que é felicidade? Inclusive eu acho que é um bom tema para o próximo episódio desse podcast!
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Mas vamos voltar para a Bronnie Ware, a australiana que escreveu sobre os cinco principais arrependimentos de pacientes que estão à beira da morte.
Acontece que o texto em que ela fala sobre os principais arrependimentos de pacientes terminais foi lido e compartilhado por milhões de pessoas. Ela aprofundou o texto, que logo virou um livro, que a tornou famosa, uma verdadeira celebridade. Dez anos depois da publicação daquele texto, Bronnie Ware continua levando a sua mensagem para as pessoas. Vale a pena dar uma olhada no site e no trabalho que ela faz. Vou deixar a descrição aqui nesse post.
Ah, quer saber quais são os cinco principais arrependimentos das pessoas com doenças terminais? São esses:
Não ter aproveitado a vida do meu jeito.
Queria não ter trabalhado tanto.
Queria ter falado mais sobre meus sentimentos.
Queria não ter perdido contato com amigos.
Deveria ter me permitido ser feliz.
A Bronnie Ware já nos deu a dica. E eu compartilho com vocês. Cabe a cada um de nós não fazer parte dessa estatística. Não ter esses arrependimentos é uma questão de escolha!
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Fala, galera do Coachitório Online. Interessante essa história, não é mesmo? Aliás, diria que é chocante e inquietante. Faz a gente pensar mais na vida e nas coisas que realmente importam.
Focar naquilo que importa! Desejo que essa seja a tônica da sua vida!
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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!