• 7ª Temporada
  • Grandes Lições em Pequenas Frases II

  • Estamos começando uma nova temporada do Coachitório Online! A temática de uma temporada do podcast tem a ver com simbolismos e com metáforas. Tem a ver com encontrar uma forma de falar com o lado emocional das pessoas, pois assim elas se conectam e absorvem mais facilmente aquilo que o lado racional quer aprender e processar. Com esta temporada não será diferente! E a boa notícia é que vamos fazer uma releitura do tema da segunda temporada. Isso mesmo! A nova temporada do Coachitório Online irá trazer episódios que contam grandes lições em pequenas frases.

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183 – Benjamin Button e as Oportunidades

Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos! As oportunidades andam de mãos dadas com as tomadas de decisões. Perceba que o que define se algo é uma oportunidade ou não é a nossa capacidade de analisar racionalmente a situação e, diante das circunstâncias, dos nossos desejos e possibilidades, escolher entre aproveitar ou não a oportunidade. Mas será que tudo o que aparece diante de nós é uma oportunidade? Como saber a diferença entre uma oportunidade e uma roubada? Se eu tivesse que apostar em um fator que eu considero relevante para reconhecermos as verdadeiras oportunidades, eu diria que o primeiro deles é o conhecimento.

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Transcrição do episódio "183 – Benjamin Button e as Oportunidades"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

Vamos falar de:

OPORTUNIDADES

 

Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos.

Diferentemente do que temos feito até agora nesta temporada, a frase que inspira o episódio de hoje não é de um autor famoso, mas sim de um filme famoso. A frase que dá título ao episódio faz parte do roteiro de “O Curioso Caso de Benjamin Button”, filme americano lançado em 2009 e que conta com nomes como Brad Pitt e Cate Blanchett no elenco. O filme conta a história de Benjamin Button, que é um homem que nasce idoso e rejuvenesce à medida que o tempo passa. Doze anos depois de seu nascimento, ele conhece Daisy e, embora tenha todos os tipos de aventuras incomuns durante a sua vida, sua relação com Daisy o faz acreditar que os dois se encontrarão no momento certo de suas vidas.

Pode-se dizer que é um filme romântico, pois os encontros e desencontros da vida dos dois protagonistas mostra que o que é para acontecer, acontecerá. Só que tudo ocorre no tempo certo. É neste contexto que entra a questão da oportunidade. A frase que dá título a este podcast nos diz que tudo na vida se resume a oportunidades, mesmo as que deixamos passar. No caso dos protagonistas, oportunidades de se encontrarem ou de ficarem juntos foram, por assim dizer, perdidas ao longo das suas vidas. Ainda assim, Benjamin Button acreditava que a oportunidade definitiva para ficar com sua amada chegaria na hora certa e ele saberia reconhecer exatamente este momento.

O tema oportunidade anda de mãos dadas com a tomada de decisão. Perceba que o que define se algo é uma oportunidade ou não é a nossa capacidade de analisar racionalmente a situação e, diante das circunstâncias, dos nossos desejos e possibilidades, fazer uma escolha muito simples. Aproveitar o que está diante de você ou não. É como aquela história da pílula azul ou vermelha no filme Matrix. Ao apresentar as pílulas para Neo, o herói da história, Morpheus o avisa que está lhe dando a oportunidade de ver a vida como ela realmente é. E Neo escolhe a pílula, ou melhor, a oportunidade de ser iluminado pelo conhecimento. Falamos bastante sobre decisão aqui no Coachitório Online. No episódio #31 comentamos sobre as lições de Napoleon Hill sobre a tomada de decisão. A tomada de decisão também apareceu nos episódios #111 e #117.

Mas será que tudo o que aparece diante de nós é uma oportunidade? Como saber a diferença entre uma oportunidade e uma roubada? Confesso que eu acho bem difícil fazer escolhas que sejam 100% seguras no que diz respeito a diferenciar bem entre o que é ou o que não é uma oportunidade. Mas se eu tivesse que apostar em alguns fatores que eu considero extremamente relevantes para reconhecermos as verdadeiras oportunidades, eu diria que o primeiro deles é o aprendizado, o conhecimento. Digo isso porque, já que aproveitar a oportunidade tem tudo a ver com tomar decisões, penso que quanto mais informação e conhecimento tivermos sobre aquilo que se apresenta diante de nós, mais segura será a nossa decisão. Ou melhor, mais seguro será decidir se aquilo é uma oportunidade ou não. Um dos aspectos mais ricos dos processos de aprendizagem é a gestação de oportunidades na vida. Quem sabe aprender, alarga seus horizontes, explora alternativas, conquista fronteiras.

E quando eu falo de conhecimento, falo também de autoconhecimento. E isso leva ao segundo ponto, que tem a ver com teus valores. Sabe aquela oportunidade vantajosa, aquela em que você pode ter um ganho fácil em pouco tempo, ou uma ascensão profissional ou mudança de carreira de forma rápida e sem muito esforço? Pois é, talvez essas oportunidades vão exigir que você sacrifique alguns de seus valores pessoais e isso pode lhe custar caro mais tarde. Talvez essa decisão irá fazer com que você tenha que passar por cima de outras pessoas ou agir de forma não tão honesta assim. Pode ser que isso lhe tire o sono mais tarde e, se for assim, pode ter certeza de que não é uma oportunidade porque, definitivamente, o fim não justifica os meios.

Mas o grande fator que, em minha opinião, pode separar o joio do trigo em termos do que é ou o que não é uma oportunidade são os teus objetivos. Quando as pessoas têm objetivos claros, planos bem traçados e metas estabelecidas para a sua vida pessoal ou profissional, fica muito claro identificar o que é uma oportunidade e o que é uma distração, um desvio de percurso. Como dizia Peter Drucker, se aquilo que parecer uma oportunidade não aproximar você ou a empresa de sua meta estratégica, então não é uma oportunidade, é um desvio.

Nesse momento a gente começa a falar de oportunidade no meio profissional, nas nossas carreiras. No meio organizacional, a palavra oportunidade aparece dentro da Análise SWOT, que é uma metodologia da Administração para identificarmos os pontos fortes, pontos de melhoria, ameaças e oportunidades para a organização. O conceito da Análise SWOT nos ensina que as oportunidades, junto com as ameaças, estão no ambiente externo e tudo o que a organização pode (e deve) fazer é identificá-las, definir o que é urgente ou o que faz sentido e estabelecer planos de ação para neutralizar as ameaças e aproveitar as oportunidades. Sabemos que muitas empresas devem seu sucesso por saberem alocar o pessoal certo às oportunidades que surgiram.

É uma metodologia bem simples, tradicional, mas amplamente utilizada pelas empresas. Inclusive, eu costumo utilizar essa metodologia em meus processos de Coaching, Mentoria e Alinhamento Estratégico, porque sua simplicidade permite que a gente olhe para as nossas carreiras de uma forma bem diferente. Novamente, Peter Drucker nos ensina que carreiras de sucesso são construídas por pessoas que estão preparadas para a oportunidade que surge, porque conhecem suas forças, o motivo pelo qual trabalham e os seus valores. Vejam que estes pontos que constroem uma carreira de sucesso são exatamente iguais aos fatores que eu mencionei há pouco. Acredito que seja por isso que trabalhar no autoconhecimento é fundamental para reconhecermos as verdadeiras oportunidades que surgem em nossas vidas.

Por isso que eu penso que a oportunidade tem a ver com dar a condição para que alguém construa algo, aprenda algo. Ao dar uma oportunidade para alguém, estamos abrindo as portas a fim de possibilitar que a pessoa construa a sua própria história por meio do seu esforço. Novamente eu vou citar Morpheus, o mentor de Neo, no filme Matrix. Ele disse: “- Eu só posso abrir a porta. É você que tem que passar por ela.” Para mim, oportunidade é justamente esse abrir de portas, que metaforicamente pode simbolizar uma chance, um despertar, um abrir de olhos que permita que a pessoa cresça, se desenvolva, melhore a si mesmo e aos outros.

Só que o assunto “oportunidade” mexe com o nosso lado emocional, porque o ser humano é mais motivado a evitar uma perda do que buscar um ganho. A sensação de perder uma oportunidade é pior do que aquela que temos quando aproveitamos a tal da oportunidade que apareceu. O Marketing sabe disso e trabalha com o nosso lado emocional para gerar gatilhos que nos fazem pensar exatamente assim. É por isso que existem as promoções por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. É nessa base que a Black Friday é construída.

Assim, todos os dias somos bombardeados por oportunidades de tudo quanto é tipo. É o carro ou o eletrônico que precisamos comprar, o curso ou a viagem que precisamos fazer para não perder aquela promoção que foi apresentada. Olha quanta ansiedade é gerada em nós, fazendo com que o danado do nosso subconsciente fique nos tentando a minimizar a perda e, assim, nos impulsiona a comprar ou fazer algo para não sentirmos remorso depois. A sensação predominante é a de que oportunidades demais estão surgindo depressa demais e de que nossa capacidade de analisá-las está superando nossa capacidade de fazer uso inteligente do conhecimento.

Por isso que devemos analisar cuidadosamente os motivos que fazem com que a gente se sinta seduzido a aproveitar aquilo que aparece disfarçado de oportunidade, pois esse processo de análise das oportunidades é bem complexo. Envolve dúvida. Envolve tomar uma decisão. Envolve satisfação por ter feito uma boa escolha ou arrependimento por não ter aproveitado a oportunidade. E, lá no final, deve envolver um aprendizado, pois eu acredito que a boa sorte costuma procurar o homem que acredita e reconhece as verdadeiras oportunidades.

Fala, galera do Coachitório Online. 

O Curioso Caso de Benjamin Button teve 13 indicações ao Oscar de 2009 e ganhou a estatueta em três categorias: melhor maquiagem, melhor design de produção e melhores efeitos visuais. Apesar do filme ser ficção e um caso parecido com o de Benjamin Button ser impossível, no Brasil houve um caso que desafiou a ciência. Em 2013, uma brasileira de 31 anos virou personagem de uma série médica americana chamada 40 Years-Old Child (criança de 40 anos de idade, em tradução livre). A série contou a história de pessoas que têm problemas com o envelhecimento precoce. Mas é algo bem diferente do que aconteceu com Brad Pitt no filme americano.

Mas eu quero ouvir você! Você já ficou desapontado por ter dito não a uma oportunidade que depois se revelaria uma boa escolha? Ficarei feliz em receber o seu comentário.

E aproveito para lembrar que você pode participar ativamente dessa temporada. Diga que frase ou personalidade você quer ver aqui no Coachitório Online. Deixe a sua mensagem e também as suas sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br  

Também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo! Para ter mais informações sobre a Jornada, é só clicar no link deste post.

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!