• 5ª Temporada
  • A Temporada que Vai Virar Livro!

  • Em 2016, eu lancei o meu primeiro livro, os 50 textos, que, como o próprio nome diz, é uma coletânea de textos sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão. As pessoas começaram a me perguntar quando eu iria lançar a nova versão dos 50 textos. Pois bem, nada como unir o útil ao agradável, não é mesmo? Em outras palavras, os episódios da 5ª. temporada servirão como base para os 50 textos do meu próximo livro sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão.

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117 – Negligência e Imprudência

Tem uma frase que nos ensina que “se você escolhe não decidir, então já tomou uma decisão!” A negligência e a imprudência se relacionam com o ato de não decidir porque determinadas situações que acontecem na nossa vida pessoal e profissional precisam ser tratadas com atenção e carinho. Nestas circunstâncias, não temos o direito de adotar o comportamento da avestruz, que enterra a cabeça no buraco para não ver (ou fingir que não está vendo) o que está acontecendo. Há coisas que acontecem na nossa vida que precisam de atenção, decisão e ação.

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Transcrição do episódio "117 – Negligência e Imprudência"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

NEGLIGÊNCIA E IMPRUDÊNCIA

Se você escolhe não decidir, então já tomou uma decisão! A frase é do saudoso Neil Peart, lendário baterista da banda canadense Rush. Aliás, em minha opinião, foi o maior baterista da história da música. Mas eu sou suspeito para falar isso, afinal de contas sou grande fã da banda. Só que eu confesso que a frase do baterista é emblemática e faz muito sentido para mim, pois por incrível que pareça a tomada de decisão tem se tornado um dos maiores desafios para as pessoas na vida pessoal e profissional.

Já falamos algumas vezes sobre a tomada de decisão aqui no Coachitório Online. Lá na segunda temporada, no episódio #31, falamos sobre as lições de Napoleon Hill sobre decisão. Também falamos no episódio #114 quando falamos sobre o que pode acontecer quando erramos em função das consequências de uma decisão que tomamos e também abordamos o tema no episódio #61, quando falamos sobre zona de conforto e as decisões necessárias para sairmos do estado de inércia que tanto pode nos incomodar.

O tema não é novo não só no podcast. O tema é recorrente para nós, pois os desdobramentos da nossa vida pessoal e profissional acontecerão como consequência das decisões que tomamos. Isso assusta muita gente e faz com que muitos optem por não decidir e, desta forma, como já nos ensinou o saudoso Neil Peart, também tomamos uma decisão quando optamos por não decidir nada.

O problema está justamente nas consequências dessas atitudes. É claro que uma decisão errada pode ter desdobramentos muito ruins. É como aquela clássica cena dos filmes de ação, em que o herói tem apenas dez segundos para desarmar aquela bomba. A situação é simples: se ele cortar o fio certo, a bomba vai desarmar e todo mundo ficará a salvo. Se ele cortar o fio errado, tudo vai pelos ares! E se ele exercer o direito de não decidir, a bomba vai explodir do mesmo jeito.

É claro que no nosso dia-a-dia as coisas não são assim dramáticas. Muito embora no nosso cotidiano a gente utilize expressões como “estourou uma bomba”, muita gente jamais irá passar por situações extremas ou que envolvam casos de vida ou morte ou de mudanças significativas na vida ou carreira. Quer dizer que muita gente irá seguir a sua vida sem a necessidade de grandes decisões e mudanças, o que pode fazer com que elas se tornem negligentes e imprudentes com determinadas situações de suas vidas.

O dicionário nos ensina que a negligência é a falta de cuidado ou de aplicação em uma determinada situação, tarefa ou ocorrência. O dicionário também nos diz que a imprudência é um comportamento precipitado, oriundo da falta de cuidados. Quando optamos por não decidir, estamos sendo negligentes e imprudentes.

A negligência e a imprudência se relacionam com o ato de não decidir porque determinadas situações que acontecem na nossa vida pessoal e profissional precisam ser tratadas com atenção e carinho. Nestas circunstâncias, não temos o direito de adotar o comportamento da avestruz, que enterra a cabeça no buraco para não ver (ou fingir que não está vendo) o que está acontecendo. Há coisas que acontecem na nossa vida que precisam de atenção, decisão e ação. Só que a falta de prática das pessoas que não costumam tomar decisões extremas em suas vidas pode fazer com que sejam negligentes (quando decidem não decidir) ou imprudentes (quando trocam os pés pelas mãos e saem fazendo qualquer coisa sem pensar direito no que estão fazendo).

É lógico que o remédio para essa situação não é procurar ou atrair para si situações extremas só para adquirir prática na tomada de decisões difíceis. Longe disso. Atrair situações que podem ser problemáticas somente para ter aprendizado na tomada de decisão me parece tão negligente e imprudente quanto o ato de não decidir. Por isso que eu penso que a cautela é o melhor remédio para todos os casos, pois é melhor ter uma pequena cautela do que um grande remorso.

Só que a cautela não tem a ver com ficar paralisado diante de uma situação ou demorar demais para decidir e agir quando for preciso. A cautela é a prudência, é uma precaução necessário para evitar que o perigo aumente ou que a gente aumente o dano que pode ser causado. Cautela é sinônimo de pensar antes de agir e falar e muitas vezes o sucesso daquilo que decidimos se deve ao cuidado que tivemos em analisar e agir conforme a decisão que tomamos. Veja bem: cautela não é ficar parado diante do que está acontecendo, mas sim saber e fazer o que precisa ser feito em determinadas situações.

Acontece que muitas vezes o nosso lado emocional nos empurra para um dos extremos da situação. Pode ser que uma determinada situação nos coloque no lado da negligência e faça com que a gente saia correndo ao invés de encarar e decidir. Por outro lado, pode ser que uma situação extrema faça com que a pessoa não pense e opte por ações imprudentes. Em ambos os casos, é bem provável que não conseguiremos sermos bem-sucedidos na situação.

No começo deste episódio eu comentei que lá no episódio #31 falamos sobre as lições de Napoleon Hill sobre a tomada de decisão e naquele episódio eu citei uma frase dele que faz todo sentido para o que estamos falando aqui: é sempre a sua vez de fazer a próxima jogada. Ao dizer isso, Napoleon Hill nos alertava que não devíamos ficar simplesmente esperando as coisas acontecerem. A natureza até pode resolver as coisas, mas não necessariamente vai resolver da forma como gostaríamos. 

Em épocas de crise, muitos pensam que melhor a fazer é esperar a crise passar porque depois dela será mais seguro decidir. Nesses casos eu tenho duas coisas a dizer: com um mar calmo e vento favorável, todo mundo pode ser marinheiro. A outra é: decidir e agir depois que a crise passar é como começar uma corrida bem depois do tiro de largada. Você terá que correr muito para alcançar os outros.

É o que acontece com a gente, enquanto indivíduos. Mas é o que também acontece com muitas empresas. Muitas empresas relutam em tomar decisões, mudar, inovar ou reagir porque as pessoas que são encarregadas de tomar essas decisões carregam para dentro da empresa as mesmas dúvidas, despreparo, relutância e talvez até medo de tomar determinadas decisões. 

Em alguns casos isso é simples de explicar sob a ótica da própria Administração, pois essas empresas se organizam por processos pensados para serem facilmente repetidos, e não desafiados e renovados; a operação e os problemas do dia-a-dia ocupam toda a atenção e o tempo dos gestores; ninguém quer arriscar a reputação e talvez até a carreira com decisões que possam levar ao fracasso, mesmo sabendo que o medo do fracasso pode alimentar essa possibilidade.

Por esses motivos que às vezes o medo de perder o emprego nos leva a negligência. Por um lado, esse medo de certa forma nos intimida e limita as nossas chances de errar porque limita a nossa propensão a tentar. E esse é justamente o outro lado da moeda: o medo de tentar pode colocar a pessoa em um estado de resignação e até de contemplação, esperando que o problema se resolva por si só. Eis aí, novamente, a negligência.

Mas viver e arriscar andam de mãos dadas. Tanto na nossa vida pessoal como na profissional, risco é sinônimo de viver e trabalhar. Basta estar vivo para passear ao lado do risco. Todo mundo que vive no limite, entre a vontade de acertar e a possibilidade de errar, tem medo. Até quem vive sem arriscar tem medo. Mas este medo não é o da consequência da sua negligência ou imprudência, mas sim o medo de descobrir que os resultados teriam sido bem melhores se não tivesse se omitido da decisão e chamado para si a responsabilidade de decidir e agir.

Fala galera do Coachitório Online!

Quero somente fazer uma justiça histórica com os avestruzes. O famoso comportamento da avestruz, de enfiar a cabeça em um buraco para fugir ou se alienar do que acontece ao seu redor é uma lenda. Isso mesmo! O avestruz apenas enterra a cabeça no buraco quando está procurando por comida. Faz muito sentido!

Mas a metáfora do comportamento da avestruz permanece e é justamente sobre isso que eu quero lhe perguntar: você já adotou esse comportamento? Você se lembra da ocasião em que teve este comportamento ou testemunho alguém dando uma de avestruz? Compartilhe a sua resposta com a gente. Deixe a sua mensagem, sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br  

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Esse é o Coachitório Online. Obrigado a você que sempre acompanha os episódios semanais do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Eu te convido conhecer todas as temporadas do nosso podcast e também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo! Você encontra mais informações sobre a Jornada no link que está aqui nesse post.

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!