Transcrição do episódio "113 – Esperança não significa esperar!"
Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.
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ESPERANÇA NÃO SIGNIFICA ESPERAR
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Duas imagens do futuro aparentemente contrastantes prendem hoje a imaginação popular. A maioria das pessoas toma como certo que o mundo que conhecem durará indefinidamente. Acham difícil imaginar um modo de vida verdadeiramente diferente, quanto mais uma civilização completamente nova. Naturalmente, reconhecem que as coisas estão mudando. Mas acham que as mudanças de hoje passarão de algum modo e nada abalará a estrutura econômica familiar e a estrutura política. Esperam confiantes que o futuro continuará como o presente.
Esta passagem que eu acabei de ler é o trecho de um livro muito bom, chamado “A Terceira Onda”. Escrito pelo norte-americano Alvin Toffler e publicado em 1980, este livro chama a atenção por conter diversas “previsões” a respeito do futuro. Em 1980, no auge da guerra fria, em um mundo completamente analógico e sem internet, Alvin Toffler teve sucesso ao lançar expressões como Era da Informação, Era Eletrônica e Aldeia Global. Isso mesmo: ao falar de aldeia global, Toffler estava se referindo ao mundo da internet e às maravilhas propiciadas pelas infinitas conexões que esta rede nos permitiria.
Mas a parte que mais me chama a atenção no trecho que eu citei é a última frase, quando Toffler diz que esperamos confiantes que o futuro continue o presente. Muitos podem dizer que hoje em dia essa frase não faz mais sentido, afinal de contas o livro foi lançado há mais de 40 anos e muita coisa mudou desde então. De fato, muita coisa mudou. Mudanças que entraram em nossas casas sem pedir licença e passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia sem que a gente percebesse, levando a maioria das pessoas a pensar que tudo o que estava acontecendo não passava de um modismo, algo passageiro que logo iria embora. Muita gente ainda achava que a vida voltaria ao seu curso normal depois que as novidades fossem embora.
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Acontece que certas novidades não vão embora. Não são modismos ou coisas passageiras. São fatos que invadiram a nossa realidade e remodelaram a forma como vivemos e trabalhamos. E aqui eu não me refiro somente à tecnologia ou à internet, mas sim a coisas menos tecnológicas e mais perigosas como o Covid-19. Estamos no auge desta pandemia no exato momento em que eu gravo este episódio. Acontece que momentos antes de começar a gravação, eu me encontrava em uma reunião com alguns clientes. Estávamos lá, tratando de assuntos relacionados ao trabalho da liderança e suas equipes, falando do planejamento e metas para este ano. Só que havia um detalhe: a reunião era online. Apesar de cada um dos participantes estarem em suas respectivas salas, estávamos unidos pela tecnologia e a reunião fluiu tão bem como se estivéssemos em uma reunião presencial.
Sim, a tecnologia possibilitou isso. Mas, infelizmente, não foi a tecnologia que motivou esse tipo de reunião. Foi a pandemia que invadiu as nossas vidas e nos fez adotar novos hábitos de conviver com o próximo e nos fez também ressignificar a forma como trabalhamos. Esse passo que a humanidade deu ao aprender uma nova forma de viver e trabalhar não foi dado por vontade própria. Fizemos esse avanço por motivos de força maior e esperamos que o vírus vá embora para que a vida volte ao normal, e, para muitos, voltar ao normal significará retroceder em muita coisa que aprendemos a fazer de forma diferente.
Esperamos que as coisas voltem ao normal rapidamente. Só que esperança não significa que temos que esperar as coisas.
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É aí que entra uma das maiores confusões que a língua portuguesa provoca em nossa mente. Pela semelhança que há entre as palavras, acreditamos que ter esperança e esperar é a mesma coisa. Muitos acreditam que basta ter esperança para que as coisas aconteçam e acabam levando esse termo ao pé da letra, resignando-se à situação atual e esperando que as coisas mudem sozinhas.
Eu até acredito que, em parte, essas pessoas estão certas. Digo isso porque as coisas mudam mesmo quando não fizemos força para que isso aconteça. As coisas mudam porque a natureza é mutante e faz com que nada na vida seja estático. O problema é que aquele que somente espera pela mudança e por dias melhores nem sempre irá encontrar o que deseja depois que a natureza agir. A vida segue o seu curso e nem sempre esse curso irá nos levar para onde desejamos quando tudo o que fazemos é ter esperança e esperar.
É por isso que muitas coisas em que eu acredito se resumem em uma expressão muito simples: o sinônimo de esperança não é esperar. É agir! Volto a dizer: o sinônimo de esperança não é esperar. É agir! É a ação que nos impulsiona em direção ao que desejamos. É a ação que faz com que a nossa esperança crie pernas para nos aproximar de nossos sonhos e objetivos. Quando agimos estamos também honrando a esperança que temos por uma mudança para melhor. A ação é um tema muito recorrente na minha vida e faz parte da essência do meu trabalho de Coaching e consultoria. É um tema muito recorrente no Coachitório Online, pois já falamos sobre a importância da ação em diversos episódios, como por exemplo o episódio #7 (quando falamos sobre o verbo agir), o episódio #26 (quando falamos sobre Walt Disney e suas lições sobre atitude) e o episódio #56 (quando falamos sobre a importância de construir a sua ponte). Se você ainda não ouviu, convido a curtir esses episódios.
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Muito embora seja claro que é por meio da ação que as coisas acontecem, muitos ainda torcem o nariz quando precisam arregaçar as mangas e dedicar horas de trabalho e transpiração para chegar onde desejam. Muita gente ainda resiste a sair da zona de conforto porque sabem que para cada parcela da nossa vida que deixamos para trás para chegarmos onde desejamos, existe um vazio que fica para trás, esperando para ser preenchido. É como se fosse a lei da gravidade agindo contra a nossa vontade de alçar voos mais altos, aquela força que nos prende no chão e nos impede de dar grandes saltos. Essa zona de conforto que faz com que a esperança consista somente em esperar é um buraco negro que nos mantém presos à realidade atual e que não deixa que nada dela escape, nem mesmo a energia necessária para nos colocar em movimento.
Muita gente vive desta maneira limitada não por falta de alternativas, mas por acreditar que elas não existem ou por não acharem possível mudar a situação atual por meio da ação. Muitos, inclusive, não se acham dignos e merecedores de uma sorte melhor da que possuem. Mas a boa notícia é que todos nós dominamos a arte de desistir do que não faz mais sentido quando percebemos que no momento essa é uma medida necessária para nossa sobrevivência física ou emocional. Quando há o risco de perdermos algo muito precioso para nós torna-se mais fácil agir. Mas o ponto é justamente esse: será que sempre precisamos esperar que surja o risco de perdermos as coisas que são importantes para nós para fazermos o que precisa ser feito? Será que faz sentido ter esperança e apenas esperar?
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A verdade é que ninguém está pronto para coisa alguma até que acredite que pode fazer e alcançar o que deseja. O estado de espírito necessário para a realização pessoal tem a ver com fé e com ação, e não somente com esperança ou anseio. A esperança é importante, mas no momento em que traçamos um plano e percebemos que os recursos necessários estão surgindo, é fundamental colocar o plano em ação. É natural que surjam incertezas com relação à nossa capacidade de agir, mas esta incerteza é apenas o reverso da medalha da esperança e da capacidade de avaliarmos as situações rapidamente e assim promovermos as mudanças que são necessárias.
Por isso que eu digo que ter esperança é importante. Mas não a esperança que nos faz esperar, e sim a esperança que nos faz acreditar e agir. A esperança que nos deixa esperando também irá nos levar para algum lugar, só não sabemos que lugar é esse. Só que a esperança que é sinônimo de agir irá nos levar para um lugar que conhecemos e desejamos estar.
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Fala galera do Coachitório Online!
Esperamos que o vírus vá embora e esperamos que as coisas voltem ao normal. Eu acredito que todos concordam que a vida é muito melhor sem a contaminação, sem a doença, as internações e as mortes. Mas eu acredito também que não podemos retroceder nos hábitos e cuidados que passamos a adotar. Acredito que não podemos voltar atrás naquilo que a tecnologia nos mostrou ser possível realizar na forma como realizamos o nosso trabalho. Acima de tudo, que não haja retrocesso no valor que damos à vida e ao convívio com aqueles que queremos bem.
Diante disto eu tenho pergunta para você: que hábitos ou atitudes diferentes você incorporou em sua vida pessoal e profissional por conta da pandemia? Pense a respeito desta questão e, se fizer sentido para você, compartilhe a sua resposta com a gente. Deixe a sua mensagem, sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br
Tenho outro pedido para você: sabe aquele episódio que te marcou, aquele que você mais gostou? Pois é, compartilhe este episódio com os seus amigos nas suas redes sociais. E lembre-se também de apertar o botão para seguir o nosso podcast, pois assim a gente aumenta o número de pessoas que acompanha o Coachitório Online.
Esse é o Coachitório Online. Obrigado a você que sempre acompanha os episódios semanais do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Eu te convido conhecer todas as temporadas do nosso podcast e também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo!
Encontro você no próximo episódio! Um abraço!
