• 5ª Temporada
  • A Temporada que Vai Virar Livro!

  • Em 2016, eu lancei o meu primeiro livro, os 50 textos, que, como o próprio nome diz, é uma coletânea de textos sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão. As pessoas começaram a me perguntar quando eu iria lançar a nova versão dos 50 textos. Pois bem, nada como unir o útil ao agradável, não é mesmo? Em outras palavras, os episódios da 5ª. temporada servirão como base para os 50 textos do meu próximo livro sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão.

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110 – O Estado sou Eu

Que levante a mão quem nunca trabalhou sob o comando de um líder autoritário e centralizador! Por incrível que pareça, esse estilo de liderança ainda é muito presente nas organizações e ainda tem a capacidade de moldar a forma como muitas pessoas exercem o seu próprio estilo de liderança. Mas é importante ter cuidado, porque esse estilo de liderança faz com que este líder se pareça com um ditador, preocupado somente consigo mesmo. Cabe a nós não deixarmos que a negligência acabe sendo um terreno fértil para esse tipo de líder surgir e crescer!

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Transcrição do episódio "110 – O Estado sou Eu"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

 

 

O ESTADO SOU EU!

 

Esta é uma das frases mais clássicas da época do absolutismo que dominava a Europa antes do Iluminismo. Aliás, daria até para afirmar que essa é uma das frases que certamente provocou a ira daqueles que tinham ideias liberais e eram contrários à forma centralizada e ditatorial com a qual as nações eram governadas naquela época.

 

Essa frase foi falada pelo rei Luís XIV, que governou os reinos de França e Navarra entre 1643 e 1715. Isso mesmo, Luís XIV ficou no trono por 72 anos, o que faz dele o monarca que mais tempo reinou em toda história. Luís XIV ficou eternizado também por ser conhecido como o “Rei Sol”, ou seja, aquele que detém a luz que ilumina tudo ao seu redor, a sabedoria para tomar as melhores decisões e, obviamente, aquele em torno do qual todo o universo orbitava.

 

Assim se torna fácil dizer que Luís XIV era um tanto prepotente e certamente dotado de um ego muito inflado. Mas, depois de tanto tempo ocupando o trono de duas nações importantes, com um grande poder em suas mãos e cercado por pessoas que mais o bajulavam ou odiavam do que ajudavam, não há como criticar essa visão centralizadora do monarca. O poder que a ela foi submetido moldou essa forma de pensar, que consequentemente moldou seus comportamentos e atitudes enquanto monarca a ponto de ele afirmar: “- O Estado sou eu!”

 

 

Dando um pequeno salto na história, foi na segunda metade do século XIX que o presidente americano Abraham Lincoln falou outra frase muito célebre: “- Se você quiser conhecer o verdadeiro caráter de uma pessoa, dê a ela o poder!” Nós até falamos desta frase lá no episódio #21 do nosso podcast, ao analisarmos as lições de Abraham Lincoln sobre liderança. O fato é que as frases de Lincoln e de Luís XIV parecem ser duas faces de uma mesma moeda, chamada poder. De um lado está o absolutismo, a centralização, a arrogância e prepotência daquele que tem a certeza de que tudo sabe. Do outro lado está um alerta de que o acesso ao poder vai revelar que você verdadeiramente é e que, por isso, o poder deveria ser entregue com cautela e somente nas mãos daquele que tiver equilíbrio para exercer bem o presente que recebeu.

 

Tanto Lincoln quanto Luís XIV foram muito poderosos e influentes, a ponto de estarmos usando seus exemplos para falar sobre o poder. Só que se engana aquele que pensar que o poder absolutista de Luís XIV ficou perdido nas areias do tempo. Hoje em dia tem muita gente que acredita que é o Estado. Tem muito Rei-Sol por aí e eu não estou me referindo aos líderes políticos dos dias atuais. Estou me referindo a uma parcela dos líderes e gestores que cruzam o nosso caminho diariamente.

 

 

Que levante a mão quem nunca trabalhou sob o comando de um líder autoritário e centralizador! Por incrível que pareça, esse estilo de liderança ainda é muito presente nas organizações e ainda tem a capacidade de moldar a forma como muitas pessoas exercem o seu próprio estilo de liderança.

 

Há casos em que uma pessoa deseja cargos e posições de liderança com o objetivo único e claro de alcançar o poder, para assim assumir o controle daquela parte da organização que está sob sua responsabilidade. Quando começa a exercitar a sua liderança com base no poder, este líder começa a minar a influência dos outros. É como aquela árvore grande e frondosa, que marca presença e chama a atenção, mas que não deixa que nenhuma vegetação cresça sob a sua sombra.

 

Esse tipo de líder ainda floresce nas organizações porque muita gente se sente confortável em entregar o poder para aquele que deseja tomá-lo. Na realidade, este tipo de líder encontra terreno fértil não só nas organizações, mas na vida em Sociedade como um todo. Assim, aqueles que preferem que um agente externo lhe diga como pensar, o que fazer e para onde ir acabam delegando este poder para aquela pessoa que deseja exercê-lo. Com o tempo alguns percebem o erro e retomam as rédeas da sua vida, outros não. 

 

 

Esse fenômeno se retroalimenta e gera na pessoa a necessidade de abocanhar uma fatia ainda maior de poder para si. Isso acontece porque a ambição pessoal sempre tem sido, e continuará a ser, um incentivo consideravelmente mais poderoso do que o desejo de bem-estar geral. Esse poder corrompe e, à medida que ganha mais poder, a pessoa cria um mundo frio e mecanicista mal-adaptado às nossas necessidades reais. Geramos um processo de centralização, no qual aquele que detém o poder cria um fluxo que direciona para si as informações, capital e e pessoas que lhe dão ainda mais poder para constituir essa capacidade de controle central.

 

Quem ouve essas palavras pode até pensar que estamos falando de coisas que aconteceram na Idade Média ou de algum livro da literatura fantástica em que precisávamos combater aquele gênio do mal que desejava comandar o mundo. O fato é que estamos falando de coisas que acontecem atualmente nas empresas e que acabam refletindo que quanto maior o poder, maior é a impotência, pois, enquanto uns tudo podem e controlam, outros nada podem ou querem mudar.

 

 

É difícil encontrar pessoas verdadeiramente altruístas, que pensam nos outros e no bem-estar coletivo em detrimento do seu. Seria até sedutor eu escrever essa frase afirmando que há pessoas que colocam o bem-estar coletivo na frente dos seus próprios interesses, mas eu não estaria sendo honesto comigo mesmo porque eu acredito que os interesses caminham juntos, lado a lado. O meu interesse não deve vir antes ou depois do interesse do outro ou da Sociedade. Ambos devem andar juntos.

 

Pessoas que assim pensam e agem também são poderosas. Altruísmo gera bons exemplos e bons exemplos influenciam muitas pessoas a agirem da mesma forma. A liderança que acolhe, que é exercida por meio da empatia, do exemplo e da criação de um bom ambiente organizacional traz para o líder algo mais poderoso do que o poder: autoridade. A liderança legítima vem da autoridade moral da pessoa, e não do seu poder.

 

Poder e autoridade não são opostos. Não são os dois lados da mesma moeda porque podem caminhar juntos. O problema é que aquele que busca apenas o poder não irá aceitar a responsabilidade que esse poder traz consigo. Poder e responsabilidade andam juntos e as pessoas que somente desejam o poder não aceitarão ser responsabilizadas por algo pode resultar em uma sanção ou penalidade.

 

É por isso que a autoridade é um dos atributos mais fortes da liderança, sobre a qual toda pessoa deveria construir sua carreira. O poder pode ser comprado e vendido, concedido e retirado. Mas a autoridade nunca é comprada nem vendida, conferida ou retirada. Ela está ligada ao que a pessoa é, enquanto que o poder tem o aspecto negativo de desgastar toda e qualquer relação.

 

Líderes carismáticos têm mais facilidade para conduzir a organização em determinada direção. Bons líderes, com grande carisma, uma boa estrutura de ideias e valores éticos, têm chances muito maiores de promover o sucesso da empresa e, inevitavelmente, muitos na companhia irão admirar sua personalidade e espelhar-se em suas ações.

 

 

Fala galera do Coachitório Online!

 

Em meados do século XVIII viveu um filósofo e cientista britânico chamado Joseph Priestley, que na época falava que a hierarquia inglesa tinha razão para tremer diante de uma bomba de ar ou de uma máquina elétrica. Ele se referia à tecnologia e às mudanças que a Revolução Industrial estava provocando na Sociedade da sua época. Ele dizia ainda que as máquinas mudariam para sempre os donos da riqueza e do poder. Quer dizer que o poder pode ser conquistado, assim como pode ser perdido ou retirado.

 

Diante disto eu tenho pergunta para você: o que acontece com a pessoa gananciosa quando o poder é retirado dela? Pense a respeito desta questão e, se fizer sentido para você, compartilhe a sua resposta com a gente. Deixe a sua mensagem, sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br  

 

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Esse é o Coachitório Online. Obrigado a você que sempre acompanha os episódios semanais do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Eu te convido conhecer todas as temporadas do nosso podcast e também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo!

 

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!