Transcrição do episódio "151 – O ano mais curto de todos"
Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.
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O ANO MAIS CURTO DE TODOS
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O carnaval está chegando aí, minha gente. Na próxima semana estaremos no meio do feriado de carnaval. A maioria dos grandes desfiles de rua das capitais brasileiras foi cancelada por causa da pandemia que insiste em ficar por aqui. Mas, apesar disso, é certo que muitos blocos de rua, festas e desfiles vão fazer a alegria de milhões de pessoas pelo Brasil a fora.
E o mais importante: o feriado de carnaval permanece!
Se engana aquele que acha que o feriado de carnaval é somente na terça-feira. Por ser na terça, já emendamos a segunda-feira e, quem sabe, a quarta-feira também. Mais ainda: há lugares em que a festa começa na semana anterior e só termina no final de semana seguinte. E assim tem sido todos os anos. Nos damos o direito de tirar esses dias para descansar, ou melhor, para fazer folia e passear, pois o que menos fazemos no carnaval é descansar.
E aí o mês de fevereiro, que já é mais curto que os demais, fica ainda mais enxuto porque para muita gente o mês vai terminar lá pelo dia 24 ou 25. Significa que todas aquelas metas e entregas que prometemos para este mês terão que ser comprimidas e realizadas em menos tempo. Oficialmente, será um mês com apenas 20 dias úteis, mas eu ficarei feliz admirado se as empresas conseguirem trabalhar bem 18 dias úteis em fevereiro.
E nesse momento você deve estar se perguntando qual é o problema que o carnaval traz para o calendário, afinal de contas estamos falando de uma festa que acontece anualmente e já sabemos como as coisas funcionam nessa época. Eu digo que o problema não é o feriado de carnaval e nem o mês de fevereiro que será mais curto. O problema é que esse ano será mais curto.
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A cada quatro anos acontece um fenômeno no nosso calendário que é tão pontual quanto a passagem do cometa Halley – que aparece nos céus da nossa galáxia a cada 76 anos. A cada quatro anos há dois eventos importantes que têm o poder de paralisar (ou, pelo menos, desacelerar) bastante a Economia: Copa do Mundo e eleições presidenciais.
Isso mesmo! 2022 é ano de Copa do Mundo e de eleições presidenciais. Não sei se você se lembra, mas em 2018 foi assim, tal como foi em 2014, 2010 e por aí vai. Eventos da magnitude de uma eleição presidencial têm o poder de gerar uma expectativa tão grande, que é comum ouvir de muitas pessoas (empresários, inclusive), que preferem esperar o resultado das eleições para definir o seu planejamento e as suas ações. As pessoas ficam receosas, o mercado fica tenso e acaba surgindo uma letargia sem sentido que literalmente tem o poder de paralisar a Economia. Em época de eleição parecemos o peru que morre de véspera, de ansiedade e preocupação, ignorando que somos nós que temos a responsabilidade pela prosperidade, abundância e evolução nas nossas vidas.
O problema da eleição não é só o resultado em si, mas sim todo o processo pré-eleitoral envolvido. Dedicamos muito do nosso tempo produtivo para olhar as pesquisas, discutir com as pessoas, olhar as últimas notícias na internet, entre outras coisas. O período antes da eleição muitas vezes consome nosso tempo e energia em discussões sem sentido. Tempo e energia que podem fazer falta depois.
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Mas tem também a Copa do Mundo! Opa, é hora de virar patriota, colocar as bandeiras na janela, comprar camisas verde e amarelas e nem aparecer para trabalhar nos dias em que a seleção joga… Também é época de discutir em redes sociais e nas mesas de bar sobre a melhor escalação ou esquema de jogo. Essa mobilização não é exclusiva do brasileiro. Há outros países que acompanham com fervor os jogos das suas seleções, mas eu desconfio que esse negócio de ficar tenso antes, durante e depois dos jogos é uma coisa que nós levamos aos limites.
E outra coisa que acontece muito mais aqui do que em qualquer outro país é aquela ilusão de que trabalhamos normalmente em dias de jogo da seleção. Ledo engano… Se a seleção joga às 16h00, ficamos o dia todo em TPM (que é a tensão pré-mundial). Ficamos toda hora olhando as últimas notícias na internet e combinando onde será o churrasco. Pior ainda: pode ser que o jogo seja ao meio-dia, no horário de Brasília. E aí, debandada geral. Funcionários dispensados na hora do almoço, e ninguém volta a trabalhar a tarde, pois, se o Brasil ganhar há motivo para comemorar. Se o Brasil perder não haverá ânimo para trabalhar. Isso sem falar que a parte da manhã precisa ser dedicada ao nosso preparativo emocional para o jogo.
Pois é bem isso que vai acontecer nesse ano. Mesmo antes dos sorteios dos grupos, é bem provável que os jogos da seleção sejam ao meio-dia e as 16h00, no horário de Brasília. E quanto mais longe a seleção chegar, mais dias de tensão iremos ter.
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Mas tem um detalhe que vai fazer com que esse ano de eleições e Copa do Mundo seja único na história. Pelo menos por enquanto. O detalhe se chama calendário. A Copa do Mundo geralmente é disputada no meio do ano, por volta do mês de julho. É verão no hemisfério norte e também época de férias para uma boa parte da população mundial. Nada melhor do que organizar um evento tão importante nessa época do ano. Só que em 2022 a Copa do Mundo será no Catar, um pequeno país árabe do oriente médio. O país é pequeno, mas muito rico por conta das suas reservas de petróleo e gás natural. E é um país quente. Muito quente.
Acontece que no meio do ano estaremos no auge do verão no Catar, onde as temperaturas facilmente passam dos 45 graus centígrados. Impossível jogar futebol e turistar em um clima desses… Daí a FIFA (que é a federação que gerencia o futebol internacional) decidiu mudar a data da Copa do Mundo deste ano. Então, atenção: o mundial de 2022 começará no dia 21 de novembro e a final será em 18 de dezembro. Isso mesmo: a Copa do Mundo começará faltando pouco mais de um mês para o final do ano. Já as eleições ocorrerão nos dias 2 de outubro (em primeiro turno) e 30 de outubro (em segundo turno).
Para bom entendedor, meia palavra basta. Mas é necessário darmos uma espiadinha preventiva no calendário para vermos que, de outubro em diante, ficaremos com um olho no peixe e outro no gato. De um lado estará o trabalho nosso de cada dia e todas as metas e projetos que estabelecemos ou foram estabelecidas para nós. Do outro lado estarão os eventos cósmicos que acontecem a cada quatro anos e que, em 2022, terão como principal característica o fato de estarem muito próximos entre si, no último trimestre do ano.
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Eu confesso a você que isso me preocupa um pouco. Estudos já mostraram que a produtividade das pessoas (e, consequentemente, das empresas) cai quando há eventos importantes. Jogos do Brasil na Copa do Mundo e eleições são exemplos disso e ainda nos falta muita disciplina e maturidade para conseguirmos separar as coisas. Emoções entram em campo e a nossa capacidade de decisão e ação ficam comprometidas. Perdemos um dia de trabalho por causa de uma partida de duas horas. Perdemos produtividade por estarmos tensos pelo resultado das urnas ou do placar do jogo.
A Economia do Brasil ainda está amarrada nas dificuldades geradas pela pandemia e pela briga política de sempre e a última coisa que precisamos é de um ano mais curto. Não quero ser alarmista, mas sim dar um conselho: faça um bom planejamento, procure antecipar a entrega dos seus projetos para antes do último trimestre e tenha sempre em mente que o ano tem 12 meses, muito embora o calendário desse ano esteja sugerindo o contrário.
Não podemos nos dar ao luxo de ter um ano mais curto, porque, do contrário, haverá muito o que lamentar quando o ano de 2023 começar. Este deve ser um ano para decolarmos na nossa vida pessoal e profissional e quem fizer isso certamente estará muito à frente daquele que, em pleno mês de outubro, dizer que o ano já acabou.
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Fala, galera do Coachitório Online.
Independente de quem ganhar as eleições ou se o Brasil for campeão, lembre-se sempre que no dia seguinte nós teremos que acordar cedo, botar a capa de super-herói, ou melhor, a roupa de trabalho e seguirmos em frente, pois, acreditem, quem faz a nossa carreira, nossa empresa ou o nosso país terem sucesso não é o presidente eleito ou a taça de campeão. É você mesmo!
Por isso que eu lhe digo que não vale a pena toda essa preocupação e ansiedade, pois sabemos que também é possível prosperar em anos mais curtos ou mais difíceis, desde que não percamos o foco e continuemos trabalhando, estudando e evoluindo.
Mas eu quero ouvir você. Deixe a sua mensagem em nossas redes sociais ou escreva para fabiano@ponteaofuturo.com.br Ficarei muito feliz com a sua mensagem.
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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!