O que passou, passou. No passado está e no passado deve ficar. É fácil dizer, mas é muito difícil viver essa afirmação. Certa vez, eu li que a humanidade sofre de dois males muito grandes: o excesso de passado e o excesso de futuro, enquanto que o momento presente – que é tudo o que temos – passa silenciosamente sem que a gente aproveite as maravilhas que o dia de hoje proporciona a cada um de nós.

Mas, eu confesso que eu ainda sou um desses que às vezes vive mais no passado ou no futuro do que deveria. Me incluo no grupo que tem dificuldade em deixar tudo no passado e talvez tenha sido por isso que nos últimos tempos eu comecei a pensar mais sobre esse assunto.

Estou longe de ser um filósofo que parte em busca de respostas para questões existenciais importantes, mas ainda assim penso que refletir sobre esse tema me ajudou muito a ressignificar um pouco essa história de que águas passadas não movem moinhos.

Cheguei a algumas conclusões que fazem sentido para mim e que eu compartilho agora com você:

  1. Nem tudo que está no passado deve ficar no passado: os momentos bons que tivemos devem ser lembrados e trazidos à tona sempre que possível, não para despertar o saudosismo, mas sim para lembrarmos de sermos gratos por todas as coisas boas que nos aconteceram. A gratidão tem o poder de fazer com que coisas boas se repitam em nossas vidas;
  2. O passado traz experiências importantes para a nossa vida: os erros e acertos que tivemos devem servir como aprendizado para o nosso crescimento e amadurecimento. Por isso que, às vezes, é preciso olhar no espelho retrovisor da vida para questionarmos quais foram os aprendizados que tivemos ao longo dos momentos difíceis que passamos;
  3. O nosso momento presente é resultado do que fizemos no passado: a pessoa que eu sou é resultado das escolhas que eu fiz no passado e das coisas que aconteceram por conta destas escolhas. Se estou bem, posso afirmar que a maioria das escolhas e ações foram corretas. O contrário é verdadeiro, pois se não estou bem é porque as escolhas e ações feitas no passado não foram as mais acertadas;
  4. Os três pontos anteriores ajudam a construir o que, para mim, talvez seja o ponto mais importante: o momento presente será o “passado” do nosso momento futuro. Eu sei que essa frase é um tanto confusa e até filosófica demais, mas para mim há uma questão lógica aí, pois se o momento presente é o resultado do que escolhemos no passado, faz sentido pensar que o meu futuro será o resultado das escolhas que eu faço no presente.

Deixando as metáforas de lado, eu acredito que águas passadas podem mover moinhos desde que o passado tenha nos ensinado algo que pode ser útil para o nosso presente, de forma que o nosso presente ajude a construir um futuro melhor para cada um de nós. A vida é longa e sempre é tempo de aproveitar o presente para construir um cenário melhor para o dia de amanhã.

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