Quem já viajou de avião certamente deve ter visto aquelas instruções que os comissários de bordo fornecem aos passageiros antes de cada decolagem. As instruções que falam sobre a posição dos assentos, saídas de emergência, etc. Mas, também tem outra mensagem, que eu considero a mais importante:
“Atenção senhores passageiros, em casos de despressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente. Puxem uma das máscaras para liberar o fluxo de oxigênio; coloquem-na sobre o nariz e a boca; ajustem o elástico em volta da cabeça e respirem normalmente. Se você ver outra pessoa com dificuldade para colocar a sua máscara, lembramos que você deverá primeiro colocar a sua máscara para depois auxiliá-la.”
Acho que a última frase desta instrução é a mais importante de todas! Pois, de nada adiantará eu me propor a ajudar alguém com dificuldade para colocar a sua máscara, se eu não souber ou conseguir colocar a minha. Se isso acontecer, é bem provável que tanto eu quanto a pessoa que está com dificuldades passarão mal.
Gosto de usar esta mensagem dos comissários de bordo como exemplo de algo que, muitas vezes, negligenciamos no nosso trabalho e na nossa vida: nos colocamos a disposição para ajudar alguém sem antes cuidar de nós mesmos!
Ajudar alguém é algo natural do ser humano, somos prestativos e nos sentimos realizados quando podemos auxiliar alguém. Gostamos da gratidão que recebemos em troca, da sensação de utilidade que nos invade quando percebemos que nossa ajuda foi importante para a pessoa.
Só que tem muita gente querendo somente cuidar dos outros, sem cuidar de si mesmos! Não se trata de altruísmo. Trata-se de autoestima baixa, falta de amor-próprio, teimosia ou até falta de conhecimento de si mesmo.
Há pessoas que querem muito ajudar, mas que precisam muito de ajuda!
O problema está, justamente, nos motivos que levam as pessoas a agirem assim. Se o problema está na autoestima, autoconfiança ou mesmo no autoconhecimento, é importante que a gente avise e se coloque à disposição para auxiliar aquele que sempre é prestativo para os outros.
Por outro lado, há aqueles que são teimosos e que recusam todo e qualquer tipo de ajuda. Há também aqueles que são orgulhosos demais para reconhecer que precisam de ajuda. E há os hipócritas, que se propõem a ajudar, mas falam somente da boca para fora.
Independente do motivo, é importante que as pessoas avaliem o tipo de ajuda que estão recebendo e, principalmente, quem está se propondo a ajudar.
Certifique-se de que a pessoa está cuidando de si mesma antes de querer cuidar do outro. Tenha certeza de que ela tem a habilidade e conhecimento para lhe ajudar, porque ela tem a experiência de ter passado por aquilo que você está passando.
E, o mais importante: cuide sempre de si mesmo, pois só assim estaremos aptos a cuidar dos outros quando isso se fizer necessário!
Adorei a analogia e do texto.
Obrigado pela leitura do texto e pelo comentário, Denia! Fico feliz que tenha gostado! Um abraço!