Você já ouviu falar naquele ditado que afirma que o futebol é “uma caixinha de surpresas”? Eu gosto de futebol e sempre achei que essa frase faz muito sentido, pois inúmeros são os casos em que a partida parece estar ganha, que tudo está sob controle, até que algo acontece e muda completamente o rumo da disputa. Às vezes, a surpresa é boa para o time que eu torço e, outras vezes, não. Faz parte do show e talvez seja isso que torne o futebol (ou qualquer outro esporte) tão emocionante!

Mas, será que só o futebol é uma caixinha de surpresas? O que dizer da nossa carreira? O que dizer da nossa vida? Ao decidir escrever sobre esse tema, lembrei de uma frase que li há algum tempo, que dizia: “A vida é uma caixinha de surpresas… Só se dá bem quem não se assusta com o que tem dentro”. Confesso que não me lembro do autor dessa frase e, desde já, peço desculpas por não citar o seu nome.

Achei a frase fantástica! A vida, realmente, é como se fosse uma caixa que contém inúmeras surpresas dentro dela. Elas vão se revelando na medida em que a gente abre a caixa e vai desembrulhando todos os pacotes e embalagens que separam (ou escondem) as surpresas que existem dentro dessa caixa. A maioria das surpresas é boa, mas há aquelas que nos assustam, que são as surpresas negativas e que, invariavelmente, envolvem a perda de algo ou alguém.

Você já reparou nisso? Eu estive pensando sobre as surpresas negativas que a minha caixinha já revelou ao longo da minha vida e cheguei à conclusão que quase todas elas tiveram a ver com a perda de algo que muito estimava ou que era muito necessário para mim. Perda da saúde, de entes queridos, de relacionamentos, de um emprego, de um cliente e até mesmo a perda de dinheiro. As surpresas negativas da minha caixinha estão muito ligadas a perder algo.

Ainda mais interessante é a forma como a gente encara essas perdas. Novamente, vou tomar a liberdade de falar de mim. Todas as perdas que eu citei no parágrafo anterior têm a ver com a minha vida. São experiências pelas quais eu passei, que foram muito ruins e que me entristeceram por um tempo. E quando a gente está no meio do processo de perda (no olho do furacão, como eu costumo dizer), pensamos que é o fim do mundo para nós.

Só que eu também devo dizer que consegui recuperar as coisas que eu perdi ao longo da vida. Com exceção dos entes queridos que se foram, pensei em como em consegui transformar cada perda em uma oportunidade para recomeçar. O recomeço é importante não somente para reaver aquilo que perdemos, mas também para aprendermos com as lições da perda e para descobrirmos o quanto somos fortes para reconquistar tudo o que merecemos.

Por isso que a vida é uma caixinha de surpresas: ela reserva oportunidades para o recomeço. Oferece a cada um de nós a chance de criar surpresas cada vez mais positivas para a nossa vida, para que possamos vivê-la sem se assustar com o que há dentro dela!

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