Quantas vezes nos perguntamos sobre nossos comportamentos no dia a dia, na vida em sociedade e principalmente no trabalho? Por que chegamos a extremos de humor num mesmo dia? O que nos faz muitas vezes calar e por outras vezes “estourar” com nossos colegas, família e pares na empresa, muitas vezes colocando tudo a perder?
O fato é que vamos aos extremos em poucos minutos e isso acontece na nossa vida diária. Somos bombardeados por notícias ruins na televisão, que envolvem política, violência urbana e injustiças diversas. Muitas vezes contamos com excesso de trabalho e às vezes uma vida familiar não muito confortadora.
Todos esses fatores podem contribuir para um desequilíbrio emocional e comportamental. As emoções podem ser expressas pelo nosso corpo, pelo nosso semblante, respiração e finalmente pela nossa fala. Sem querer, demonstramos claramente para o mundo fora de nós, nossa sensação de desestabilidade ou desequilíbrio.
Todo ser humano é dotado de inteligência e do poder de cognição, ou seja, aprendizado. Nascemos com algumas aptidões e desenvolvemos outras no decorrer das nossas vidas. Existem inteligências que temos mais marcantes em nós e outras que são pouco suficientes ou que precisam ser desenvolvidas.
Pesquisas apontam que 80% das demissões hoje nas empresas acontecem em decorrência de problemas comportamentais. Isso caracteriza um ponto de melhoria nas atitudes das pessoas, ou seja, na forma como a pessoa se dispõe a realizar as coisas.
A atitude é também a forma como a pessoa se relaciona com as outras através do nível de tolerância, simpatia, tato, e muitas outras características que devem ser levadas a sério no relacionamento com outras pessoas. Essas características demonstram o nível de inteligência emocional de uma pessoa. Ter inteligência emocional é saber compreender e gerenciar suas próprias emoções e também das pessoas a sua volta.
Saber gerir as próprias emoções é muito importante para qualquer profissional, pois assim saberá o que realmente está sentindo e será capaz de entender o significado de cada emoção e como elas podem afetar o seu desempenho e também de outros.
Além disso, facilitará a percepção do comportamento de cada pessoa da sua equipe ou com as quais se relaciona. Muitas vezes não conseguimos entender o comportamento estranho de um colega de trabalho ao demonstrar tristeza, insegurança, medo ou vergonha de alguma coisa.
Muitas dessas reações estão ligadas ao subconsciente e a fatores que as vezes são desconhecidos por ele. As pessoas trazem em si marcas de acontecimentos passados que podem ser positivos ou negativos e que determinam as reações de cada um diante das adversidades.
Para controlar determinada reação, que aos olhos de seus colegas pode ser classificada como um comportamento desequilibrado, é que devemos utilizar a inteligência emocional. Um profissional calmo, com firmeza na hora de avaliar a situação, resiliência e que sabe gerenciar imprevistos, tem muito mais chances de alcançar o sucesso que um profissional estressado e impulsivo.
Seguem então algumas dicas para exercitarmos a inteligência emocional:
- Tenha um cérebro poroso: exercite sua capacidade de aprender. Aprenda com as experiências negativas. Analise se suas convicções são as mais adequadas e não tenha medo de mudar de opinião;
- Use a empatia: quando passamos a enxergar com os olhos dos outros estabelecemos um nível superior de comunicação. É quando você literalmente se coloca no lugar do outro e passa a sentir as mesmas emoções. É dessa forma que você vai proporcionar um melhor entendimento e uma liderança natural;
- Domine suas emoções: quanto mais você aprimora sua inteligência emocional, mais seguro e confortável para resolução de problemas você se sentirá. Com maior autocontrole e empatia, o profissional não precisará mais medir suas palavras e pesar suas decisões diante de cada situação.
E é importante lembrar também que temperamento não é uma questão de destino. É uma questão de escolha!