Tem gente que passa a vida acumulando objetos materiais, que não têm mais funcionalidade e, que ao olhar dos outros, parecem ser apenas uma fonte de desorganização na vida de quem o guarda.
Há pessoas que ficam guardando coisas sem serventia, porque têm dificuldade de desapegar daquilo que não usa mais. “- Vai que um dia a gente precisa!” é a desculpa que mais utilizamos para justificar esse comportamento.
No entanto, muita gente guarda objetos antigos, pois eles têm um valor sentimental muito grande. Pode ser uma foto, uma camisa, uma mesa, um CD… Itens que estão carregados de significados e boas lembranças, que fazem com que a pessoa se recuse a desapegar dele. O objeto nada mais é do que a tangibilização de uma memória ou sentimento muito positivo.
Não sou a favor de acumular coisas velhas e sem serventia. Penso que a gente deve desapegar das coisas antigas, para dar lugar às coisas novas. Por outro lado, não critico aqueles que conservam qualquer objeto que tenha um significado especial para si.
Acho que a maioria das pessoas têm coisas assim em sua vida, inclusive eu! Confesso que guardo algumas canecas de café, camisas e outros objetos que têm significado especial para mim. Mas, quero trazer à tona esse assunto do desapego como uma metáfora, para que a gente saiba reconhecer algo importante:
Saber o que podemos desapegar e o que devemos manter
Estou me referindo aos nossos valores, que representam o conjunto de características das quais não abrimos mão e, que determinam a forma como iremos perceber e interagir com o meio em que estamos. Os valores são os filtros que definem a forma pela qual olhamos o mundo e que determinam as ações que iremos tomar diante de determinadas situações.
É fundamental que a gente saiba quais são os nossos valores – quais são as coisas das quais a gente não abre mão – porque assim, torna-se mais fácil tomarmos as decisões que são colocadas diante de nós.
Também temos que saber quando desapegar de certos relacionamentos, ou pelo menos, da convivência com pessoas cuja presença pode fazer mais mal do que bem. Tenho certeza de que você já se deparou com sensações que fazem perceber que aquele lugar não é mais para você, ou ainda que não faz mais sentido estar naquele grupo, naquela atividade, naquele emprego.
Às vezes, essas situações acontecem porque algo mudou nesse ambiente e, de repente, ela não é mais congruente com seus valores. Ou até mesmo, porque você mudou e, num passe de mágica, estar ali não faz mais sentido.
Estar atento a isso é importante
Pois, assim vamos moldando o ambiente e as relações que são ideais para nós, naquele momento. Ou ainda, quando a mudança de ambiente não for possível, devemos ficar atentos ao que é congruente com os nossos valores e ao que não é. Dessa maneira, separar o joio do trigo fica mais fácil, pois questões morais e éticas nunca saem de moda.