Você acredita no quê? Todos nós temos crenças, acreditamos em várias coisas, em várias “verdades” e, essas crenças, moldam a forma como pensamos, agimos e nos comportamos coletivamente.

As crenças também fazem com que uma pessoa se identifique mais com determinados grupos ou situações. Ou seja, acabam moldando também as preferências de cada pessoa. Acreditar nas coisas é algo perfeitamente natural. Eu diria até que é saudável e faz parte da origem da humanidade.

A Antropologia nos ensina que as crenças derivavam das explicações que nossos antepassados tinham para determinados fenômenos e acontecimentos.

Dada a escassez de conhecimento da época, as explicações dos mais sábios acabavam construindo e constituindo o conhecimento da época e as pessoas acreditavam naquilo.

Até que um dia surgiu a Filosofia, que começou a fazer perguntas e investigar de forma mais sistematizada o porquê das coisas.

As explicações encontradas na época acabaram dando origem a algumas Ciências e, claro, com o tempo muitas daquelas “verdades” deixaram de fazer sentido.

Foram substituídas por explicações mais lógicas e por evidências que mostravam o quanto o pensamento original estava incorreto. Ainda assim, trata-se de crer em algo. É uma crença substituindo outra.

Acreditar em algo é tão natural quanto respirar, e ao afirmar isso não quero me referir às crenças religiosas ou ideológicas, tampouco da ética ou moral que fazem parte de cada ser humano.

Me refiro a coisas mais simples, como a confiança (que é uma forma de crença). Me refiro, inclusive, à incredulidade, que faz com que a gente duvide de certas verdades estabelecidas e saia em busca de explicações melhores para o que acontece na nossa vida pessoal e profissional.

Hoje em dia falamos muito em crenças, sobretudo nas crenças limitantes. As crenças limitantes são as “verdades” estabelecidas por nós ou por outras pessoas, que acabam delimitando nosso campo de pensamento e atuação.

Nem todas as crenças limitantes são ruins, uma vez que algumas delas existem para nos proteger e impor limites (daí a expressão “limitante”), pois esses limites definem o que precisamos respeitar para não invadir o espaço do outro. 

As crenças limitantes têm sido tratadas de uma forma negativa pela maioria das pessoas. Basta falar em crença limitante que muita gente se arrepia e até se ofende, pois não quer ser rotulado como alguém que pensa dentro de uma caixa, como retrógrado ou alguém que quer impedir o progresso.

Só que nem todas as pessoas são assim. Mesmo aqueles que são progressistas e gostam de pensar fora da caixa, encontram limites para determinadas situações e sabem que precisam respeitar o que é necessário. Mas, também sabem que podem e precisam transpor aquilo que não faz sentido.

As crenças limitantes existem para mostrar até onde podemos ir e o espaço que devemos respeitar. E aquelas crenças limitantes que não fazem sentido precisam ser expandidas, ressignificadas ou ultrapassadas para que não virem crenças paralisantes.

É sobre isso que vamos falar no próximo texto deste blog!

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