Só há pouco tempo que a inteligência emocional começou a ser tratada como uma prioridade para a gestão das pessoas nas organizações.

É de se entender que esse tema tenha sido negligenciado por muito tempo. Afinal, a necessidade de aumento da produtividade e a pressão por resultados positivos para as empresas sempre fez com que a predominância das políticas de gestão de pessoas envolva principalmente as questões cognitivas – tecnologia, processos, conhecimentos e habilidades superiores ao que a concorrência apresenta.

No entanto, embora ainda existam significativas lacunas entre o grau de desenvolvimento das organizações, é possível afirmar que tecnologias e processos estão ficando cada vez mais equiparados.

Isso faz com que a inteligência emocional das pessoas possa fazer a diferença em termos de competitividade. É justamente sobre isso que Daniel Goleman escreve em seu livro Inteligência Emocional. Na obra, Goleman afirma que a inteligência emocional é tão importante para o sucesso quanto a inteligência “tradicional”, em todos os campos da vida:

  • Estudantil;
  • Profissional;
  • Social e;
  • Interpessoal.

Goleman diz que:

A inteligência emocional é uma habilidade que pode ser ensinada e cultivada e descreve métodos para incorporar o treinamento de habilidades emocionais no currículo escolar.

O livro esteve na lista dos mais vendidos do The New York Times durante um ano e meio, sendo um best-seller em muitos países, já tendo sido traduzido para mais de 40 idiomas. 

O mais curioso é que, embora o tema tenha ganhado força com o advento da Covid-19, já tem quase 30 anos que o livro foi lançado. Goleman destaca a importância da inteligência emocional, principalmente, para as lideranças; pois cabe ao líder encontrar formas diferentes de engajar as pessoas para com os propósitos organizacionais.

Essa busca está provocando uma gradativa inversão do modus operandi da liderança:

  • Anteriormente, os fatores de atração e manutenção das pessoas estavam predominantemente ligadas a questões tangíveis, como o ambiente físico, salários e benefícios;
  • Atualmente, surgiram fatores como o bom ambiente de trabalho e o desenvolvimento de relações humanizadas, como questões essenciais ao aumento da produtividade.

Daniel Goleman defende seu pensamento por meio de um raciocínio muito simples: pessoas felizes e satisfeitas, que encontram boas relações no ambiente de trabalho, serão muito mais produtivas.

É por meio do desenvolvimento da inteligência emocional que as pessoas saberão como extrair o melhor das tecnologias e processos que têm em mãos.

Deixando de lado a tentativa de procurar evidências para vermos se a forma de pensar do autor é profética ou apenas uma tentativa de “puxar brasa para sua sardinha”, é inegável que no mundo atual, novas competências se tornam necessárias para fazermos frente aos desafios que aparecem diariamente. 

FICHA CATALOGRÁFICA:

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. São Paulo: Objetiva, 1996.

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