• 4ª Temporada
  • Grandes Lições de Grandes Personagens

  • A quarta temporada teve inspiração em grandes personagens das séries, da TV e cinema. Ao assistir ao seriado La Casa de Papel, eu aprendi com o Professor algumas lições sobre planejamento, formação de equipe e liderança. Foi o ponto de partida para fazermos uma temporada completa sobre as grandes lições de grandes personagens.

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83- Elementar, meu caro Watson!

Dotado de muita inteligência, uma boa dose de humor negro e uma intuição acima da média, Sherlock Holmes não é o primeiro e nem o único detetive da história da literatura. Mas certamente é o detetive mais famoso e o mais estudado, pois as características comportamentais de Holmes levam os leitores aficionados a dedicarem muito tempo a tentar descobrir os segredos e os motivos que fazem com que para Sherlock Holmes tudo seja elementar, certo Watson?

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Transcrição do episódio "83- Elementar, meu caro Watson!"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

ELEMENTAR, MEU CARO WATSON!

Essa é uma das frases mais icônicas da literatura mundial. O personagem que é autor desta frase é um britânico do tipo clássico. Usa roupas sóbrias, um inconfundível chapéu, que tem abas na parte da frente e de trás e um inseparável cachimbo que mais parece o gatilho que dispara a sua genialidade frente aos enigmas que enfrenta.

Dotado de muita inteligência, uma boa dose de humor negro e uma intuição acima da média, nosso personagem é um detetive. Não é o primeiro e nem o único detetive da história da literatura. Tampouco é o único detetive cujas aventuras foram adaptadas para o mundo das séries e do cinema. Mas, sem dúvida alguma, é o mais famoso detetive de todos os tempos: Sherlock Holmes.

Antes de falarmos da criatura, vamos falar do criador. Sherlock Holmes é um personagem criado pelo médico britânico Sir Arthur Conan Doyle. Isso mesmo, um Sir, um autêntico cavaleiro britânico, que foi agraciado com esse título por ter salvo muitas vidas atuando como cirurgião na linha de frente da Guerra dos Boeres. Posteriormente, Sir Arthur Conan Doyle se tornaria Oftalmologista em Londres e a sua autobiografia revela que ele nunca atendeu sequer um paciente em seu consultório londrino.

Isso não o deixava nem um pouco triste. Muito pelo contrário. Ele mesmo dizia que a ausência de pacientes lhe dava mais tempo para escrever e foi assim que ele conseguiu produzir e lançar mais de 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes. Todas retratam um grande enigma, que nem a Scotland Yard – a polícia inglesa famosa pela eficiência – conseguia resolver. Mas havia somente uma coisa que Holmes não conseguiu durante a sua vida de detetive. Capturar e prender Moriarty, o seu eterno inimigo e autor da maioria dos crimes que Holmes desvenda ao longo de sua vida.

Como eu comentei há pouco, Sherlock Holmes não é o primeiro e nem o único detetive da história da literatura, mas as suas histórias fascinam porque Sir Arthur Conan Doyle foi muito feliz ao fazer com que Holmes utilizasse o método científico e a lógica dedutiva para a resolução dos mistérios que enfrentava. Essas características do nosso querido detetive são uma herança direta do próprio autor. A formação em Medicina do criador de Sherlock Holmes lhe dava a condição de utilizar detalhes da medicina forense, anatomia, biologia e várias outras especialidades que dizem respeito ao ser humano. Por outro lado, a lógica dedutiva também é herança do perfil criativo, curioso e investigador de Sir Arthur Conan Doyle. É por isso que muitas vezes dizem que os personagens são um reflexo direto do seu próprio criador e eu acredito que no caso de Sherlock Holmes não é diferente.

Mas vamos falar sobre o nosso personagem! Você já ouviu aquela história de que pessoas extremamente inteligentes geralmente possuem características em seu perfil que podem ser um tanto desagradáveis? Pois é, eu não acredito que isso seja uma regra, mas o fato é que Sherlock Holmes era uma pessoa cuja inteligência e capacidade de raciocínio lógico e dedutivo eram muito acima da média. Isso fazia com que ele enxergasse rapidamente as coisas que eram óbvias – ou melhor, que eram óbvias para ele. E fazia também com que ele não entendesse como outras pessoas podiam demorar tanto tempo para chegar a algumas conclusões.

É dali que surge uma das mais famosas frases da literatura mundial, a frase que eu citei lá no comecinho do episódio: elementar, meu caro Watson! É como se dissesse: é óbvio, já tinha visto antes, meu caro amigo! Ah, é importante dizer que Watson é o seu melhor amigo, quase um irmão. Um médico, aprendiz de detetive que acompanha Holmes em suas aventuras contra o crime. Embora o criador de Sherlock Holmes não tenha falado a respeito da juventude do seu personagem, muitos acreditam que Watson é um amigo de longa data de Holmes. Por ser médico, muitos acreditam que o dr. Watson é a encarnação do próprio escritor nas histórias de Holmes.

Essa amizade com o dr. Watson é muito forte e talvez seja a única que Holmes consegue desenvolver ao longo da vida. A personalidade forte do detetive e a sua falta de paciência com pessoas preguiçosas ou cujo raciocínio é mais lento do que o seu fazem com que ele seja sarcástico e um tanto quanto direto e reto na sua comunicação. Isso ofende e afasta muita gente do convívio do detetive.

Esse sincericídio acaba criando problemas para Holmes não só nos seus relacionamentos pessoais, mas também na sua vida profissional. Os inspetores e o comissário da Scotland Yard olham meio atravessado para Holmes cada vez que ele utiliza o seu humor negro para falar da falta de competência da polícia em desvendar os crimes para os quais ele é chamado.

Estas características comportamentais de Holmes levam os leitores aficionados a dedicarem muito tempo a desvendar ou descobrir o que há por trás do maior detetive da literatura. Holmes sempre esteve envolvido em desvendar vários mistérios, mas a sua própria personalidade é um mistério. Por incrível que pareça, muitos médicos se dedicaram a desvendar o que há por trás do comportamento um tanto quanto diferenciado de Holmes.

Em algumas obras, Holmes faz alguns comentários ao dr. Watson que sugere que ele sofre de depressão. Outros defendem que ele é bipolar e seu comportamento oscila de forma intensa entre o entusiasmo e o mau humor. Holmes também é muito introspectivo e prefere muito mais ficar e falar consigo mesmo do que com outras pessoas.

Por outro lado, o brilhantismo de Holmes supera todas essas características. A sua coragem e determinação fazem com que ele nunca se dê por vencido e afirme para si mesmo que não há crime sem solução. Aliás, essa afirmação é o lema que guia Holmes em todos os enigmas que ele se propõe a desvendar. Holmes também é uma pessoa muito culta. Ele domina várias áreas do conhecimento e consegue conversar de forma profunda e demorada sobre quase qualquer assunto, quando está disposto…

Nada disso é por acaso… Sir Arthur Conan Doyle, o criador desse personagem, fez questão de que Holmes fosse tão enigmático quanto os mistérios que ele tinha que resolver. Muitos, inclusive, acreditavam que Sherlock Holmes existia de verdade e acabavam procurando-o no famoso endereço londrino em que o detetive morava: o número 212 da Baker Street.

O autor foi muito feliz ao descrever Holmes dessa forma, pois isso mostra claramente que nenhum grande herói é perfeito e isento de comportamentos e atitudes questionáveis. Afinal de contas, são seres humanos.

Fala, galera do Coachitório Online.

Apesar das histórias de Sherlock Holmes serem conhecidas mundialmente, boa parte das coisas que fazem parte do personagem não foram criadas pelo autor. Um dos exemplos é a frase “elementar, meu caro Watson!” Ela não aparece nos livros escritos por Conan Doyle. Ela somente apareceu em uma adaptação da história de Holmes em uma peça de teatro. Outra coisa interessante é que o famoso cachimbo curvado utilizado por Holmes também surgiu mais tarde.

Essas características marcaram o perfil de Holmes e fizeram com que a figura do detetive permaneça um ícone até os dias de hoje. Vale dizer que hoje em dia o chapéu utilizado por Sherlock Holmes tem o nome do personagem. É o chapéu Sherlock. Esse e outros detalhes fazem com que Sherlock Holmes ocupe o livro Guiness de Recordes como o personagem mais retratado da história.

Esse é o Coachitório Online! Vamos contando a história de alguns personagens clássicos e um pouco de suas características, até porque todos se aproximam de nós por conta de suas forças e de seus defeitos.

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