• 2ª Temporada
  • Grandes Lições em Pequenas Frases

  • A segunda temporada foi bem diferente. Eu sempre fui um frasista – uma pessoa que gosta daquelas frases clássicas, de grandes pensadores, que nos ensinam muitas coisas em poucas palavras. E foi justamente essa a inspiração para a segunda temporada: quais são as grandes lições que estão contidas nas pequenas frases que foram faladas ao longo dos séculos por pessoas muito importantes para a História da humanidade? Cada episódio traz um grande ensinamento para a sua vida.

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38 – Ludwig van Beethoven e a Paixão

Quando falamos dos grandes gênios da humanidade, muitos pensam que a vida dessas pessoas foi tranquila. Pensamos que foi fácil se tornar gênio, afinal, trata-se de ter um dom, o que permite que a gente faça as coisas sem precisar de muita força. Ledo engano! Beethoven era uma pessoa de temperamento difícil e teve vários conflitos ao longo de sua vida. Isso fez com que as pessoas o amassem ou odiassem com a mesma intensidade. Mas, certamente, esse jeito de ser de Beethoven se transferiu para as suas obras, impregnadas de magia e paixão.

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Transcrição do episódio "38 – Ludwig van Beethoven e a Paixão"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

Quando falamos dos grandes gênios da humanidade, muitos pensam que a vida dessas pessoas foi tranquila. Pensamos que foi fácil se tornar gênio, afinal, trata-se de ter um dom, o que permite que a gente faça as coisas sem precisar de muita força. Ledo engano…

Leonardo da Vinci, Albert Einstein e Walt Disney são apenas alguns nomes que são lembrados por suas obras e seus legados, mas que tiveram grandes dificuldades ao longo de suas vidas para colocar o seu dom a serviço da humanidade.

A história da pessoa sobre quem vamos falar hoje não é diferente, afinal, ele é considerado um dos maiores gênios da história da música: Ludwig van Beethoven, o compositor alemão cujas sinfonias são celebradas até hoje como as maiores peças musicais que já foram criadas pelo ser humano.

Devo confessar que o insight para falar sobre Beethoven surgiu no episódio passado do Coachitório Online, quando estávamos falando sobre as lições de genialidade de Thomas Edison. Você deve lembrar que eu comentei que havia uma semelhança importante entre Edison e Beethoven: ambos sofreram com a surdez, mas isso não os impediu de criar e de entrar para a história com o seu trabalho.

O que eu acho mais notável na vida de Beethoven é justamente isso: como pode uma pessoa conseguir compor sinfonias tão belas e complexas sofrendo de surdez? Definitivamente, é algo para poucos. É preciso ter muito conhecimento e dedicação. Mas é preciso, principalmente, paixão pelo que faz.

É por isso que o Coachitório Online de hoje vai falar de Beethoven e das suas lições sobre paixão.

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A primeira frase de Beethoven que eu quero destacar é: Tocar uma nota equivocada é insignificante. Tocar sem paixão é imperdoável.

Beethoven era, reconhecidamente, uma pessoa muito difícil de lidar. Tinha uma personalidade muito temperamental, o que se agravou por conta da sua perda auditiva. Esse relacionamento difícil se estendia para toda a sua família, inclusive para o seu filho. Beethoven insistia que seu filho deveria se dedicar à música e que deveria ser melhor do que o próprio pai.

Diz a lenda que, em um determinado momento, Beethoven estava a ensinar o seu filho a tocar piano, quando de repente, começou a repreender o jovem com muita firmeza. O menino perguntou: “ – Não entendo! O que estou fazendo de errado?” E Beethoven respondeu: “- Não está errando, está tocando sem paixão! Isso é imperdoável!”

Essa história resume a forma como Beethoven pensava sobre a sua arte. Mas também serve para nos inspirar, para mostrar para nós que devemos colocar paixão nas coisas que fazemos. OK, eu sei que você já ouviu falar disso inúmeras vezes e talvez até se pergunte como fazer isso com as atividades e profissões triviais que nós realizamos no dia-a-dia.

Talvez não seja possível comparar a paixão que Beethoven empregava em sua arte e exigia das pessoas com as nossas atividades diárias. Mas eu entendo que a lição é simples: a paixão, no nosso caso, tem a ver com o respeito e dedicação que precisamos colocar em tudo o que a gente faz. Mesmo que sejamos empregados de uma empresa e realizamos uma atividade que não seja a dos nossos sonhos, mesmo que estejamos distantes dos nossos objetivos, é justamente o respeito e a dedicação com que fazemos o que fazemos que vão lançar as sementes para termos a paixão necessária para alcançarmos nossos sonhos e objetivos.

Digo isso pelo seguinte: talvez hoje você esteja trabalhando numa atividade que seja necessária para realizar a paixão e o sonho de outra pessoa. É preciso ter respeito com isso, porque no futuro você vai querer realizar seus sonhos e objetivos e irá se dedicar de forma apaixonada para isso. Mas irá precisar da ajuda de outras pessoas, assim como você ajudou alguém no passado.

O que vai, volta. Trabalhar sem paixão, sem carinho e dedicação, é imperdoável.

Outra frase que mostra o grau de paixão que Beethoven tinha pela vida é: Os sonhos podem ser maravilhosos, mas também podem ser perigosos e às vezes são mais maravilhosos por causa do perigo.

Sonhos são naturalmente perigosos, por um motivo muito simples: tudo aquilo com o qual a gente sonha não faz parte do nosso momento atual, do nosso estado atual. É óbvio, pois se não fosse assim, não seria sonho. Seria realidade. Isso significa que, para que o sonho se transforme em realidade, é preciso assumir alguns riscos e fazer o que ainda não fizemos para alcançar o que ainda não alcançamos.

Sonhar não é perigoso. Colocar o sonho em prática também não é. Talvez seja um pouco arriscado, mas o risco é apenas um pequeno preço que temos que pagar para realizar aquilo que desejamos. Aquela promoção que tanto desejamos ou o emprego naquela empresa que tanto admiramos exigem que a gente se exponha e vá atrás desses objetivos.

A carreira que desejamos seguir ou até as conquistas materiais que simbolizam que estamos progredindo na vida dão trabalho e exigem que a gente se dedique mais do que a maioria das pessoas está acostumada a fazer para com que esses sonhos se tornem realidade.

E também tem outra lição importante que está claramente inserida na frase de Beethoven: os perigos estão ligados ao percurso, ao processo, ao trajeto que precisamos percorrer. Já as maravilhas estão ligadas às conquistas e ao doce sabor da realização pessoal quando chegamos lá.

Tem uma frase de Beethoven que eu considero enigmática: Milhares de pessoas gostam de música. Poucas, porém, têm a revelação dessa grande arte.

Não tem a ver somente com gostar de música. Tem a ver com o impacto que essa arte causa nas pessoas que a apreciam. Tem a ver com apreciar o ritmo, a letra e o contexto em que ouvimos as nossas músicas preferidas.

Mas não é somente da música que estamos falando aqui. Podemos usar a mesma frase para os livros que lemos, os lugares que gostamos de ir, as pessoas com as quais gostamos de compartilhar nossos momentos. Mas, por que não dizer que o mesmo serve para os trabalhos que realizamos?

Todo trabalho que fizemos, desde o mais manual até o mais estratégico e intelectual, traz consigo uma grande revelação e uma lição que ignoramos: se estamos fazendo esse trabalho, é porque ele é necessário e irá fazer a diferença para alguém ou para alguma empresa. Por mais repetitivo e chato que o seu trabalho possa parecer, lembre-se sempre que ele coloca você na condição de ser o protagonista daquela atividade. Deixa você na condição de fazer a diferença para alguém, de ter um senso de pertencimento e utilidade que são essenciais para todo ser humano.

É bem provável que o nosso trabalho não possa ser comparado com uma sinfonia de Beethoven, mas se olharmos para o nosso trabalho como parte de uma obra ainda maior será mais fácil de entender a importância de tudo o que fazemos diariamente.

Muito bem, Coachitório Online. É legal conhecer um pouco mais sobre Beethoven e a forma apaixonada com a qual ele conduzia o seu trabalho, não é?

Aliás, fica uma dica. Tem um filme muito legal, chamado “Minha Amada Imortal”, que conta a história de uma paixão secreta que Beethoven tinha por uma pessoa que, até hoje, é desconhecida. Ela foi a fonte de inspiração para muitas obras do grande maestro e também para muitas de suas frases. Se você tiver a oportunidade de ver o filme, irá entender um pouco mais sobre a personalidade difícil de Beethoven e também porque a paixão era algo tão essencial na vida dele.

Então, tem muita história e muita coisa legal e a gente vai compartilhando essas histórias com você no nosso podcast semanal sobre pessoas, carreira e liderança.

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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!