Transcrição do episódio "21 – Abraham Lincoln e a Liderança"
Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.
Você que está acompanhando o Coachitório online desde o início, vai perceber que a partir de hoje a gente está mudando um pouco a temática do nosso podcast. Até agora a gente estava falando sobre os verbos que fazem a diferença na vida da gente.
A partir de hoje não falaremos somente de verbos, mas sim de frases. Vamos falar de frases emblemáticas, que foram faladas por grandes personalidades da nossa história. Vamos falar das grandes lições que aprendemos em pequenas frases.
E para começar, nada melhor do que falar sobre um dos maiores estadistas que o mundo já conheceu. O episódio de hoje é: Abraham Lincoln e suas lições sobre liderança
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Em 1861, o advogado Abraham Lincoln foi eleito e empossado como o 16º. presidente dos Estados Unidos. Ele é considerado até hoje um dos maiores presidentes da História americana, tanto é que é dele uma das faces esculpidas em pedra no Monte Rushmore. Você já deve ter visto, aquele paredão de rocha em que foram esculpidos os rostos de quatro grandes presidentes americanos. Pois é, Lincoln é um deles.
O que fez com que Abraham Lincoln se tornasse tão importante para a história dos EUA foi a forma como ele conduziu o país em plena Guerra Civil. E também por ter decretado a abolição da escravatura nos Estados Unidos, em 1863.
Talvez tenham sido justamente esses dois fatores que resultaram no seu assassinato, em 1865, logo após ele ter tomado posse para o seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos.
Lincoln era muito popular. Um bom sujeito, um homem de família. A sua biografia mostra que ele acertou, mas também errou bastante durante a sua presidência. Um filme de 2013 até mostra alguns bastidores polêmicos da presidência de Lincoln que chegam a lembrar o que a gente vê acontecendo na política aqui das terras tupiniquins.
Mas o fato é que Lincoln também era muito ponderado, muito diplomático e um excelente orador. Costumava ficar longos períodos sozinho e em silêncio, em atitudes muito reflexivas. Costumava também ouvir muito o que seus assessores tinham a dizer e refletia muito antes de proferir qualquer opinião ou de tomar alguma decisão.
Lincoln costumava surpreender seus interlocutores com metáforas e frases de impacto, cujas poucas palavras tinham a mesma força de seus inesquecíveis discursos. Algumas dessas frases ilustram o caráter de liderança e o espírito visionário do presidente americano e é por isso que o Coachitório online vai falar hoje sobre Abraham Lincoln e suas lições sobre liderança.
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A primeira frase de Lincoln que eu quero destacar é:
A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.
A liderança se torna legítima quando há seguidores. Quero dizer que o conceito de liderança somente tem sentido quando o líder exerce uma influência positiva sobre as pessoas. Essa influência positiva é o que vai servir como inspiração e exemplo para que as pessoas sigam o líder.
Um dos fatores de atração mais importantes é quando as pessoas reconhecem no líder a capacidade de desenvolver em seus liderados competências, habilidades e atitudes que fazem com que as pessoas tenham um desempenho acima do comum, acima do esperado. E à medida que o líder desenvolve sua equipe dessa maneira, desenvolve também nas pessoas um elevado senso de comprometimento. As pessoas ficam comprometidas consigo mesmas, com seus colegas, com o líder e com os objetivos da organização.
Também é fundamental lembrar do legado. Eu lembro, inclusive, de algo que um dos meus primeiros chefes costumava dizer para a gente. Ele dizia que o que mais importava para ele era saber que daqui a alguns anos as pessoas que trabalharam com ele se lembrariam dele pelo que ele ensinou a elas.
O nome disso é legado. Quando o líder desenvolve habilidades extraordinárias em pessoas comuns, está deixando uma marca muito importante nessas pessoas.
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Outra frase de Lincoln que eu considero emblemática é essa:
Se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe o poder.
A liderança, quando alcançada e exercida de forma natural, pode dar provas do quão produtivo e eficiente o trabalho de uma equipe pode se tornar. Líderes com comportamentos e atitudes positivos contribuem para o engajamento das pessoas.
Só que a gente observa também que muitas vezes as pessoas e processos são deixados de lado, e o que acaba entrando na pauta da “liderança” é o ego ou questões políticas que inflamam uma disputa por poder e reconhecimento. Isso não acontece somente na política. Acontece nas empresas. A disputa pelo poder acontece em todo tipo de organização. Inclusive, há pouco tempo uma pessoa comentou comigo que um grupo de voluntários do qual ela faz parte estava em crise por conta de disputas internas de poder. Vejam só…
Profissionais com esse tipo de comportamento justificam o pensamento de Lincoln, pois às vezes a pessoa revela sua verdadeira identidade quando se considera numa posição de superioridade em relação às demais. Só que eu não quero aqui demonizar a questão do poder, até porque o poder e a influência são duas faces da liderança. A liderança – formal e informal – traz consigo o exercício do poder e da influência. A questão principal é: saber quando o poder deve ser usado; saber a dosagem que esse poder deve ser usado e; não usar o poder em benefício próprio.
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Tem outra frase, que eu gosto muito:
Tem o direito de criticar aquele que tem o coração disposto a ajudar.
Às vezes surge uma atração irresistível para podarmos ou criticarmos as ideias ou iniciativas de outras pessoas. Essa atitude pode derivar de um sentimento de inveja. Ou ainda de uma revolta que a pessoa tem consigo mesma por não ter tido aquela ideia antes. Não importa. A questão é que todo e qualquer comentário depreciativo sobre as ideias de outra pessoa acabam criando fatores que bloqueiam a criatividade de toda uma equipe.
E assim, não querendo ser criticado ou até ridicularizado por conta da sua contribuição, a pessoa opta pelo silêncio. Penso que comentários, críticas e sugestões sempre são bem-vindos, desde que quem as propõe tenha também a intenção de arregaçar as mangas e contribuir efetivamente para a realização da ideia quando for necessário.
Aliás, tem um poema muito legal, chamado “Tecidos do Céu”, que fala sobre isso. Esse poema foi escrito pelo britânico William Butler Yeats e eu costumo citá-lo ao final das minhas palestras para lembra sempre que devemos apoiar os sonhos dos outros, e não pisar no tecido que os sonhos são feitos. Pronto, dei um pequeno spoiler do poema. Mas vale a pena dar uma procurada na internet para ler o poema. O nome é “Tecidos do Céu”.
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E aí, pessoal! Espero que tenham gostado do primeiro episódio da nova temporada do Coachitório online. Vem muito mais por aí!
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Vejo você no próximo episódio! Um abraço!
