• 5ª Temporada
  • A Temporada que Vai Virar Livro!

  • Em 2016, eu lancei o meu primeiro livro, os 50 textos, que, como o próprio nome diz, é uma coletânea de textos sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão. As pessoas começaram a me perguntar quando eu iria lançar a nova versão dos 50 textos. Pois bem, nada como unir o útil ao agradável, não é mesmo? Em outras palavras, os episódios da 5ª. temporada servirão como base para os 50 textos do meu próximo livro sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão.

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127 – Nada tem valor na boca de quem não presta

Talvez a frase seja um pouco forte, pois dizer que o que é bom não tem valor na boca de quem não presta pode parecer um pouco pesado. Mas, há pessoas que se especializam na arte de botar defeitos e de sabotar as boas ideias e iniciativas dos outros.

Tem aqueles que se propõem a diminuir as coisas boas feitas por outras pessoas e, de fato, na boca destas pessoas o que tem valor não presta. Por isso é importante sabermos lidar com as críticas e julgamentos alheios porque, bem lá no fundo, elas são frutos de inveja e até de admiração!

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Transcrição do episódio "127 – Nada tem valor na boca de quem não presta"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

NADA TEM VALOR NA BOCA DE QUEM NÃO PRESTA

Estava esses dias na casa dos meus pais. E sempre que eu chego lá a primeira coisa que eu escuto são os acordes da música que está tocando no rádio que fica ligado desde as primeiras horas do dia e que só silencia quando todos vão dormir. O rádio é onipresente na casa dos meus pais. Desde que eu me recordo, sempre estivemos acompanhados pela música ou noticiário que saía pelos alto-falantes do pequeno aparelho que sempre esteve na cozinha de casa. Naquele dia em que eu fui lá tomar um café não era diferente, e o rádio estava lá, sintonizado em um programa de música sertaneja.

Uma música logo chamou a minha atenção. Primeiro, por ser um acorde do tipo “sertanejo raiz”, que não se escuta mais por aí. Depois, por ser uma música cantada por uma bela voz feminina e, por fim, o que mais chamou a minha atenção foi um pedaço da letra da música. Pelo alto-falante do rádio a cantora dizia que na boca de quem não presta, o que é bom não tem valor.

Os fãs da música sertaneja logo vão adivinhar de que música e de qual cantora se trata. Para quem não conhece, eu esclareço: a cantora é a Bruna Viola e a música se chama “No Ponteio da Viola”. Não, eu não sou um conhecedor da música sertaneja e confesso que tive que recorrer à internet para descobrir o nome da música e da cantora. Eu quis muito descobrir a autora daquelas palavras que me inspiram a escrever esse texto, pois a frase em questão fez muito sentido para mim. De fato, nada tem valor na boca de quem não presta.

Talvez a frase seja um pouco forte, pois dizer que o que é bom não tem valor na boca de quem não presta pode parecer um pouco pesado. Afirmar que há pessoas ao nosso redor que não prestam pelo simples fato de nos observarem e nos julgarem pode parecer um exagero e até uma prepotência da nossa parte. Da mesma forma, não podemos generalizar essa frase para todas aquelas pessoas que criticam algo que falamos ou fazemos, até porque muita gente tem dificuldade em receber críticas e, quando isso acontece, essas pessoas tendem a reagir às críticas partindo para o ataque e acusando ou agredindo aquele que criticou. Portanto, muito cuidado em dizer que aquela pessoa que lhe fez uma crítica não presta, pois estaremos correndo o risco de sermos injustos e exagerados no rótulo que estamos colocando nessa pessoa, pois a nossa gramática nos ensina que a expressão “não presta” é usada para designar alguém que não é uma boa pessoa.

Só que independente da gravidade da acusação e da seriedade desta expressão, a essa altura do campeonato você já deve estar afirmando para si mesmo que realmente há pessoas que não prestam. E eu devo concordar com você, pois realmente há pessoas que se dedicam a denegrir tudo o que o outro faz. Há pessoas que se especializam na arte de botar defeitos e de sabotar as boas ideias e iniciativas dos outros. Tem aqueles que se propõem a diminuir as coisas boas feitas por outras pessoas. Mas será que o fato destas pessoas não prestarem é suficiente para explicar esse tipo de comportamento negativo e até agressivo para com aqueles que estão encarando a vida de frente e fazendo coisas boas para os outros? Eu acredito que não. Dizer que essas pessoas têm esse tipo de comportamento simplesmente porque não prestam não é suficiente para explicar esse tipo de atitude.

Então eu começo a pensar com os meus botões para tentar descobrir porque há pessoas tão amarguradas a ponto de reclamarem de tudo. Coincidência ou não, essas pessoas também têm uma dificuldade enorme de elogiar os outros ou de reconhecer o mérito e o sucesso das pessoas, fazendo com que abram a boca somente para criticar ou botar defeito nas coisas.

Logo no começo da minha vida profissional eu aprendi uma lição que ajudou a moldar a minha forma de pensar e agir no que diz respeito ao trabalho dos outros. A lição é a seguinte: para você ter o direito de criticar, deve primeiramente participar. A recíproca é verdadeira: quando paramos de participar, perdemos o direito de fazer críticas. Esse pensamento faz muito sentido para mim, porque é muito mais fácil tecer críticas sobre algo que foi feito do que ter a ideia, arregaçar as mangas e se dedicar ao trabalho. Hoje em dia tem muito palpiteiro profissional de plantão somente observando o que os outros fazem para poderem fazer suas preciosas críticas a respeito. 

Os filósofos afirmam que a dúvida é o princípio da sabedoria e a crítica é o princípio da maturidade. Dar e receber críticas é realmente um exercício de maturidade porque envolve conhecimento e autoridade para avaliar e julgar algo com o objetivo de melhorar aquilo que foi dito ou o que foi feito. A crítica deriva do julgamento e é um exercício poderoso para o crescimento e a evolução das pessoas. No entanto, na boca de quem não presta as críticas infelizmente não têm o objetivo de promover o crescimento das pessoas.

Por falar em julgamento, também acredito que julgar as pessoas faz parte do modus operandi de quem não presta. A capacidade de julgar é item de série do ser humano, pois desde cedo começamos a desenvolver sentidos básicos que vão permitir que tenhamos opiniões sobre as coisas. A gente cresce e, com isso, vamos desenvolvendo a nossa capacidade de julgamento a ponto de conseguirmos encaixar tudo em uma espécie de régua interna que serve para aferir a qualidade de tudo. O gosto da comida, o clima, a roupa que ganhamos de presente ou a qualidade do atendimento do motorista do aplicativo. Não importa, todas as nossas interações são avaliadas pela nossa régua interna e eu acho que essa atitude é tão normal e inconsciente quanto o ato de respirar.

Mas o que o julgamento tem a ver com o fato de que nada tem valor na boca de quem não presta?

Eu acredito que o problema não está no fato do julgamento feito por essas pessoas ser sempre negativo. Muito pelo contrário: eu acho que a régua interna do julgamento das pessoas que não prestam está muito bem calibrada, assim como a minha ou a sua. Essas pessoas sabem perceber e avaliar o que é bom e o que é ruim. O problema está no fato de que essas pessoas não conseguem ou não querem demonstrar que nem tudo está ruim e que nem tudo é um problema. As pessoas que não prestam criticam e botam defeito em tudo, principalmente nas coisas que elas mesmas julgam serem boas, porque não querem dar o braço a torcer e reconhecer que há pessoas fazendo mais e melhor do que ela. Então, preferem falar mal e denegrir tudo e todos, porque só assim conseguem abafar a percepção positiva que tiveram sobre algo. Para não falar bem, passam a falar mal.

Acredito que um dos motores disso é a inveja. A inveja é um sentimento de angústia ou até mesmo de raiva diante do que a outra pessoa é ou tem. O invejoso quer estar no mesmo nível da pessoa invejada, mas, ao invés do invejoso trabalhar e se dedicar para crescer e evoluir na vida para que futuramente esteja no mesmo nível da pessoa invejada, ela opta por denegrir tudo o que a outra pessoa é, faz ou tem. É uma questão de lógica: se eu não consigo subir meu nível, vou rebaixar o nível da outra pessoa porque só assim conseguiremos estar no mesmo patamar. É o famoso “nivelar por baixo”. Os invejosos, as pessoas que não prestam, parecem ficar satisfeitas ao ver o fracasso alheio e não perdem a oportunidade de diminuir a importância ou o mérito das coisas feitas por outras pessoas porque só assim irão conseguir estar no mesmo nível das pessoas que eles, inconscientemente, admiram.

Isso pode acontecer com qualquer um. Ser invejado por ter feito ou se tornado alguém admirável é algo que pode acontecer, assim como invejar alguém pelo que ele realizou ou se tornou. Acontece comigo, com esse podcast. Por incrível que pareça, sou invejado pelos textos singelos que me dedico a escrever e publicar no Coachitório Online. Da mesma forma, invejo aqueles que me inspiram, que fazem textos incríveis e produzem podcasts maravilhosos. A diferença, mais uma vez, está no livre-arbítrio, pois todos os dias poderemos estar em lados opostos desta régua e o nosso livre-arbítrio é o que vai determinar se utilizamos a inveja que bate à nossa porta para nos inspirar e fazer cada vez melhor ou para denegrir aquilo que as outras pessoas têm feito.

Fala galera do Coachitório Online!

Confesso que relutei bastante em escrever esse texto, com este título e com esta temática. Procurei evitar ser ofensivo e pesado nas colocações, até porque eu sou do tipo que se arrepende das coisas que fala, o que faz com que eu pense muito antes de falar qualquer coisa. Mas na medida em que ponderava sobre escrever esse texto ou não, o Universo se encarregou de me colocar diante de algumas situações que me fizeram constatar que, de fato, nada fica bom na boca de quem não presta. Se foi coincidência ou não, fica para você decidir.

Aproveitando, eu quero lhe fazer uma pergunta: você já foi vítima desse negócio do “nada fica bom na boca de quem não presta”? Se fizer sentido, compartilhe a sua resposta com a gente. Deixe a sua mensagem, sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br 

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Obrigado a você que sempre acompanha os episódios semanais do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Eu te convido conhecer todas as temporadas do nosso podcast e também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo! Você encontra mais informações sobre a Jornada no link que está aqui nesse post.

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!