• 5ª Temporada
  • A Temporada que Vai Virar Livro!

  • Em 2016, eu lancei o meu primeiro livro, os 50 textos, que, como o próprio nome diz, é uma coletânea de textos sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão. As pessoas começaram a me perguntar quando eu iria lançar a nova versão dos 50 textos. Pois bem, nada como unir o útil ao agradável, não é mesmo? Em outras palavras, os episódios da 5ª. temporada servirão como base para os 50 textos do meu próximo livro sobre desenvolvimento humano, liderança e gestão.

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111 – Qual é a pior coisa que pode acontecer se eu errar?

As pessoas têm medo de errar! Mas somente erra quem tenta. Somente erra quem faz. Só que há um medo ainda maior: o medo de tentar! Tentar significa dedicar esforço para fazer algo, sair da zona de conforto e fazer algo diferente do usual. Só que quando fazemos algo, não só corremos o risco de errar como também corremos o risco de sermos julgados por aqueles que optaram por ficar na arquibancada aplaudindo ou vaiando os esforços daquele que se propôs a tentar!

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Transcrição do episódio "111 – Qual é a pior coisa que pode acontecer se eu errar?"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

QUAL É A PIOR COISA QUE PODE ACONTECER SE EU ERRAR?

Imagine a seguinte situação: você tem que tomar uma decisão importante, seja na sua vida pessoal ou profissional. Você pondera, analisa as possibilidades e até faz um exercício de futurologia para tentar adivinhar qual é a escolha certa a ser feita. E mesmo que você faça uma análise criteriosa de tudo antes de decidir, corre o risco de errar. Para muitas pessoas, o risco de errar aumenta consideravelmente porque a sua decisão não está baseada no desejo de mudar ou acertar, mas sim no desejo de não errar. Parece que dá tudo no mesmo, certo? Só que não! Para o processo de escolha faz toda a diferença se eu estou pensando no desejo de mudar e de fazer dar certo ou se estou focado no medo de errar.

Talvez seja uma tendência as pessoas refletirem sobre as coisas negativas que podem acontecer em determinada situação. Numa tomada de decisão muitas vezes é sedutor pensar somente nas probabilidades de erro na decisão a ser tomada, ao invés de pensar no acerto. É habitual deixar que cada ideia ou sugestão seja acompanhada da seguinte pergunta: “- E se não der certo?”. Em muitos casos, ocorre que por mais provável que seja o sucesso, ficamos com um pé atrás por conta dos riscos envolvidos e só acreditamos no sucesso quando ele se materializa na nossa frente.

Esse comportamento é bem normal, pois é sinal da proteção que o ser humano impõe – muitas vezes inconscientemente – sobre si mesmo diante de todos os riscos que podem ameaçar a sua integridade. Só que esse padrão de comportamento se torna nocivo quando o medo de errar paralisa as iniciativas, condenando a pessoa a permanecer no seu estado atual. O fato é que todo mundo que vive no limite, entre a vontade de acertar e a possibilidade de errar, tem medo. Até quem vive sem arriscar tem medo.

As pessoas têm medo de errar. Mas somente erra quem tenta. Somente erra quem faz. Na inércia nada acontece e na zona de conforto nenhuma novidade surge. Essas frases poderiam ou deveriam ser suficientes para estimular cada pessoa a tentar, a ter coragem para realizar ações que podem mudar o seu estado atual. É por isso que eu acredito que esta reflexão precisa ser levada a outro ponto: há componentes emocionais que influenciam muito na nossa decisão e na nossa percepção sobre a possibilidade de errar ou acertar algo. É mais fácil administrar dados, informações, lógica do que fenômenos emocionais de origens diversas, intensidades variadas e impactos diretamente proporcionais à condição psicológica de cada momento. Pessoas dotadas de grande habilidade intelectual, muita cultura e conhecimento muitas vezes se veem derrotadas pelo domínio do emocional. 

Todos nós estamos sujeitos às pressões emocionais que podem nos fazer vacilar diante de uma decisão ou, depois da decisão tomada, recuar no momento da ação. É por isso que acredito que decisões mais acertadas e ações mais eficientes devem ser precedidas da descoberta. É o trinômio da descoberta-decisão-ação, que eu utilizo muito nos meus trabalhos de Coaching e consultoria. A descoberta pode ser traduzida para outro termo bastante conhecido: o autoconhecimento.

Você já reparou que a maioria dos erros que cometemos na vida deriva da falta de percepção de nossos alcances e de nossos limites? Aumentar o conhecimento de nós mesmos permite o desenvolvimento de duas qualidades imprescindíveis ao bom funcionamento de nossa vida: autoestima e a autoconfiança.

O autoconhecimento é um agente facilitador da tomada de decisão porque na medida em que conhecemos mais sobre nós mesmos e sobre as coisas ao nosso redor, torna-se mais fácil avaliar e medir as conseqüências futuras das decisões que temos que tomar no presente. O autoconhecimento tem tudo a ver com a experiência, ou seja, com a habilidade que temos de revisitar o que já nos aconteceu e o que já experimentamos, pois os erros do passado ajudam a consolidar nosso aprendizado e formar a nossa experiência. 

Mas o autoconhecimento não diz respeito somente à habilidade de elencar as alternativas e saber como utilizá-las ou de conseguirmos revisitar o passado em busca das experiências que tivemos. O autoconhecimento nos ajuda a identificar nossos pontos fortes e pontos de melhoria justamente para que consigamos identificar o momento de pedir ajuda ou conselho. Aliás, eu acredito que se partíssemos do pressuposto básico que em certos momentos não é preciso reinventar a roda, saberíamos usar com mais eficiência todas centenas de exemplos de erros e acertos que já vivenciamos para tomar decisões sem medo de errar. 

Mas eu confesso que às vezes eu fico em dúvida com relação ao medo de errar. Será que as pessoas têm, de fato, medo de errar? Ou será que têm somente medo de tentar? Medo de errar e medo de tentar são duas coisas distintas, diretamente ligadas à decisão e à ação. Decidir não significa agir. A decisão é a escolha que fizemos, a alternativa que elegemos e a direção que desejamos seguir. É um passo importante, mas decidir não significa agir porque muitas vezes as decisões dão errado por um simples motivo: as resoluções que tomamos não são colocadas em prática.

Por isso eu acredito que em muitos casos o verdadeiro medo não está em decidir, mas sim em tentar, em fazer diferente, pois para fazer diferente é preciso desencadear um processo de aprendizado. E o aprendizado é um processo complexo que demanda desconstrução, humildade e abertura. Já dizia o velho ditado: errando é que se aprende.

E não há problema algum em errar. Se você errou em alguma decisão é porque provavelmente errou na ação que veio logo depois da decisão que tomou. E se você errou na ação, errou porque tomou uma atitude e fez algo com o objetivo de mudar para melhor a situação em que se encontrava. Pessoas que erram quando decidem e fazem aprendem muito mais com os seus erros do que aquelas que não agem ou que agem somente por impulso. Pessoas que erram depois de passarem pelo processo de descoberta-decisão-ação estão mais propensas a assumirem seus erros e, se todo mundo tivesse a coragem de assumir seus erros, deixaríamos de gastar tanta energia negativa se defendendo, para transformá-la em força criativa geradora de soluções.

Em uma ou outra ocasião todos nós teremos que lidar com a tentação de desistir diante de um erro ou de uma derrota temporária, mas mostraremos grande força quando tivermos a capacidade de nos recuperarmos para perdoar os erros e não guardar ressentimentos. Diga-se de passagem, perdoar erros e não guardar ressentimento dos outros tornam você um grande líder. Mas perdoar a si mesmo e não ficar se culpando pelas coisas que deram errado tornam você um grande ser humano.

É certo que cada um de nós precisa aprender a conviver com a possibilidade de que erros acontecerão em nossas vidas. Escolhas difíceis surgirão e às vezes tudo o que teremos para nos guiar é a nossa bússola moral, nossos valores e, principalmente, os objetivos que temos em mente. Ainda assim, por melhores que sejam as nossas intenções, o risco de errar persiste e é provável que cometeremos alguns erros ao longo da vida.

Eu não gosto de errar e acho que ninguém gosta. Mas pior do que isso deve ser não tentar e ficar se perguntando qual teria sido o resultado da nossa escolha. Sem tentativa não há erro, mas também não há acerto. No final, é tudo experimentação, e o processo de aprendizado é o que importa.

Fala galera do Coachitório Online!

As pessoas não têm medo de errar. Elas têm medo de que suas ações ou decisões erradas decepcionem outras pessoas ou provoquem o julgamento alheio. E a boa notícia é que as pessoas que ousam e se desafiam para sair da zona de conforto têm os mesmos medos. Só que não se deixam paralisar por ele. Sabem que o medo faz parte do pacote da viagem que leva ao sucesso e, principalmente, que no medo também há aprendizado.

É por isso que eu quero lhe fazer uma pergunta: qual é a pior coisa que pode acontecer se você errar? Se fizer sentido para você, compartilhe a sua resposta com a gente. Deixe a sua mensagem, sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br  

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Esse é o Coachitório Online. Obrigado a você que sempre acompanha os episódios semanais do nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança. Para você que está chegando agora, seja bem-vindo. Eu te convido conhecer todas as temporadas do nosso podcast e também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo!

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!