Estradas nos levam longe. Mas muitas vezes essas estradas não existem e são feitas à medida que passamos por elas. E assim acabamos construindo estradas cheias de curvas que nos impedem de enxergar o seu final, fazendo com que nossa caminhada se desenrole sem que tenhamos plena clareza do que vem pela frente.
Quando conhecemos apenas o ponto de onde partimos e o lugar onde nos encontramos, ficamos apreensivos porque sabemos que as próximas curvas nos revelarão surpresas para as quais nem sempre estamos preparados.
Apesar de idealizarmos o destino final, às vezes sabemos muito pouco sobre o lugar para onde queremos ir. O fato de não conseguirmos enxergar o destino final acaba encobrindo todas as dificuldades do caminho e a distância a ser percorrida. Essas dificuldades podem nos desestimular e fazer com que muitos desistam no meio do caminho.
Isso não diminui a importância das estradas. Elas são fundamentais porque é a caminhada que nos leva à reflexão. É durante a caminhada que crescemos e evoluímos.
Mas também há as pontes. Historicamente, as pontes sempre foram muito estratégicas porque se tornaram a forma mais curta, rápida e segura de chegarmos ao outro lado.
A função de uma ponte é justamente essa: unir duas margens – a margem onde estamos, que é o nosso estado atual, e a outra margem, que é o nosso estado futuro, aonde queremos chegar. Pontes integram.
Deve sempre partir de nós a iniciativa de construir a nossa própria ponte. O que muitas vezes acaba nos inibindo de construir essa ponte ao futuro é acharmos que não temos em mãos todos os recursos necessários, ou que não temos domínio de toda a técnica necessária para a construção ou que não temos tempo para esse projeto.
Tudo isso é verdade. Provavelmente nos faltarão todos os recursos, todo o conhecimento e o tempo necessário para um novo projeto. Mas, talvez a obra não aconteça se esperarmos ter tudo isso em mãos para só então começarmos a construir nossa própria ponte.
A solução é contar com os recursos que já temos e contar com outras pessoas para nos auxiliarem a desenvolver as habilidades que não temos. Embora a travessia seja individual, sempre haverá alguém disposto a desenvolver em nós os recursos necessários para construirmos nossa ponte.
Quando finalmente iniciamos a caminhada, conseguimos enxergar a outra margem, que é o futuro. Ele está logo ali, visível, tangível e praticamente ao alcance de nossas mãos. Tudo o que temos que fazer é começar a caminhada. Com um detalhe: sabemos exatamente para onde estamos indo porque enxergamos o outro lado, o futuro.
Comece sua caminhada. Cruze a ponte. São as pontes que levam ao futuro.