Você já reparou em quantas decisões tomamos diariamente? Das mais simples e corriqueiras até as mais complexas. O mais interessante é que, embora seja um exercício que a gente pratique diariamente, a tomada de de decisão ainda é um processo difícil para muita gente.
É um processo difícil porque cada decisão que a gente toma está sujeita a algumas características subjetivas: nosso perfil, o momento ou condição em que tomamos a decisão, a urgência da decisão, etc. Mas, reparem também que eu usei a palavra “processo” para me referir à tomada de decisão.
É isso mesmo: a tomada de decisão é um processo. Tem um começo, um meio e um fim. Idalberto Chiavenato, um dos principais escritores da área da Administração, cita que cada decisão passa pelas seguintes etapas:
- Perceber a situação em que o problema está envolvido;
- Diagnosticar e definir o problema;
- Definir objetivos;
- Buscar alternativas para a resolução do problema;
- Avaliar e comparar as alternativas;
- Escolher a alternativa mais apropriada para a resolução do problema;
- Implementar a alternativa escolhida.
Talvez você esteja se questionando se cada decisão precisa passar por todo esse processo mesmo. Afinal de contas, será que eu preciso pensar em tudo isso para tomar uma “simples decisão”? A resposta é: sim! Nós fazemos esse exercício, até de forma inconsciente, antes de tomarmos uma decisão. A habilidade de tomar decisões rápidas está justamente na capacidade que cada pessoa tem de percorrer todas as etapas desse processo.
Algumas pessoas precisam estruturar este processo de maneira mais analítica e outras fazem isso de forma muito rápida. Independente do método, a probabilidade de se tomar uma decisão mais acertada está diretamente relacionada à execução das etapas do processo decisório, sem esquecer das informações que darão subsídio a este processo.
Isso não quer dizer que as decisões sejam tomadas de forma racional. Na prática, não é isso que acontece. Geralmente, mesmo dentro das empresas, as decisões são tomadas com base em intuição e experiência anterior, sem utilizar-se de métodos ou técnicas racionais.
Por isso, entende-se que as decisões possuem racionalidade limitada. Segundo esse conceito, o processo de decisão se resume à seleção das alternativas que mais se encaixam em algum sistema de valores dos tomadores de decisão.
Em outras palavras, podemos dizer que, embora a empresa tenha indicadores de desempenho, sistemas de Business Inteligente ou outras ferramentas de apoio à gestão e tomada de decisão, boa parte das decisões organizacionais são tomadas com base na experiência, na intuição ou, simplesmente, para atender à vontade de pessoas que podem influenciar na sua decisão. Nesse momento, a decisão deixa de ser racional e passa a ser emocional.
A pergunta que não quer calar é: qual tipo de decisão para a sua empresa ou carreira tem a maior probabilidade de ser acertada? A emocional ou a racional?