Você já ouviu falar que o que vai, volta? Pois é! É a Lei do Retorno, um princípio muito antigo, disseminado principalmente pela filosofia hinduísta e que tem sido objeto de estudo da Ciência há algum tempo.
Só que muita gente considera que a Lei do Retorno é apenas sabedoria popular. Eu penso diferente: acredito fortemente que tudo aquilo que pensamos, fazemos e falamos pode voltar para nós como uma espécie de retribuição ao que jogamos para o ambiente e para as pessoas. Se pensarmos assim, é lógico também pensar que essa retribuição nem sempre será positiva, pois se mandamos para o mundo ações, pensamentos e palavras negativas, é provável que tudo o que receberemos de volta seja algo igualmente negativo.
Quando eu falo sobre a Lei do Retorno, muita gente acha que essa conversa é muito esotérica, espiritual ou irreal demais para que possam acreditar. Eu até entendo o ceticismo de muitos com relação a esse assunto, pois nem todos conseguem observar a Lei do Retorno em si mesmo e no ambiente que os cercam.
Observar! Esse é o ponto!
Assim como eu acredito na Lei do Retorno, eu acredito também que tem muita coisa acontecendo ao nosso redor nesse exato momento, que não conseguimos ver. A gente não consegue observar a maioria delas, mas o fato de não as enxergarmos não quer dizer que não existam e que não estejam acontecendo. É por isso que eu acredito que, quando algo positivo acontece para nós, provavelmente é porque anteriormente fizemos algo de bom para outras pessoas ou para o ambiente. Tem até um livro, chamado Armas da Persuasão, na qual o autor (que é Psicólogo) explica o Princípio da Reciprocidade. Esse princípio diz que as pessoas tendem a nos devolver as coisas positivas ou negativas que para elas foram feitas. Ah, tem um post sobre esse livro no nosso blog.
As pessoas devolvem as coisas positivas e negativas que para elas são feitas. Isso nos leva à seguinte questão: o que você faz com o que fazem com você?
Imaginem a seguinte situação: alguém lhe prejudica intencionalmente no trabalho. Instintivamente surge aquela vontade de “dar o troco” (olha o Princípio da Reciprocidade em ação) e procuramos devolver na mesma moeda. O problema é que nunca é na mesma moeda, pois a nossa vingança acaba sendo sempre um tom acima do que aconteceu com a gente. E se a outra pessoa decidir também dar o troco, irá fazer com mais um tom acima. Já pensou onde isso vai parar?
Agora imaginem as pessoas fazendo coisas boas, sendo gentis e prestativas. O Princípio da Reciprocidade vai agir novamente e vai nos impelir a pagar de volta a gentileza recebida. Assim como acontece na vingança, a gentileza que iremos devolver também será num tom acima. E se essa moda pegasse? Tem até um filme que conta uma história assim. O filme se chama “A Corrente do Bem”, e nos faz refletir sobre o impacto das nossas ações no mundo à nossa volta.
Por isso que eu volto à pergunta: o que você faz com o que fazem com você? Se o que recebemos é negativo, temos que devolver de forma negativa? Claro que não, pois é nesse momento que entra o nosso livre arbítrio, que nos permite escolher as reações que temos diante das coisas que nos acontecem. Isso mesmo, estou tentando propor uma forma de quebrar o Princípio da Reciprocidade (pelo menos no que diz respeito a alimentar a espiral de coisas negativas que acontecem).
E se, apesar de toda essa explicação, a pessoa ainda ficar em dúvida com relação à força da Lei do Retorno ou do Princípio da Reciprocidade, eu proponho um desafio: experimente tornar-se uma pessoa desagradável, amarga e mal-educada. Do tipo da pessoa que ninguém gosta. Depois de uns dias, olhe ao seu redor e veja com atenção como as pessoas lhe tratam. Perceba como elas reagem ao seu comportamento. Certamente haverá distanciamento, indiferença e uma boa dose de falta de educação também.
Mas não precisa fazer o teste. Basta acreditar que nós colhemos o que plantamos!