Seria ótimo se pudéssemos agradar todo mundo, não é mesmo?
Fica uma sensação muito boa quando a gente faz algo legal, quando podemos agradar alguém. E o contrário também é verdadeiro, pois fica uma frustração quando a gente desagradou ou simplesmente não pôde ajudar alguém que precisava.
Acredito que todos nós já agradamos e desagradamos alguém. De maneira geral, eu acho que a gente está sempre tentando agradar as pessoas. Acho que é da índole do ser humano – pelo menos da maioria de nós – querer fazer o bem e se sentir útil para o outro.
Só que eu sempre pensei muito sobre esse negócio de agradar todo mundo, e fiquei com uma dúvida inquietante, afinal de contas:
- Dá mesmo para agradar todo mundo?
- E melhor, será que a gente tem que agradar todo mundo?
O ex-presidente americano John F. Kennedy disse certa vez: “Não posso lhe dar a fórmula do sucesso, mas a do fracasso é querer agradar todo mundo”. Outra frase célebre é do filósofo suíço Jean Jaques Rousseau; ele disse que “quem quer agradar a todos, não agrada ninguém!” Me parece, então, que a mensagem está clara:
Querer agradar a todos não é uma boa ideia
Embora eu concorde com estas frases, ainda não havia encontrado os motivos que reforçam essa tese, de que não devemos nos preocupar em agradar a todos. Então, de volta aos meus pensamentos, me deparei com algumas conclusões:
- A primeira delas diz que, para eu agradar, eu não posso dizer “não”. Agradar é sempre “sim”. É uma renúncia. Você renuncia as suas prioridades, vontades e objetivos.
Porém, quando a gente diz “sim” para tudo acabamos criando para nós um compromisso monstruoso de manter as expectativas sempre atendidas. Só que chega uma hora em que não damos mais conta e podemos entrar em parafuso. Pois, haverá um momento em que, fatalmente, iremos fazer coisas que não queremos ou que afetam nosso conjunto de ética e valores, só para agradar alguém.
- Outro pensamento que me ocorreu foi, na realidade, um insight a partir de uma frase que li na internet. A frase dizia: “Nunca espere agradar a todos porque senão você será escravo da opinião alheia.” Confesso que desconheço o seu autor, mas eu achei essas palavras fantásticas.
Quantas vezes acabamos nos tornando reféns dos compromissos que assumimos, porque não conseguimos dizer não, ou porque achamos que temos que agradar a todos? E quantas vezes fomos julgados por coisas que fizemos com boas intenções, no intuito de agradar a alguém?
Julgamentos podem ferir e fazer com que nos sintamos injustiçados
Por isso, acho que vale a pena a reflexão… Acho que não dá para agradar todo mundo. Ou melhor, acho que não se deve agradar todo mundo.
Não podemos privar as pessoas de um “não” quando essa é a resposta que mais faz sentido para ela. Não podemos privar as pessoas de um aprendizado que ela poderá ter quando algo não sair do jeito que ela desejou. E, acima de tudo, não devemos nos preocupar em agradar a todos somente para alimentar o nosso ego. Até porque, se for esse o caso, a única pessoa que iremos agradar somos nós mesmos.