Dizem que a vida começa aos 40! Você já deve ter ouvido falar nessa frase. Bom, antes de completar 40 anos eu achava que essa frase era simplesmente uma força de expressão, algo que não era verdadeiro. Até o dia em que eu acabei experimentando na pele a força de outra frase:
“Os provérbios são sempre chavões, até você experimentar a verdade contida neles.”
Essa frase, proferida pelo escritor inglês Aldous Huxley, talvez seja uma das que mais fazem sentido na minha vida. Quantas frases nós lemos e afirmamos para nós mesmos que caem como uma luva em nossas vidas? Pois é, foi o que aconteceu comigo; com a frase que afirma que a vida começa aos 40, eu experimentei a verdade contida nessa frase.
Em setembro de 2015, eu estava prestes a completar 40 anos de idade e muita coisa estava mudando (para melhor!). Eu havia começado a escrever o meu primeiro livro, os 50 textos. Estava começando a passar por uma transição profissional, que resultou na criação da minha empresa, a Ponte ao Futuro. E também estava decidido a colocar em prática alguns novos hábitos que, há muito tempo, havia prometido para mim mesmo que iria fazer, mas que não fazia.
Um desses hábitos, era começar a escrever! Eu já estava tecendo meu livro, mas queria produzir algo diferente; decidi começar a escrever textos sobre pessoas, carreira e liderança – que representam a essência do meu trabalho e do meu propósito de vida. Me impus uma meta bem audaciosa: escrever textos a fim de publicá-los semanalmente no meu perfil do Linkedin, no espaço reservado para artigos.
A gente sabe como essas coisas funcionam… É como ir na academia, começar a fazer a dieta ou aquele curso que a gente há muito vem adiando: tomamos a decisão, surge a empolgação e começamos a fazer aquilo que prometemos. Mergulhamos de cabeça, mas logo vem a rotina e a gente acaba desistindo no meio do caminho. Eu estava ciente disso e, mais do que ciente, estava determinado a continuar. Iria fazer com que esses textos fossem publicados semanalmente, conforme a promessa que tinha feito para mim mesmo!
A falta de tempo e as atribuições familiares, sociais e profissionais seriam grandes desafios para mim. Mas, corriam ao meu favor a minha capacidade de planejamento e organização, a minha promessa e o objetivo que eu tenho em mente com todos esses textos.
Foi assim, que em 22 de setembro de 2015, publiquei o primeiro texto. O título é “A importância do intangível para o sucesso do tangível (e vice-versa)”. Esse texto foi inspirado em algo semelhante que eu havia escrito para o meu livro.
Certamente o título desse texto deve ter afugentado os leitores, pois ele recebeu somente duas curtidas! Ainda bem que eu não meço o sucesso dos textos pelo número de curtidas, pois se fosse assim, teria desistido logo no início. Demorou mais de cinco meses de publicações contínuas para que eu conseguisse um texto que tivesse mais do que dez curtidas.
Mas, o melhor de tudo é que eu comecei. Postei o primeiro texto naquele dia de setembro de 2015 e, depois dele, muitos outros foram publicados até chegar a esse, o meu texto de número 200 no Linkedin. São quatro anos de disciplina, leitura, pesquisa e trabalho para fazer com que a cada final de semana eu compartilhe o meu texto no Linkedin.
Confesso que, às vezes, não estou inspirado para escrever. Por muitas vezes, era chegado o dia de postar o texto e eu não havia escrito sequer uma linha para publicar. Mas, nada disso me impediu de cumprir o planejamento e cumprir essa “resolução de ano-novo” que eu fiz quando estava prestes a completar 40 anos.
Muita gente tem me acompanhado desde então. E muitos querem saber porque eu continuo escrevendo esses textos, assim como querem saber o que eu ganho com isso. Outros querem saber o que eu tenho aprendido com esse empreendimento.
Acho que a resposta é justamente essa: o aprendizado!
Para escrever, é preciso ler. É preciso estar ligado no que acontece, prestar atenção em cada matéria, em cada conversa e em cada leitura. Pois, em todos os cantos é possível encontrar aprendizado e, é esse aprendizado, que me inspira a escrever. Cada texto é uma troca, e os feedbacks recebidos são o grande prêmio por todas essas publicações.
Também há pessoas que querem saber até quando irei publicar esses textos. Bom, para essa pergunta eu ainda não tenho resposta. A verdade, é que nos dias atuais está cada vez mais complicado de encontrar tempo para publicar os textos. Porque também tenho outros projetos que correm em paralelo: tem o blog da Ponte ao Futuro; tem o Coachitório Online – o podcast semanal sobre pessoas, carreira e liderança; as aulas na pós-graduação; o projeto do meu próximo livro… Isso sem falar na família, vida social e trabalho.
Mas, os textos continuarão! Sempre agradeço a Deus por me dar saúde para dar conta de todos estes projetos. E peço a Ele, que permita continuarmos juntos por, pelo menos, mais 200 textos.
Obrigado por me acompanhar nessa jornada!