Você já ouviu falar do ditado acima, não é? Mas, se você concorda com essa afirmação, cuidado: você pode estar alimentando fofocas!
A fofoca não diz respeito somente a falar mal de uma pessoa sem o conhecimento dela. A fofoca ocorre quando falamos sobre a vida alheia ou divulgamos fatos verdadeiros ou não de outra pessoa sem o consentimento delas. Não importa se você não tem a intenção de agredir ou difamar a outra pessoa, pois sempre que falamos da vida alheia sem o consentimento das pessoas envolvidas, estamos fazendo fofoca.
Agora que entendemos melhor o conceito de fofoca, talvez você deva estar pensando consigo mesmo: “- Puxa, é muito difícil não fazer fofoca!” E é mesmo! Eu tenho a mesma impressão, pois quase que diariamente falamos sobre histórias ou situações que envolvem a vida de outras pessoas, mesmo que seja de forma inofensiva ou até inconsciente.
Então, a pergunta que não quer calar é: somos fofoqueiros?
Apesar dos conceitos apresentados acima darem a entender que sim, eu creio que essa afirmação é muito forte. Não creio que sejamos fofoqueiros quando falamos sobre algo inofensivo ou até positivo sobre outra pessoa. Eu acho que fofoqueiro é aquele que, de forma intencional, adora espalhar notícias (verdadeiras ou não) sobre a vida dos outros.
Essa é a linha de raciocínio que o Workplace Boundaries Report 2019 segue ao apresentar os resultados de uma pesquisa feita com mais de mil pessoas nos EUA. A pesquisa mostra que 45% dos entrevistados acham que os colegas falam demais da vida dos outros no ambiente de trabalho. Outro dado aponta que 35% dos entrevistados acham que as conversas no ambiente de trabalho são muito informais e essa informalidade pode levar as pessoas a ter uma liberdade inadequada na forma como se comunica e relaciona com os outros.
A pesquisa mostra também que determinados comportamentos e atitudes que podem ser considerados adequados em um ambiente de trabalho podem não ser considerados adequados em outro. Principalmente no que diz respeito às conversas e à forma como nos comunicamos com as outras pessoas e sobre as outras pessoas.
É fundamental preservar a privacidade das pessoas, inclusive a nossa. Quando falamos da vida de outras pessoas estamos também abrindo a brecha para que as outras pessoas falem de nós. E, assim, vamos perpetuando a fofoca. Aliás, fica a dica: cada vez mais as empresas têm procurado evitar a contratação e a promoção de pessoas que são reconhecidamente fofoqueiras. Além de ser prejudicial para as vítimas do falatório, a fofoca é extremamente prejudicial para quem a faz.