• 7ª Temporada
  • Grandes Lições em Pequenas Frases II

  • Estamos começando uma nova temporada do Coachitório Online! A temática de uma temporada do podcast tem a ver com simbolismos e com metáforas. Tem a ver com encontrar uma forma de falar com o lado emocional das pessoas, pois assim elas se conectam e absorvem mais facilmente aquilo que o lado racional quer aprender e processar. Com esta temporada não será diferente! E a boa notícia é que vamos fazer uma releitura do tema da segunda temporada. Isso mesmo! A nova temporada do Coachitório Online irá trazer episódios que contam grandes lições em pequenas frases.

  • Ouça todos os episódios desta temporada!

197 – Victor Hugo e a Iniciativa

Quando dizemos que é preciso dar o primeiro passo, estamos usando a simbologia de uma caminhada a ser feita se desejamos sair do estado atual para chegar a algum lugar. A metáfora da caminhada é perfeita para explicar o movimento e as ações necessárias para que a gente faça as coisas acontecerem. A iniciativa é algo essencial à vida! E podemos afirmar sem medo de errar que todos os avanços científicos e tecnológicos, que atravessam os tempos, somente foram realizados porque alguém teve a iniciativa de pesquisar, tentar e errar até encontrar o que desejava, até conseguir fazer o que queria.

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Transcrição do episódio "197 – Victor Hugo e a Iniciativa"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

Vamos falar de:

INICIATIVA

Iniciativa é fazermos o que é certo sem precisar que alguém nos diga para fazermos.

Dar o primeiro passo! Essa foi a expressão que surgiu várias vezes quando eu estava procurando por sinônimos para a palavra iniciativa. E achei muito legal fazer uma conexão entre iniciativa e dar o primeiro passo. Quando dizemos que é preciso dar o primeiro passo, estamos usando a simbologia de uma caminhada, de um trajeto a ser percorrido se desejamos sair do estado atual para chegar a algum lugar. A metáfora da caminhada é perfeita para explicar o movimento e as ações necessárias para que a gente faça as coisas acontecerem.

A iniciativa é algo essencial à vida e podemos afirmar sem medo de errar que todos os avanços científicos e tecnológicos que atravessam os tempos somente foram realizados porque alguém teve a iniciativa de pesquisar, tentar e errar até encontrar o que desejava, até conseguir fazer o que queria. Podemos ir mais longe e afirmar que somente nascemos porque em algum momento nossos pais tiveram a iniciativa de se unirem para constituir uma família. 

Além de tudo isso, se prestarmos bem atenção vamos ver que os livros de História que estudamos na escola estão recheados de exemplos de iniciativa. Grandes revoluções que aconteceram foram, em sua maioria, frutos da iniciativa de pouquíssimas pessoas que decidiram agir em prol de algo que acreditavam. Sua iniciativa contagiou outras pessoas e logo aquelas simples ideias se transformaram em movimentos importantes que mudaram o rumo da história de diversos povos e países.

Mas apesar de ser algo tão básico e essencial para a vida, a iniciativa é uma característica admirada e desejada para as nossas carreiras pelo simples fato de que está difícil de encontrá-la nos dias de hoje. Já tem bastante tempo que a iniciativa no trabalho é comentada no campo da Administração. Frederick Taylor escreveu há mais de um século que a melhor empresa é aquela em que o trabalhador tem iniciativa e em compensação recebe incentivos do patrão. Essa simples frase foi o gatilho para que Henry Ford, outra figura importante para a história da Administração, usasse este conceito para premiar de forma significativa todo e qualquer funcionário que trouxesse boas ideias e que tivesse a iniciativa de propor algo diferente e melhor para o processo.

Estamos falando de proatividade, que é o comportamento de antecipação e de responsabilização pelas próprias escolhas e ações frente às situações impostas pelo meio. Veja que o conceito de proatividade traz consigo a questão de se antecipar e de se responsabilizar e eu quero destacar a questão da responsabilidade porque talvez essa palavra seja a chave para discutirmos porque a iniciativa seja algo tão desejado e cada vez mais raro no mercado de trabalho.

Iniciativa, criatividade, ousadia e responsabilidade são quatro qualidades humanas cada vez mais desejadas e que, se aplicadas em conjuntos, são identificadas pelo nome de empreendedorismo. Para Henri Fayol, que é outro grande nome da Administração, a iniciativa é uma qualidade moral, sobretudo quando ela está ligada à coragem de aceitar as responsabilidades que vêm junto quando temos a iniciativa para fazer algo. Ele afirmava que a responsabilidade é temida pelas pessoas na mesma proporção que elas desejam autoridade. O temor das responsabilidades paralisa muitas iniciativas e destrói muitas qualidades. 

Quando me dei conta de que iniciativa e responsabilidade andam de mãos dadas, imediatamente lembrei que a responsabilidade já foi tema de um episódio muito antigo do Coachitório Online. Foi lá no episódio #8 que falamos sobre a importância de responsabilizar-se por tudo aquilo que é seu ou que você deseja realizar. E começou a fazer sentido pensar que o peso da responsabilidade acaba paralisando as pessoas. Em outras palavras, me parece fazer sentido dizer que a vontade de alcançar os objetivos, de fazer coisas diferentes ou de colocar em prática as ideias que surgem ainda permanecem. Mas o que está faltando é a vontade de se responsabilizar pelas ações e pelas consequências da nossa iniciativa.

É uma pena pensar que a carência de pessoas com iniciativa se explica por conta do medo de assumir responsabilidades. Mas será que é só medo? Será que a falta de iniciativa pode ser explicada também pela preguiça, pela falta de competência ou pelo conformismo? Eu acredito que sim! Acredito que há muitas pessoas com falta de iniciativa porque estão conformadas com seu estado atual. Para elas, está tudo bem e preferem não fazer força para sair do lugar em que estão. Também há aqueles que não têm iniciativa porque sequer têm ideia do que podem fazer, de como começar, de como continuar. Fruto da falta de estudo e de desenvolvimento pessoal e profissional.

OK, é um direito de cada um. Não podemos forçar a iniciativa. Mas a pergunta que faço é: como ficam sua vida e sua carreira? Vai simplesmente deixar assim, vai navegar ao sabor do vento e vai esperar que alguém faça as coisas por você? Infelizmente, para estes a resposta é sim. E eu também me pergunto: como ficam as empresas? Você já parou para pensar o impacto que a falta de iniciativa causa para as empresas? Talvez eu tenha um pedacinho da resposta para estas perguntas.

Diariamente estou nas empresas, trabalhando com consultoria, fazendo treinamentos e trabalhando no desenvolvimento de lideranças e equipes por meio de uma metodologia que une a Administração com a parte comportamental do ser humano. E tenho visto cada vez mais que uma das vulnerabilidades mais significativas para as empresas é a falta de crescimento profissional. Ou melhor, a falta de vontade das pessoas crescerem pessoal e profissionalmente. O ser humano está se tornando um gargalo gigantesco para as empresas porque, além de falta mão-de-obra minimamente especializada, faltam pessoas proativas para assumirem os projetos, as metas e as oportunidades que existem nas organizações.

Aliás, pensando bem talvez seja correto afirmar que a falta de mão-de-obra acaba gerando a percepção de que não é preciso caprichar tanto, não é preciso estudar e não é necessário fazer tanta força para manter o emprego. Com isso, muito se questionam se precisam mesmo sair da zona de conforto e terem a iniciativa de fazer algo diferente para si, suas carreiras e empresas em que trabalham. E as empresas sofrem as consequências dessa atitude porque faltam pessoas com força de vontade para pensar, executar, ter iniciativa e assumir responsabilidade.

Com isso, a falta de iniciativa, o medo da responsabilidade e a falta de vontade de dar o primeiro passo, sair da zona de conforto e assumir novos desafios podem atrasar o crescimento de uma empresa. Podem fazer com que elas percam oportunidades e podem fazer com que muitas fiquem em sérios problemas. Essa atitude faz com que essa mão-de-obra seja cada vez mais visada para ser substituída por automação e tecnologia. É uma mão-de-obra que logo se tornará um commodity. Sem querer ser alarmista, digo que esse tipo de atitude pode fazer com que toda uma nação entre em crise. Não é um problema local, e sim muito maior do que imaginamos.

Só que as empresas precisam fazer um mea culpa no que diz respeito à falta de iniciativa das pessoas. A falta de iniciativa nas organizações pode existir porque há medo de errar ou de fazer algo que não devia. O nome disso é insegurança, que às vezes é provocada por uma gestão centralizadora e altamente crítica. A cultura de feedback agressivo ou pouco construtivo alimenta esta atitude. Isso resulta em pessoas que não tomam decisões sem perguntar porque têm medo de errar.

Max Weber, outra importante figura da Administração, afirmava que o controle burocrático excessivo pode impedir a iniciativa individual, ou seja, quando engessamos ou burocratizamos as coisas de forma exagerada podemos estar inibindo a iniciativa das pessoas para fazer algo bom, algo novo. Embora tenha feito esse comentário há mais de cem anos, Weber foi muito preciso no que falou porque hoje ainda enxergamos organizações que são paralisadas pela burocracia, ou seja, empresas em que o foco principal é o controle de processos e pessoas. E pior: há aqueles líderes que não sabem lidar bem com a iniciativa de algumas pessoas e fazem questão de jogar um balde de água fria nas pessoas que dão ideias, que propõem o novo e que têm a iniciativa e a disposição para encarar coisas novas. Talvez esse tipo de líder aja assim porque tem medo de perder o lugar. Vai saber!

Fala, galera do Coachitório Online. 

As pessoas que têm iniciativa em geral fazem as coisas acontecerem, criam soluções para os problemas, são capazes de se anteciparem aos fatos. Esse era o perfil de Victor Hugo, escritor, poeta e estadista francês que viveu no século 19 e que foi o autor da frase que dá título a este episódio. Victor Hugo foi um exemplo de iniciativa, porque viveu em uma época de mudanças políticas importantes na França e nunca deixou de assumir sua responsabilidade, o seu papel no que acontecia. Além de ser um bom político, foi um excelente escritor. Era um talento precoce, que aos 15 anos de idade já ganhava um prêmio da Academia Francesa de Letras por um de seus poemas.

Mas eu quero ouvir você. Que atitudes você precisa tomar para você alcançar o que deseja? Que iniciativa lhe falta? Ficarei feliz em receber o seu comentário. E aproveito para lembrar que você pode participar ativamente dessa temporada. Diga que frase ou personalidade você quer ver aqui no Coachitório Online. Deixe a sua mensagem e as suas sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br  

Também quero te convidar a conhecer a Jornada! É um processo que nós desenvolvemos para promover o seu crescimento pessoal e profissional por meio da metodologia e das ferramentas do Coaching. Tudo isso online! E o melhor de tudo: todo esse processo será conduzido pelo melhor Coach que você já conheceu: você! Conheça a Jornada e seja Coach de si mesmo! Para ter mais informações sobre a Jornada, é só clicar no link deste post.

Encontro você no próximo episódio! Um abraço!