185 – Henry Ford e as Crenças

Transcrição do episódio "185 – Henry Ford e as Crenças"

Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.

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Vamos falar de:

CRENÇAS

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Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.

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Essa frase é uma das grandes verdades universais. É praticamente uma lei cósmica e acreditar na mensagem contida nesta frase é, por si só, um grande desafio à nossa mente cartesiana, limitada e por muitas vezes racional demais. Lições parecidas com a que está escrita nesta frase foram ensinadas por grandes personalidades ao longo da história. Vários sábios da antiguidade nos ensinavam sobre o poder da crença ou da fé. Na era mais contemporânea, pessoas iluminadas como Napoleon Hill e Walt Disney nos alertaram que a riqueza e o sucesso começam sob a forma de um pensamento. E eu acredito muito nisso.

A frase que dá título a este episódio foi proferida por Henry Ford, um dos maiores empresários da história. Muito mais do que empresário, Ford foi uma das pessoas mais visionárias da sua época. Tanto é que a segunda Revolução Industrial aconteceu graças a sua visão e atitude de quebrar o paradigma que dominava a indústria automotiva do começo do século passado. Aliás, diga-se de passagem, Henry Ford teve que quebrar seu próprio paradigma e mudar radicalmente a forma como a sua empresa montava automóveis. Ele se baseou nos postulados das teorias da Administração que começavam a ganhar corpo na sua época. Ele estudou, viu a oportunidade e acreditou que daria certo. Assim o fez. Deu certo e o mundo todo o copiou e até hoje nós trabalhamos de acordo com o que Henry Ford estabeleceu mais de cem anos atrás.

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O início do século passado foi uma época de grandes conquistas para a humanidade. O avanço da energia elétrica, a invenção do avião e adoção da linha de montagem mudaram de tal forma a vida das pessoas que esses e outros eventos marcaram o início da segunda Revolução Industrial. Para nós é difícil imaginar como teria sido a vida naquela época. Mais difícil ainda é acreditar que o que aconteceu no começo do século passado foi revolucionário. Mas foi. Invenções e avanços científicos diversos fizeram com que houvesse a impressão que nada mais havia para ser criado. Aliás, essa não era só uma impressão, pois naquela época ficou famosa a frase de Charles Duell, que era Diretor do Departamento de Patentes dos EUA. Ele teria dito que “tudo o que poderia ter sido inventado, já foi inventado”. Logo ele, um homem culto e que ocupava o maior posto da agência que registrava as invenções e suas patentes, tinha uma crença limitante muito grande acerca do que já tinha visto e do que estava por vir.

Mas a culpa não era dele. Essa era meio que uma visão dominante da sociedade da época, que pouco estudava e tinha muito menos acesso ao conhecimento em relação ao que temos hoje em dia. Só que ainda há outras molduras que são usadas para nos enquadrar. Historicamente, nossas crenças judaico-cristãs nos levaram a acreditar que nós somos seres inteligentes e criados por meio de um processo diferente e totalmente distinto daqueles utilizados para plantas e animais. Isso nos faz sentir superiores em relação a todas as formas de vida menos inteligentes, especialmente os organismos que se encontram em posições menos elevadas da cadeia evolutiva. Essa já é uma grande crença limitante, pois nos faz acreditar que somos melhores que o restante da natureza e que vivemos à parte dela.

Só que eu quero abordar o tema das crenças no sentido de tentar entender como elas se manifestam e o impacto delas em nossas vidas. Embora seja desejável esperar que as pessoas tomem decisões em função dos fatos e não em função de suas crenças e valores, não é isso o que acontece. Normalmente, são as crenças que determinam nossas atitudes. A lógica não considera se as crenças são verdadeiras ou não. O contrário é verdadeiro: os melhores sinais que recebemos dos verdadeiros sentimentos e crenças das pessoas resultam mais de nossas ações do que de nossas palavras.

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Seria correto dizer, então, que somos “reféns” de nossas crenças? Que todos nossos pensamentos, palavras e ações são moldados a partir das nossas crenças? Eu acredito que sim. Mas eu não vejo isso como uma sentença ou algo negativo, pois basta ver que a mente do ser humano não tem limites. Nossa capacidade criativa e imaginativa é gigante. Qualquer coisa é possível neste mundo, desde que sua mente queira. A mente é capaz de verdadeiros milagres. Mas nossas obras, nossos resultados, dependerão muito da qualidade das nossas crenças. Ao declararmos as crenças sobre quem somos, o que temos e o que não temos, o que deveríamos ser e o que não deveríamos ser, damos vida para as maiores alegrias, mas também para os nossos momentos mais difíceis. 

Temos capacidade para criar propositadamente as condições que irão definir a possibilidade de nossa escolha na realidade de nossa vida. Assim, para mudarmos o mundo ao nosso redor, devemos alterar os programas que são inteligíveis para a realidade: os sentimentos, as emoções e as crenças. A mente subconsciente irá produzir no equivalente físico, pelos meios mais diretos e práticos disponíveis, qualquer ordem que lhe seja dada no estado de crença, ou fé, em que ela será obedecida. Os comportamentos e crenças que aprendemos de nossos pais, colegas e professores podem não ser os mesmos que imaginamos para a nossa vida usando a mente consciente. Os maiores obstáculos para alcançarmos o sucesso que almejamos são as limitações programadas em nosso subconsciente. Seria como dizer que nossas crenças comandam nossa existência. Elas agem como filtros de uma câmera. E nossa biologia se adapta a elas.

Bom, eu já comentei que acredito muito na verdade contida nessas palavras. Acredito muito que criamos o mundo ao nosso redor a partir do que pensamos, falamos e fazemos e a qualidade das nossas crenças irão determinar a qualidade de nossos pensamentos e atitudes. Quer dizer, então, que se pensarmos de forma positiva e abundante, o universo irá simplesmente conspirar a nosso favor e nos entregar de mão beijada tudo o que desejamos? Seria mais ou menos como naquele livro e filme “O Segredo”, em que basta mentalizar as coisas que elas simplesmente acontecem? Confesso que não sei se é bem assim. Tenho minhas dúvidas. E é por isso que eu me proponho a tentar entender como isso funciona.

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O primeiro ponto é que para mim não se trata de algo tão sobrenatural quanto muitos pensam. Para mim o processo é simples: as coisas em que acreditamos funcionam como cercas, que delimitam o espaço em que podemos pensar e agir. Se pensarmos de forma pequena, simples, vitimista ou com baixa auto-estima, dificilmente iremos enxergar as possibilidades que existem. Aliás, dificilmente elas surgirão, porque pessoas que pensam de forma abundante e positiva tendem a se afastar daqueles que são negativos ou pessimistas. Esse é o primeiro ponto, para mim o mais relevante e o que mais faz sentido.

O outro ponto tem a ver com acreditar na importância de falar e agir de acordo com os pensamentos e com os objetivos que temos em mente. Não basta somente pensar de forma positiva ou mentalizar coisas boas. É preciso que nossas palavras sejam tão boas quanto nossos pensamentos. É preciso que nossas ações derivem de pensamentos e palavras de qualidade. A pessoa cujas crenças, palavras e ações não condizem é vista como confusa, hipócrita e até mentalmente doente. Por outro lado, um alto grau de coerência costuma estar associado a força pessoal e intelectual. Uma forma positiva de pensar e de ver a vida irá nos aproximar de boas oportunidades e de pessoas dispostas a ajudar, mas temos que estar atentos e arregaçar as mangas quando essas oportunidades surgirem.

E um terceiro ponto que considero de fundamental importância é perceber que há pessoas ao seu redor que podem estar precisando, nesse momento, da mesma ajuda ou da mesma oportunidade que chegou até você tempos atrás. A vida é cíclica e as coisas vêm e vão. Às vezes grandes oportunidades nos são dadas só para que sejamos testados a fim de ver se temos a capacidade de lembrar que, futuramente, seremos nós os portadores do apoio e da oportunidade que outras pessoas precisam.

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Fala, galera do Coachitório Online. 

Esse tema é muito amplo. É tarefa complexa entender como as crenças explicam nossa forma de pensar e agir sobre o mundo e como elas explicam o resultado que temos alcançado até então. Mas eu devo dizer que sou prova viva de que isso funciona, tanto para o lado negativo quanto positivo. Felizmente, no meu caso, muito mais positivo do que negativo. Esse podcast, os meus estudos, a minha empresa, minha vida pessoal e várias outras coisas que aconteceram e estão acontecendo na minha vida são frutos dos meus pensamentos, palavras e ações que, por sua vez, têm a ver com minhas crenças. Confesso que a parte mais difícil tem sido dominar e analisar minhas crenças. Já precisei romper com muitos paradigmas ligados à minha educação e minhas origens. Já precisei me afastar de pessoas e fatos negativos. Não é fácil. 

Mas eu quero ouvir você! Você já reparou no quanto as suas crenças são moldadas pelas pessoas com quem você convive e pelo ambiente ao seu redor? Você já viu o quanto isso faz sentido para a sua vida, o quanto isso te expande ou te limita? Ficarei feliz em receber o seu comentário.

E aproveito para lembrar que você pode participar ativamente dessa temporada. Diga que frase ou personalidade você quer ver aqui no Coachitório Online. Deixe a sua mensagem e também as suas sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br  

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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!