Transcrição do episódio "187 – Harry Potter e as Escolhas"
Olá, pessoal! Meu nome é Fabiano Goldacker. Sou Coach Executivo da Ponte ao Futuro.
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Vamos falar de:
ESCOLHAS
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Não são as nossas habilidades que mostram o que realmente somos. São nossas escolhas.
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A exemplo do que fizemos lá no episódio #183, a frase que dá título ao episódio de hoje não é de um autor famoso, mas sim de um filme famoso. Ou melhor, de uma série de livros e filmes que têm milhões de fãs no mundo todo. A frase em questão foi falada por Harry Potter, no filme Harry Potter e a Câmara Secreta, que é o segundo da extensa e bem-sucedida lista de filmes que contam as aventuras do bruxinho de Hogwarts. Eu fui introduzido no universo de Harry Potter por minhas filhas, que leram todos os livros e fizeram questão de que eu estivesse junto delas para assistir a todos os filmes da franquia.
Os filmes desta saga fazem parte daquela lista de produções que, em um primeiro olhar, você imagina que são dedicadas somente ao público infantil. Mas ao olhar atentamente, você percebe quantas lições de vida e quantas reflexões profundas e filosóficas essas histórias nos trazem. Sem querer comparar, mas já comparando, Harry Potter é, para mim, semelhante a outro livro histórico e emblemático: O Pequeno Príncipe. Ambos trazem o protagonismo de crianças ou adolescentes que nos ensinam importantes lições de vida.
Na frase que dá título a este episódio, Harry Potter nos alerta sobre o poder das nossas escolhas. Ao falar sobre os poderes que cada um dos bruxos que frequenta Hogwarts tem em suas mãos, fica claro que uma lição mais importante é saber como cada um pode e deve usar seus poderes. Mais importante ainda, é saber que cada bruxo não pode ser definido pelo poder que ostenta, mas pela forma como escolhe usar este poder. Para o bem ou para o mal.
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As tradições espirituais antigas nos lembram de que, em todos os momentos de cada dia, fazemos escolhas que são afirmativas ou negativas para nossa vida. Nosso estilo de vida pode até ser rotulado pela roupa que usamos, pela nossa casa, nosso carro, o que estudamos e até o jeito que falamos. Na realidade, essas coisas não representam nosso estilo de vida ou necessariamente quem nós somos. São apenas símbolos de algo muito mais poderoso que está presente em cada momento das nossas vidas: as nossas escolhas. Temos capacidade para criar propositadamente as condições da consciência (pensamentos, sentimentos e crenças) que irão determinar a possibilidade de nossa escolha na realidade de nossa vida. Assim, eu penso que é correto dizer que nosso estilo de vida é uma coleção de pequenas escolhas que cada um de nós faz diariamente.
Quem acompanha o nosso podcast sobre pessoas, carreira e liderança já deve ter me ouvido falar sobre uma das coisas mais belas que a vida nos oferece, que é a oportunidade aprendermos com as coisas que nos acontecem. Cada pessoa tem a oportunidade de colocar seu julgamento em ação e observar as consequências de seu comportamento e das suas escolhas e talvez esta seja uma das poucas coisas que torna a humanidade tão igual, pois a capacidade de observamos a consequência de nossas escolhas e aprendermos com elas é inerente ao ser humano. Somos livres para fazer escolhas, mas nem sempre somos livres para escolher as consequências de nossas escolhas, apenas aprender com elas.
Gosto muito dessa ideia. Gosto de pensar que muitas vezes fazemos escolhas que nos tiram do caminho correto e que muitas vezes a própria vida – e não nós mesmos – se encaminha de nos recolocar nos trilhos do nosso verdadeiro destino. Assim, quando algo dá errado, tendem a rejeitar críticas e a colocar a culpa em outros. Ou seja, reduzem a sua capacidade de aprender logo quando dela mais precisam.
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É importante refletir bem sobre isso, pois a jornada da vida seja algo individual, nunca estamos sozinhos na caminhada. Olhe ao seu redor e veja quantas pessoas te influenciam e são influenciadas por você. Por mais que muitos tentem, não dá para viver como se estivesse em uma ilha deserta. Esse é outro ponto em que acredito muito e que eu procuro sempre lembrar diante de cada momento de escolha: o que eu penso, falo ou faço tem o poder de influenciar as pessoas que estão ao meu redor. Da mesma forma, o que as pessoas pensam, falam e fazem também têm o poder de me influenciar. Por isso, é preciso estarmos atentos sobre os efeitos que causamos nas pessoas e os efeitos que causamos nelas.
Nós exercemos influência e impacto nas pessoas e nos grupos de que participamos e podemos escolher influenciá-los de forma positiva ou negativa. Todos nós deixamos uma marca nos outros. Significa dizer que escolher a sobrevivência pessoal no curto prazo, em detrimento da responsabilidade coletiva no longo prazo, talvez não seja a melhor escolha. Em outras palavras, colocar os interesses pessoais acima dos interesses coletivos parece fazer muito sentido, mas há que se cuidar para que isso não resulte em egoísmo e falta de empatia para com o próximo. Ter empatia não significa simpatizar com as pessoas, concordar com elas, nem consertar as coisas para elas. Mas escutar procurando compreender e ajudar no que for possível.
Tem outro ponto que eu acho interessante nesse emaranhado complexo que é a vida humana. Você já parou para pensar que nessa relação entre influenciar e ser influenciado pelas escolhas, as escolhas de cada pessoa se combinam, se unem, e acabam formando a realidade coletiva na qual vivemos? Parece até que, diante disso, minhas escolhas individuais são muito insignificantes diante da vastidão e da complexidade de um mundo formado pela soma das escolhas de todas as pessoas. Por outro lado, parece também aumentar a responsabilidade que tenho sobre minhas escolhas, pois elas estarão fazendo uma parte – ainda que pequena – dessa aparente equação matemática que ajuda a formar o mundo. Parece até meio coisa de maluco pensar desta forma, parece algo muito distante de nós, mas o fato é que até isso podemos escolher. Podemos escolher acreditar nisso e podemos escolher como reagir à maioria dos sinais do ambiente e até se vamos ou não reagir a eles.
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Só que o ouvinte do Coachitório Online me conhece e sabe que eu sou daqueles que acredita que um olhar para o passado ajuda a entender o presente e moldar o caminho para o futuro. Acredito que muitas coisas na vida são cíclicas, ou seja, há eventos que se repetem para que a gente tenha a oportunidade de fazer escolhas novas, diferentes e melhores daquelas que já fizemos. É o livre-arbítrio funcionando. Eu acredito nisso porque uma análise do passado deixa claro que a escolha do caminho para o futuro não é só questão de entender as equações científicas, mas também de fazer escolhas acertadas e que fazem sentido.
A tecnologia pode nos ajudar. Ao invés de limitar a nossa individualidade, pode multiplicar as nossas escolhas – e nossa liberdade – de forma exponencial, pois chega o momento em que a escolha, em vez de libertar o indivíduo, torna-se tão complexa, tão difícil e tão custosa que se transforma no oposto, ou seja, nos aprisiona ou nos deixa paralisados diante de importantes momentos de decisão. Por isso que é importante estarmos com a bússola ajustada, pois uma vez que tenhamos nosso senso de direção bem definido, precisamos nos organizar, fazer as malas, ficar motivados e seguir em frente. Este processo traz novas informações e nos permite fazer escolhas, progredir, crescer e avançar em nosso caminho.
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Fala, galera do Coachitório Online.
Não somos bruxos de Hogwarts, mas temos artefatos mágicos ou superpoderes que nos diferenciam dos demais. Quero dizer, alguns têm seus amuletos ou objetos de estimação que conferem para si uma segurança e até uma força interna muito grande. Conheço muita gente que tem esses “objetos mágicos”, assim como conheço muita gente dotada de poderes que podem impressionar, pois têm a magia de mudar o ambiente ao seu redor e influenciar positivamente as pessoas para que elas também se superem e façam o seu melhor. O grande “xis” da questão é lembrarmos sempre de usar nossos artefatos mágicos e superpoderes para fazermos o bem e evoluirmos, pois, para mim, é isso que importa.
Mas eu quero ouvir você! Qual é o seu superpoder? Ficarei feliz em receber o seu comentário. E aproveito para lembrar que você pode participar ativamente dessa temporada. Diga que frase ou personalidade você quer ver aqui no Coachitório Online. Deixe a sua mensagem e também as suas sugestões e opiniões nas nossas redes sociais. Se preferir, pode escrever para fabiano@ponteaofuturo.com.br
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Encontro você no próximo episódio! Um abraço!