Há muito tempo o filósofo alemão Friedrich Nietzsche falou: se você tem um motivo para viver, é capaz de tolerar praticamente qualquer coisa. Uma vida cheia de sentido pode ser extremamente gratificante mesmo em meio a adversidades, ao passo que uma vida sem sentido é um suplício terrível, independentemente, de ser repleta de conforto.
Nietzsche era polêmico. Sempre foi. Muitos consideram a sua obra um tanto fatalista e negativa, o que não deixa de ser verdade, porque Nietzsche se encarregou de tocar em muitos assuntos que eram grandes tabus. Mas, a frase do parágrafo anterior mostra a essência do pensamento e da filosofia de Nietzsche: mostra o fracasso de uma Sociedade muito centrada em aspectos materiais, que se distanciava cada vez mais do sentido da vida, do senso de pertencimento e do propósito.
Embora Nietzsche tenha feito essa afirmação há mais de um século, esse tema é muito atual. Hoje em dia esse assunto é cada vez mais forte e urgente para a vida e a carreira, porque é cada vez maior o número de pessoas que querem viver uma vida com um propósito claro; até porque, fomos educados/doutrinados a concordar que todos temos um papel a desempenhar no mundo e que a nossa existência tem um propósito.
É nesse momento que muita gente me pergunta o que pode ser feito para encontrar esse propósito. Em muitos casos, a pergunta até vem carregada de preocupação e angústia, porque querem ter certeza de que estão fazendo coisas que têm sentido e que estão contribuindo positivamente para a humanidade. E eu acho que a resposta é justamente essa: fazer algo positivo para as pessoas. Ser uma boa pessoa para as outras pessoas é um propósito muito nobre, algo que dá muito sentido à vida.
Digo isso porque para ser uma boa pessoa para as outras pessoas não requer esforço. É muito fácil. Basta ser educado, prestativo, atencioso e amoroso. Essas atitudes independem da quantidade de diplomas ou dinheiro que a gente tem. Basta ter boa vontade. E o melhor de tudo é que a gente pode começar a fazer isso agora, no momento presente, o que anula a ansiedade gerada por uma sensação de felicidade baseada em expectativas futuras.
Explico melhor: muita gente acredita que o sentido da vida está sempre lá na frente. Muitos acreditam que a felicidade está em algum momento no futuro. Essa expectativa faz com que a gente perca o foco daquilo que podemos fazer agora e, por isso, muita gente se pergunta qual é o seu propósito e quais são os seus reais motivos para viver.
Pensando bem, acho que a questão é bem simples. Como dizia Nietzsche, estar vivo é o motivo!