vários tipos de livros. Há livros de gestão, de Coaching, de autoajuda, de romance e de liderança. Há livros que conseguem trazer todo esse conteúdo de uma só vez em suas páginas. É bem verdade que esse tipo de livro é difícil de achar. Mas eles existem.

Um deles é o livro “A Meta: um processo de melhoria contínua”. Publicado no início dos anos 1980 pelo físico israelense Elyahu Goldratt, este livro ficou célebre por explicar todos os estudos que o autor realizou em torno da Teoria das Restrições, que trata de algo que existe em todas as organizações: os gargalos.

O gargalo é aquela fase do processo em que o trabalho começa a afunilar e a ficar lento. É como o trânsito em uma rodovia, pois quando há muitos carros fatalmente irá faltar espaço e a velocidade começará a se reduzir e, eventualmente, a parar.

No meio organizacional, o gargalo fica evidente quando notamos o desequilíbrio entre as fases do processo, gerando acúmulo de atividade num ponto do processo e ociosidade em outras.

Só que a primeira coisa que faz com que o livro chame a nossa atenção é o seu próprio título: A Meta! Ao ler o título, ficamos instigados em saber qual é, afinal de contas, a meta. E o autor deixa claro que a única meta que importa é o lucro! Sim, pois empresas que não têm lucro não prosperam e estão fadadas a fechar suas portas.

O autor defende essa ideia com muita propriedade, deixando de lado uma visão capitalista ou material que muitas pessoas poderiam ter a respeito deste pensamento. Só que deixa claro, também, que o lucro é a consequência de vários pontos que as empresas devem atender.

E é justamente esse o ponto principal do livro. Apresentar a Teoria das Restrições como uma forma de aumentar produtividade e gerar resultado.

Mas a grande sacada que o autor teve ao escrever este livro foi apresentar ao leitor a Teoria das Restrições de uma forma inesperada. Lembra do início deste texto, que diz que há livros que unem vários enredos numa só obra? Pois bem, Elyahu Goldratt conseguiu fazer isto em A Meta.

Por incrível que pareça, ele escreveu um romance. O autor desenvolveu toda uma história, com personagens, empresas e problemas fictícios (embora muito próximos da nossa realidade).

O objetivo é ilustrar, na prática, os desafios que o personagem principal do livro – um gerente de fábrica chamado Alex – deve enfrentar para melhorar a produtividade e a lucratividade da empresa em que trabalha, sob pena de perder seu emprego e assim colocar em crise o seu casamento.

Alex enfrenta os desafios auxiliado por Jonah, um professor que Alex conheceu há muito tempo e com quem ele volta a ter contato.

A Meta é um livro de gestão, pois nos apresenta e explica um fenômeno presente em todas as organizações, além de nos ensinar uma forma de resolvermos os problemas gerados pelos gargalos.

Também é um livro de Coaching, pois as conversas entre Alex e Jonah mostram o quanto é importante ser assistido num momento em que você precisa de foco para aplicar ações a fim de alcançar um objetivo.

É um livro de liderança, pois Alex sabe que não conseguirá nada sozinho e que irá precisar contar com o auxílio de sua equipe.

É um livro de autoajuda porque a mensagem do livro faz muito sentido quando constatamos que esses problemas se fazem presentes no nosso dia-a-dia.

É por essas e outras que eu recomendo a leitura desse livro. Pela criatividade do autor e pela importância do seu conteúdo.

 

FICHA CATALOGRÁFICA:

GOLDRATT, Elyahu. A meta: um processo de melhoria contínua. São Paulo: Nobel, 1994.

 

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