As empresas são organismos vivos. Tal como o ser humano, as empresas nascem, crescem, se desenvolvem e eventualmente perecem.

E assim como os seres humanos, as empresas adotam e desenvolvem um conjunto de valores e princípios básicos dos quais não abrem a mão. Chamamos esse conjunto de valores de propósitos ou cultura organizacional.

Só que as empresas somente vibram e pulsam porque dentro delas há pessoas que fazem com que isso aconteça. Sem as pessoas, as empresas não passariam de um conjunto de paredes, máquinas, computadores e material que não têm forma e sentido. E todos esses recursos inevitavelmente serão moldados com a inspiração e orientação da cultura organizacional.

Só que as pessoas mudam ao longo dos anos. Hoje em dia é muito comum ver pessoas que dão grandes guinadas em suas vidas e suas carreiras.

E essa mudança não tem a ver somente com o que se passa no ambiente externo das pessoas, mas principalmente com o que se passa no seu interior. São pessoas que se reinventam e recomeçam ou que continuam a sua evolução enquanto seres humanos. Essa é uma mudança de cultura!

Já que é possível que essa mudança se processe no íntimo de uma pessoa, por que não acreditar que a cultura organizacional também pode mudar ao longo do tempo?

Aliás, por que não dizer que a mudança da cultura organizacional é necessária para a contínua evolução – e até sobrevivência – da empresa, assim como é para as pessoas?

É por isso que gosto de dizer que a mudança de cultura organizacional é um processo possível, viável e muitas vezes necessário para enfrentar algumas crises ou para levar a organização para um patamar mais elevado.

Mas é importante frisar que a mudança de cultura organizacional não diz respeito a rasgar ou deixar de dar valor à cultura organizacional que prevalece até então.

A mudança de cultura organizacional não diz respeito a abandonar o conjunto de valores que dão norte à organização, pois foram eles que trouxeram a empresa até o momento atual.

A mudança de cultura organizacional diz respeito a acolher as competências que as novas gerações trazem e o que o mercado entende como sendo mais congruente e adequado com o produto ou serviço que a empresa vende.

Em outras palavras, o conjunto de ferramentas, comportamentos e atitudes que sempre foram produtivos para a organização talvez não sejam mais aceitos pelo mercado e, pior ainda, talvez não sirvam mais como fator de atração e retenção das pessoas. Por um simples motivo: as pessoas estão cada vez mais procurando trabalhos que lhes façam sentido.

O ser humano cresce, se desenvolve e eventualmente muda o rumo da sua vida e evolui muito com isso. Da mesma forma, acredito que as empresas podem mudar sua cultura organizacional para que suas velas estejam sempre ajustadas aos ventos que sopram.

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