Ensinar e aprender são dois verbos que andam de mãos dadas. E o verbo ensinar, somente tem sucesso, quando também tiver sucesso o verbo aprender. É como o processo de comunicação: a comunicação somente será efetiva se a pessoa que recebe a mensagem entender o que está sendo dito.

Na realidade, a essência do ensino está no processo de comunicação; quanto mais eficaz for o processo de comunicação utilizado quando ensinamos algo, mais fácil será o aprendizado. Mas, há também o outro lado da moeda: para que ocorra a aprendizagem, é fundamental que a pessoa que está recebendo os ensinamentos esteja disposta a aprender. É muito importante que ela esteja aberta às lições, com curiosidade para fazer perguntas e a fim de evoluir.

O mesmo serve para o processo de comunicação, pois tão importante quanto a clareza da mensagem, é a nossa disposição em “baixar a guarda” para ouvir atentamente o que nos é dito.

Isso quer dizer que, a responsabilidade pelo sucesso do ensino, da aprendizagem e da comunicação, não é só daquele que está ensinando ou se comunicando. Mas, é também da pessoa que está recebendo, pois quando as pessoas que precisam aprender constroem bloqueios contra as mensagens ou lições que recebem, não há processo de comunicação que resista.

Também tem outro ponto que eu acho tão fundamental quanto estar aberto e disposto a aprender: é o entendimento de que, muitas coisas que vamos aprender, já fazem parte da nossa vida. Galileu Galileu, um dos maiores cientistas que já viveu, certa vez disse:

“Não se pode ensinar nada a um homem; só é possível ajudá-lo a encontrar a lição dentro de si.”

Você já reparou que muitas coisas que aprendemos “fazem sentido” para nós, justamente porque concordamos muito com o que nos foi dito e ensinado? Aliás, a própria expressão “faz sentido”, remete diretamente com essa conexão que existe entre o ensinamento que estamos recebendo, e o quanto aquela mensagem já faz parte de nós.

Quando a mensagem e/ou o ensinamento fazem sentido, é sinal de que tudo aquilo já estava presente em nós e bastava uma palavra, um pequeno estímulo para que aquele ensinamento viesse à tona. Inclusive, eu acredito que nós temos consciência somente de uma parte muito pequena do que sabemos. Muito pequena mesmo. É aquela história da “ponta do iceberg”, pois somente a ponta da montanha de gelo é visível. Para mim, o nosso conhecimento é como aquela montanha de gelo que está submersa, pois não sabemos o que sabemos.

Embora eu não tenha (ou melhor, eu desconheça) evidências científicas dessa afirmação, eu acredito que ela seja muito verdadeira. Ou melhor, ela faz sentido para mim… E para você?

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